A Polícia Federal apresentou alegações de que o ex-presidente teria falsificado os documentos de sua vacinação contra a Covid-19.
As acusações são o mais recente sinal de investigações criminais sobre o ex-presidente do Brasil.Victor Moriyama |
Política- A Polícia Federal
brasileira sugeriu que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja formalmente acusado
por supostamente alterar seu comprovante de vacinação contra a Covid-19,
possivelmente visando viagens aos Estados Unidos durante a pandemia. Este
desenvolvimento indica uma intensificação das investigações criminais contra o
ex-presidente.
O Ministério Público Federal agora avaliará se abrirá um
processo judicial. Caso decida avançar, será a primeira vez que Bolsonaro
enfrentará acusações criminais.
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A
Polícia Federal (PF) acusou Bolsonaro de instruir um assessor de alto escalão a
obter de forma fraudulenta registros de vacinação contra a Covid-19 para ele e
sua filha de 13 anos, no final de 2022. Isso ocorreu pouco antes do
ex-presidente viajar para a Flórida, onde permaneceu por três meses após perder
as eleições.
Autoridades
brasileiras aguardam uma resposta do Departamento de Justiça dos EUA para
determinar se Bolsonaro utilizou um cartão de vacinação falso para entrar no
país, o que poderia resultar em múltiplas acusações criminais.
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Na época, a maioria dos viajantes internacionais que iam
aos Estados Unidos precisava mostrar evidências de vacinação contra a Covid-19
para entrar no país. Um funcionário norte-americano afirmou que até mesmo
líderes estrangeiros estavam sujeitos a essas regras. Bolsonaro alegou não ter
sido vacinado contra a Covid-19 e negou qualquer participação em um plano para
falsificar seus registros de vacinação. Seu advogado, por mensagem de texto,
informou que ainda estava revisando as acusações.
Caso seja condenado por falsificação do cartão de
vacinação, Bolsonaro poderá enfrentar pena de prisão. Essa acusação da Polícia
Federal representa a primeira vez que as várias investigações criminais contra
Bolsonaro avançam para uma acusação formal.
Bolsonaro foi objeto de interrogatórios e buscas em
diferentes investigações, incluindo a venda de relógios e joias recebidos como
presentes presidenciais de países como a Arábia Saudita, além de acusações de
conspiração com altos funcionários para manter-se no poder após sua derrota nas
eleições de 2022.
O tribunal eleitoral do Brasil já o declarou inelegível
para cargos públicos até 2030 devido à disseminação de informações falsas sobre
o sistema de votação do país na televisão estatal, o que o impedirá de
participar da próxima eleição presidencial em 2026.
Durante a pandemia, Bolsonaro criticou a vacina Covid-19,
fazendo piadas sobre seus efeitos e promovendo tratamentos não comprovados,
como a hidroxicloroquina. Seu governo também foi criticado por não garantir as
vacinas quando disponíveis, contribuindo para o agravamento da situação da
pandemia no Brasil, conforme apontou uma investigação do Congresso brasileiro
em 2021, que recomendou acusações por "crimes contra a humanidade" e
outras violações, embora os promotores da época não tenham apresentado acusações
formais. O Brasil registrou mais de 700.000 mortes por Covid-19, sendo o
segundo país com maior número de mortes, depois dos Estados Unidos.
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Ariano Suassuna | Você já foi à Disney?
— Fernando michel da Silva correia (@Fernand26995567) March 19, 2024
Ariano era apaixonado por Cervantes, Dostoiévski e Tolstói. Sua paixão por Guerra e Paz, de Tolstói, era tamanha que ele sabia de cor alguns trechos do livro. pic.twitter.com/CrhopT8KP4
Em maio de 2023, ocorreu uma busca na residência de
Bolsonaro, onde seu celular foi apreendido e um de seus assessores próximos,
juntamente com dois seguranças, foi detido como parte da investigação sobre os
registros de vacinação falsos.
Em uma denúncia recente, a Polícia Federal do Brasil
revelou que os registros indicam que o assessor pessoal de Bolsonaro, o
tenente-coronel Mauro Cid, e a esposa de Cid usaram documentos de vacinação
falsificados para entrar nos Estados Unidos em 2022. Cid, detido no ano passado
como parte das investigações, afirmou às autoridades que, ao descobrir que o
assessor possuía um documento de vacinação falso, Bolsonaro ordenou que ele
providenciasse um para si também.
Segundo a polícia, os registros demonstram que em 21 de
dezembro de 2022, um funcionário em um subúrbio do Rio de Janeiro inseriu dados
falsos no sistema de saúde da cidade, indicando que Bolsonaro e sua filha
haviam recebido duas doses da vacina Pfizer anteriormente ao ocorrido. Contudo,
em uma das datas registradas, Bolsonaro não estava na região mencionada.
Além de Cid, a polícia afirmou que vários outros aliados do
ex-presidente também falsificaram registros de vacinação em um esquema
semelhante, sendo alguns destes utilizados para acompanhar Bolsonaro em suas
viagens aos Estados Unidos. A polícia recomendou acusações contra esses
indivíduos.
Após seu mandato presidencial, Bolsonaro passou três meses
em uma casa alugada próxima à Disney World, em Orlando.
Bolsonaro realizou diversas viagens aos Estados Unidos
quando era exigida a apresentação de comprovantes de vacinação, incluindo sua
presença na Assembleia Geral das Nações Unidas e em reuniões com o presidente
Biden em Los Angeles. No entanto, essas viagens ocorreram antes do suposto
plano de falsificação de registros de vacinas descrito pelos investigadores.
Em 2021, Bolsonaro, possivelmente o único líder mundial não
vacinado na Assembleia Geral da ONU, iniciou seu discurso afirmando que o
Brasil não adotaria a obrigatoriedade da vacinação. Ele também mencionou que se
recuperou da Covid-19 utilizando medicamentos "off-label".
Durante essa visita, Bolsonaro e sua equipe enfrentaram dificuldades para entrar em restaurantes nova-iorquinos que exigiam comprovante de vacinação. Como alternativa, ele publicou uma foto de sua equipe comendo pizza na calçada. Horas depois, o ministro da saúde de Bolsonaro testou positivo para Covid-19 após participar das reuniões da ONU.
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