A filosofia que questiona o propósito da existência e a liberdade individual.
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A Busca pelo Sentido da Vida
O Existencialismo, uma corrente filosófica que floresceu
nos séculos XIX e XX, tem como sua pedra fundamental a colocação do ser humano
como ponto de partida para o pensamento filosófico. Embora os filósofos
existencialistas apresentem doutrinas diversas, compartilham da crença de que a
verdadeira filosofia emerge a partir do indivíduo, levando em conta suas ações,
sentimentos e vivências. Nessa abordagem, destaca-se a atitude existencial,
caracterizada por uma sensação de desorientação diante de um mundo
aparentemente desprovido de sentido e permeado por um absurdo angustiante.
Dentre os pensadores que contribuíram para a consolidação
do existencialismo, destaca-se Søren Kierkegaard, considerado o pai dessa
corrente filosófica. Kierkegaard defendia a ideia de que cada indivíduo é
responsável por conferir significado à sua própria existência, vivendo de forma
autêntica e intensa, mesmo diante dos obstáculos que se apresentam, como o
desespero, a ansiedade, o absurdo, a alienação e o tédio.
Ao longo do tempo, outros filósofos existencialistas deram
continuidade às reflexões iniciadas por Kierkegaard, mantendo o foco na
singularidade do indivíduo. No entanto, surgiram divergências quanto às
abordagens para alcançar uma vida gratificante e em relação à própria
constituição dessa vida plena. Discutiam-se os obstáculos que se impõem, bem
como os fatores internos e externos que estão envolvidos nesse processo,
incluindo as possíveis consequências da existência ou ausência de um ser
superior, como Deus.
É importante ressaltar que o Existencialismo ganhou notável
popularidade no pós-guerra, principalmente como uma resposta ao contexto
histórico marcado por profundas transformações e traumas coletivos. Em um mundo
abalado pelos horrores das guerras mundiais, essa corrente filosófica reafirmou
a importância da liberdade e da individualidade humana. Tornou-se uma voz que
convocava os indivíduos a refletir sobre sua existência, a buscar um sentido
para suas vidas em meio à aparente falta de sentido e a abraçar a
responsabilidade de criar um mundo mais autêntico e significativo.
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Assim, o Existencialismo convida-nos a mergulhar nas
profundezas da nossa própria essência, a confrontar as angústias e incertezas
que nos assolam e a buscar uma compreensão mais autêntica e profunda do que
significa ser humano. Por meio dessa jornada filosófica, somos desafiados a
descobrir o nosso propósito, a exercer nossa liberdade de escolha e a
confrontar as complexidades e contradições da existência. O Existencialismo
desperta a consciência de que, apesar das incertezas e adversidades, podemos
construir uma vida com significado, dignidade e plenitude.
A Emergência do Existencialismo
A filosofia existencialista, um movimento distintivo que
floresceu nos séculos XIX e XX, encontra suas raízes no pensamento e na vida de
figuras proeminentes como Sócrates, Santo Agostinho e diversos filósofos e
escritores pré-modernos. Culturalmente, podemos identificar pelo menos duas
correntes existencialistas: a alemã-dinamarquesa e a anglo-francesa. Além
disso, as influências das culturas judaica e russa também contribuíram para o
desenvolvimento dessa filosofia rica e complexa. Atualmente, o existencialismo
é conhecido como o existencialismo de Beauvoir, em homenagem à sua proeminente
defensora, Simone de Beauvoir.
Após testemunhar distúrbios civis, conflitos locais e duas
guerras mundiais devastadoras, muitos indivíduos na Europa chegaram à conclusão
de que a vida é intrinsecamente dolorosa e irracional. Esse contexto histórico
desafiador e traumático proporcionou o terreno fértil para o surgimento do
existencialismo como um movimento filosófico e literário significativo.
As obras de Arthur Schopenhauer, Søren Kierkegaard, Fiódor
Dostoiévski e dos filósofos alemães Friedrich Nietzsche, Edmund Husserl e
Martin Heidegger foram fontes inspiradoras para o existencialismo. No entanto,
foi através dos escritos e das contribuições do renomado escritor e filósofo
francês Jean-Paul Sartre e de sua companheira, a escritora e filósofa Simone de
Beauvoir, que o movimento ganhou maior visibilidade e popularidade no meio do século
XX. O livro "L'Existentialisme est un humanisme" (O existencialismo é
um humanismo), de Sartre, expõe os princípios fundamentais desse movimento de
forma magistral.
Embora o termo "existencialismo" tenha sido
adotado posteriormente, sua origem remonta à década de 1940, quando o filósofo
francês Gabriel Marcel o cunhou. Posteriormente, Jean-Paul Sartre adotou o
termo e discutiu sua própria posição existencialista em uma palestra proferida
no Club Maintenant, em Paris, em 29 de outubro de 1945. Essa palestra foi
publicada posteriormente como "O Existencialismo é um Humanismo", um
pequeno livro que desempenhou um papel crucial na disseminação do pensamento
existencialista.
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Protegendo a vida marinha |
Retroativamente, o rótulo "existencialismo" foi
atribuído a outros filósofos cujo trabalho enfocava a existência humana como
tema filosófico fundamental. Martin Heidegger, desde a década de 1920,
concentrou-se na existência humana (Dasein) em sua obra, enquanto Karl Jaspers
denominou sua filosofia como Existenzphilosophie na década de 1930. Ambos foram
influenciados pelo filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard, que é considerado o
primeiro a abordar explicitamente questões existencialistas como foco principal
de suas obras. Kierkegaard, muitas vezes chamado de pai do existencialismo,
explorou de maneira profunda e penetrante a crise da existência humana em sua
obra. No entanto, ao olharmos retrospectivamente, é possível identificar temas
existencialistas ao longo da história da literatura e da filosofia. Embora
tenha sido apenas após a Segunda Guerra Mundial que a sociedade foi
oficialmente introduzida a esse movimento, os escritores e filósofos anteriores
já discutiam questões existenciais de maneiras sutis e profundas.
A corrente existencialista na literatura encontrou
expressão em figuras como Albert Camus e Boris Vian, além do próprio Sartre. É
importante destacar que Albert Camus, além de literato, era também filósofo e,
curiosamente, discordava do existencialismo, sendo esse apenas um aspecto de
sua obra literária. Por outro lado, Boris Vian se autodenominava patafísico,
estabelecendo um território original e peculiar em sua abordagem existencial.
A filosofia existencialista transcendeu as barreiras acadêmicas
e literárias, encontrando eco em várias esferas da vida humana. Sua influência
se estendeu para além dos textos filosóficos e literários, alcançando a
psicologia, a educação e até mesmo a arte e o cinema. Essa corrente filosófica
e literária tornou-se parte integrante da cultura e do pensamento
contemporâneo, desafiando as convenções e nos instigando a repensar as questões
fundamentais da existência.
Ao abordar a condição humana com um olhar profundo e
perspicaz, o existencialismo nos convida a refletir sobre nossa liberdade,
nossa responsabilidade e a busca por sentido e autenticidade em um mundo
aparentemente caótico. Ele nos confronta com a noção de que somos seres em
constante processo de tornar-nos, moldados por nossas escolhas, relações e
experiências.
Mais do que uma mera teoria filosófica, o existencialismo é
um convite para a ação e para a tomada de consciência de nossa própria
existência. Ele nos incita a enfrentar as incertezas e contradições da vida, a
assumir a responsabilidade por nossas escolhas e a forjar um caminho próprio,
alinhado com nossos valores e aspirações mais profundas.
Portanto, o existencialismo, como uma corrente filosófica e
literária, nos desafia a explorar a complexidade de nossa existência, a buscar
um sentido autêntico em meio às incertezas e a nos tornarmos atores conscientes
de nossa própria jornada. É uma abordagem que nos convida a abraçar a liberdade
e a responsabilidade inerentes à nossa condição humana, a enfrentar as questões
existenciais com coragem e a buscar uma compreensão mais profunda de nós mesmos
e do mundo ao nosso redor.
Temáticas Existencialistas
A corrente existencialista, enraizada no contexto do
pós-Segunda Guerra Mundial, continua a pulsar com vitalidade nos domínios
filosófico e literário contemporâneos. Suas temáticas abordam de forma
provocativa o absurdo do mundo, a barbárie injustificada e as complexas
situações e relações do cotidiano. Como afirmou Jean-Paul Sartre, "o
inferno são os outros", destacando a tensão entre o indivíduo e a
sociedade.
Nesse contexto, emergem temas como o silêncio e a solidão,
que se revelam como corolários inevitáveis em vidas abandonadas, após a
"morte de Deus", como proclamou Friedrich Nietzsche. A existência
humana é posta em questão em sua totalidade: quem somos, o que fazemos, para
onde vamos e o que nos impulsiona? Essas são indagações fundamentais que
permeiam as obras essenciais dessa corrente, em que o filosófico e o literário
se entrelaçam de forma profunda.
A consciência aguda do abandono e da solidão, seja voluntária
ou imposta, da impotência diante das circunstâncias e da falta de justificativa
para nossas ações, permeia as páginas dessas obras marcantes. Os escritores e
filósofos existencialistas sondam as profundezas da existência humana,
explorando as complexidades e ambiguidades que nos envolvem.
Por meio da literatura e da filosofia, somos convidados a
confrontar nossos medos, angústias e anseios mais profundos. Os temas
existencialistas nos desafiam a refletir sobre nossa liberdade individual, o
sentido da vida e nossas responsabilidades diante de escolhas inevitáveis.
Ao explorar a condição humana, a corrente existencialista
nos leva a questionar as estruturas sociais, os padrões de comportamento e as
ideias preestabelecidas. Somos instigados a olhar além das aparências e a
examinar as raízes de nossa própria existência.
" O homem é uma corda estendida entre o animal e o super-homem-uma corda sobre um abismo. Perigoso é atravessá-la, perigoso é olhar para trás, perigoso é ficar parado muito tempo. O que é grande no homem é que ele é uma ponte e não tem fim."
Friedrich Nietzsche
As obras existencialistas nos convidam a uma jornada de
autoconhecimento e reflexão, levando-nos a mergulhar em nossas experiências e a
confrontar as contradições internas. Elas nos desafiam a encontrar significado
e propósito em um mundo que muitas vezes parece absurdo e caótico.
Por fim, a fusão entre o filosófico e o literário no
existencialismo nos convida a explorar novas formas de expressão e a
transcendência das fronteiras convencionais. Através dessas temáticas
profundas, somos convidados a enfrentar as questões essenciais da existência e
a buscar um sentido autêntico em nossa própria jornada.
O existencialismo, como uma corrente intelectual e
artística, nos desafia a romper com o conformismo, a refletir sobre nossa
existência e a buscar uma compreensão mais profunda de nós mesmos e do mundo
que habitamos. É um convite para nos tornarmos protagonistas ativos de nossa
própria história e explorar as infinitas possibilidades que a vida nos oferece.
Relação com a religião e a fé existencialista
A relação entre o existencialismo e a religião é um tema
complexo e profundo que merece nossa atenção filosófica. Embora muitos dos
existencialistas tenham sido considerados ateístas, não devemos cair na
simplificação de pensar que o existencialismo está isento de qualquer forma de
fé. Na verdade, alguns dos principais expoentes desse movimento filosófico
apresentaram uma versão mais teológica do existencialismo, explorando as
fronteiras entre a existência humana e a dimensão religiosa.
Autores como Søren Kierkegaard, Karl Jaspers e Gabriel
Marcel propuseram abordagens existencialistas com influências religiosas.
Nikolai Berdyaev, por sua vez, desenvolveu uma filosofia do Cristianismo existencialista,
trazendo reflexões profundas sobre a fé em sua terra natal, a Rússia, e
posteriormente na França, em um momento conturbado que antecedeu a Segunda
Guerra Mundial.
É importante reconhecer que a relação entre o
existencialismo e a religião não é tão dicotômica quanto parece. A presença de
existencialistas religiosos, como Pascal, Kierkegaard, Dostoiévski e Kafka, nos
mostra que a experiência religiosa pode coexistir com as preocupações
existenciais e filosóficas. Cada um desses pensadores, à sua maneira, mergulhou
em questões fundamentais sobre a existência humana e a relação com o divino.
Para os existencialistas cristãos, a fé desempenha um papel
central, fornecendo uma estrutura e direcionamento moral para as decisões
individuais. Nas diferentes vertentes cristãs e até mesmo em correntes como o
espiritismo, a fé orienta as escolhas, influenciando o pensamento e a alma do
indivíduo. Por outro lado, existencialistas ateus como Sartre enfrentaram um
caminho diferente, afastando-se da fé em face dos horrores da Segunda Guerra
Mundial e do sofrimento constante no mundo. Suas biografias, incluindo a de
Simone de Beauvoir, relatam a perda da fé diante das circunstâncias
desafiadoras.
Uma ironia surge nesse contexto: para os ateus
existencialistas, mesmo que se esforce para melhorar a si mesmo e aos outros, a
realidade é que a deterioração e a morte são inevitáveis. Muitos
existencialistas acreditam que a grande conquista individual está em reconhecer
o absurdo da vida e aceitá-lo plenamente. Essa visão suscita questionamentos
profundos: se uma força divina existe, por que os seres humanos sofrem? Se essa
força divina não existe e a vida em si é absurda, por que não considerar o
suicídio como uma forma de abreviar o sofrimento? Essas indagações apenas arranham
a superfície da complexidade do pensamento existencialista.
Assim, o encontro entre o existencialismo e a religião nos
leva a mergulhar em uma reflexão filosófica sobre a existência humana e a busca
por sentido. É um convite para explorar as interseções entre a experiência
religiosa, a angústia existencial e o confronto com as incertezas da
A essência é moldada e definida pela existência
A existência, com sua imensa complexidade e profundidade, é
um tema central na filosofia existencialista. Nessa perspectiva, a existência é
colocada em posição de primazia em relação à essência, como afirmado de maneira
notável pelo filósofo francês Jean-Paul Sartre: "A existência precede e
governa a essência". Essa afirmação fundamental estabelece as bases para a
compreensão da liberdade e responsabilidade humanas, revelando que o ser humano
existe sem que sua essência seja pré-definida ou fixa.
Ao longo de sua existência, o ser humano vivencia uma
constante transformação, redefinindo seu próprio pensamento e adquirindo novos
conhecimentos sobre sua própria essência. Essa característica é resultado da
liberdade de escolha que acompanha a existência. Sartre, influenciado por
estudos de fenomenologia na Alemanha, cunhou o termo existência como tradução
da expressão alemã "Da sein", utilizada por Heidegger em sua obra
"Ser e Tempo".
Esse conceito é central no pensamento existencialista, uma
corrente filosófica que rejeita a ideia de uma essência pré-determinada no ser
humano. O indivíduo, desde o princípio, é reconhecido apenas por sua
existência. Com o tempo, ele incorpora a essência em seu ser, por meio de suas
vivências e experiências. Não há uma essência fixa que o defina. Assim, os
existencialistas negam a existência de uma alma imutável que acompanha o ser humano
desde seu nascimento até a morte. Ao contrário, a essência é adquirida ao longo
da existência, sendo o indivíduo responsável por sua própria definição e
construção.
Em 1946, durante uma conferência no Club Maintenant em
Paris, intitulada "O Existencialismo é um Humanismo", Sartre explicou
a frase de maneira mais ampla. Segundo ele, se Deus não existe, há pelo menos
um ser no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de ser
definido por qualquer conceito, e esse ser é o homem, ou, como Heidegger diz, a
realidade humana. Isso significa que o homem, tal como concebido pelos
existencialistas, não pode ser definido porque, primeiramente, ele é nada.
Somente depois ele se tornará e se definirá conforme sua própria construção.
Portanto, a existência, em sua liberdade e
responsabilidade, assume um papel central no existencialismo. A frase "a
existência precede e governa a essência" ressoa como um convite à reflexão
profunda sobre o significado da vida, o papel da liberdade individual e a
responsabilidade de cada ser humano em criar sua própria realidade. É um
chamado para que cada um se aproprie de sua existência e se torne o arquiteto
de sua própria essência, construindo uma vida autêntica e significativa.
Autonomia
A frase "A existência precede e governa a
essência" revela a profunda responsabilidade que carregamos como seres
totalmente livres. Diante dessa liberdade de escolha, o ser humano se angustia,
pois a liberdade implica tomar decisões que apenas o próprio indivíduo pode
fazer. Muitos de nós ficamos paralisados e, dessa forma, nos abstemos de fazer
as escolhas necessárias. No entanto, a não ação, o simples nada fazer, por si
só já é uma escolha; a escolha de não agir. A escolha de adiar a existência,
evitando os riscos para não cometer erros e gerar culpa, tornou-se uma
característica marcante na sociedade contemporânea.
Arriscar-se, buscar a autenticidade, é uma tarefa árdua,
uma jornada pessoal que o ser humano deve empreender em busca de si mesmo. Os
filósofos existencialistas indagaram-se sobre a existência de um Criador. Caso exista, qual seria a relação entre a espécie humana e esse Criador? Seriam as
leis da natureza predefinidas, obrigando os seres humanos a se adaptarem a
elas?
Kierkegaard, Nietzsche e Heidegger estão entre os filósofos
que exerceram maior influência sobre o existencialismo. Os dois primeiros se
preocupavam com a mesma questão: o que limita a ação de um indivíduo?
Kierkegaard chegou à possibilidade de que o cristianismo e a fé em geral são
irracionais, argumentando que provar a existência de uma única e suprema
entidade é uma atividade inútil. Nietzsche, por sua vez, foi um crítico
ferrenho da religião organizada e das doutrinas de seu tempo. Ele acreditava
que a religião organizada, especialmente a Igreja Católica, era contrária a
qualquer forma de poder ou autoconfiança sem consentimento. Nietzsche usava a
metáfora do rebanho para descrever a população que seguia a igreja de forma
submissa. Argumentava que provar a existência de um criador não era possível
nem importante.
Nietzsche referia-se à vida como a única entidade que
merecia louvor. Isso fica evidente em sua concepção do eterno retorno, na qual
ele afirmava que o ser humano deveria viver a vida como se tivesse que vivê-la
novamente, eternamente. Quanto à Igreja, Nietzsche a condenava veementemente.
Para ele, entre os indivíduos inteligentes, o pior de todos era o padre, pois
era capaz de incutir nas mentes do rebanho fundamentos que apenas contribuíam
para o afastamento da vida. Essas críticas podem ser encontradas em sua obra
"O Anticristo".
Conclusão
Na busca incessante pelo sentido da existência, o
existencialismo nos oferece uma visão profunda e desafiadora da condição
humana. Nesse contexto, somos confrontados com a realidade de nossa liberdade e
responsabilidade individuais, impulsionando-nos a refletir sobre o propósito de
nossa existência.
O existencialismo nos lembra que a vida em si é
inerentemente absurda e que o universo é indiferente às nossas aspirações e
desejos. Diante dessa constatação, somos convocados a fazer escolhas autênticas
e a criar nosso próprio significado. A coragem de questionar as convenções
estabelecidas e explorar os limites de nossa humanidade torna-se essencial para
encontrarmos a essência de quem realmente somos.
Ao abraçar a filosofia existencialista, nos tornamos os
arquitetos de nosso próprio destino. Encontramos a possibilidade de viver uma
vida autêntica e significativa, mergulhando nas profundezas de nossa existência
para descobrir nossos valores, paixões e propósitos únicos.
A chama do existencialismo deve continuar acesa em nossos
corações, guiando-nos em nossa busca pela verdade, liberdade e propósito. Ao
incorporar os princípios fundamentais do existencialismo em nossas vidas,
podemos enfrentar os desafios da existência com coragem e determinação,
abraçando a liberdade de escolher e a responsabilidade de agir em consonância
com nossas convicções.
Portanto, convido a todos a cultivar a filosofia
existencialista em nossas vidas, a fim de vivermos cada dia com paixão e
intensidade. Ao enfrentarmos o absurdo da vida de cabeça erguida, desafiando os
obstáculos que encontramos pelo caminho, podemos encontrar um sentido genuíno
em nossa existência e construir uma narrativa pessoal que nos preencha de
significado.
Que o existencialismo seja uma fonte de inspiração
contínua, incentivando-nos a explorar nossa própria humanidade, a questionar o
status quo e a buscar um propósito que seja verdadeiramente nosso. Em última
análise, a filosofia existencialista nos lembra que somos os protagonistas de
nossa jornada existencial, e cabe a nós escrever uma história que valha a pena
contar.
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