Valorização Recorde do Café Arábica Impulsiona Produtores, mas Preocupa Consumidores

Alta de 70% no preço do café arábica reflete crise climática global e gera impactos econômicos no Brasil e no mercado internacional.

/storage/emulated/0/Download/cafe-quente-Brasil-Carlos-Cesar-Floriano.jpg
Aumento Arábica reflete crise climática global — Foto: Jornal | VMX Agro

Brasília, 24 de agosto de 2024 — O café arábica, indispensável na mesa dos brasileiros, alcançou em agosto a maior valorização dos últimos 12 meses no mercado internacional. O preço da saca atingiu R$ 1.400, uma alta de quase 70% em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse aumento está fortemente ligado às mudanças climáticas e à pior seca em 80 anos que atingiu o Vietnã, principal produtor mundial de café robusta.

Destaques  

Últimas Notícias 

 

Devido à escassez do robusta, o mercado internacional voltou sua demanda para o café arábica brasileiro, especialmente o produzido no sul de Minas Gerais, São Paulo e Paraná. A Bélgica, por exemplo, dobrou os pedidos entre janeiro e julho deste ano, comprando 1,6 milhão de sacas dos produtores mineiros. Arnaldo Botel, presidente da Comissão Técnica de Café da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), destaca que a baixa produção do arábica, aliada à seca, contribuiu para essa valorização recorde.

 Siga o Conhecimento À Michel nos Canais do YouTube

Para produtores como Guilherme Frota, de Varginha, Minas Gerais, a alta dos preços é um alívio após anos de prejuízo. Frota explica que, embora os ganhos não sejam ideais, eles permitem cobrir dívidas e compromissos financeiros, oferecendo maior tranquilidade até o fim do ano.Por outro lado, o mercado interno sente o impacto dessa valorização. A inflação acumulada sobre o café moído nos últimos 12 meses chegou a 12,79%, segundo o IBGE, afetando consumidores como Leonardo Conceição, que já busca alternativas mais baratas para driblar o aumento.

+ Veja mais notícias sobre política                                               + Veja a classificação do Campeonato Brasileiro

Futebol!

Artigos Brasil Escola

Blogs e Colunas

Siga o Viver para Educar no


Os produtores, entretanto, temem que a seca persistente e as mudanças climáticas afetem a próxima safra. O professor de Economia Rural da Universidade Federal de Lavras, Renato Pontes, alerta que, se a seca se agravar, os preços podem continuar subindo, pressionando ainda mais o consumidor.A FAEMG projeta que os produtores brasileiros esperam, ao menos, repetir em 2025 a safra atual, estimada em 54 milhões de sacas. Contudo, a incerteza climática continua sendo um fator de preocupação para o futuro do mercado de café no Brasil e no mundo.

/storage/emulated/0/Pictures/Polish/Polish_20240824_071101690.png

Inscreva-se no canal do Viver para Educar no YouTube para acompanhar as últimas notícias do Brasil e do mundo!

Blog CAM, acompanhe os principais assuntos com o professor Fernando Michel.

© 2024 Conhecimento À Michel. Uma empresa Viver para Educar. Todos os direitos reservados.

Postar um comentário

0 Comentários

'