EUA impõem novas sanções ao governo da Venezuela em resposta à eleição contestada

16 autoridades venezuelanas ligadas a Maduro são sancionadas, mas especialistas duvidam da eficácia das medidas.

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As sanções americanas prejudicaram a indústria petrolífera da Venezuela, uma fonte crucial de renda para o governo do presidente Nicolás Maduro.Crédito...Adriana Loureiro Fernández para o The New York Times

Brasília, 12 de setembro de 2024
 — Após meses de repressão política e uma eleição altamente contestada, os Estados Unidos impuseram novas sanções a 16 autoridades venezuelanas nomeadas pelo presidente Nicolás Maduro. As medidas, vistas com ceticismo por analistas, congelam ativos nos EUA e proíbem transações financeiras com os indivíduos sancionados.

     

    O governo dos Estados Unidos anunciou na quinta-feira a imposição de novas sanções contra 16 funcionários do governo venezuelano nomeados por Nicolás Maduro. A decisão foi tomada em resposta à polêmica eleição presidencial de 28 de julho, onde o regime de Maduro foi acusado de fraudar os resultados. Segundo fontes do governo americano, a verdadeira vitória teria sido do candidato da oposição, Edmundo González, o que intensificou as críticas internacionais à repressão do governo venezuelano.

    A lista de sancionados inclui membros do sistema de justiça, legisladores e figuras das forças de segurança venezuelanas. Entre os nomes, estão o juiz e o promotor que emitiram um mandado de prisão para González, ação considerada politicamente motivada. González, temendo por sua vida, fugiu para a Espanha no último final de semana.

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    Repressão e fraude eleitoral

    Os meses que antecederam as eleições de julho foram marcados por uma repressão brutal contra opositores e pela ausência de transparência no processo eleitoral. No dia da eleição, Maduro reivindicou a vitória sem apresentar detalhamento dos votos. Enquanto isso, a oposição divulgou comprovantes de mais de 80% dos votos, mostrando a ampla vitória de González.

    Um funcionário do governo dos EUA, que falou sob anonimato devido à sensibilidade diplomática, afirmou: "Está claro que González obteve mais votos, mas o governo de Maduro está determinado a manter o poder a qualquer custo".

      Impacto das sanções

      As novas sanções congelam ativos dos sancionados em território americano e proíbem transações com cidadãos dos EUA. Os indivíduos também são impedidos de viajar aos Estados Unidos. No entanto, especialistas questionam a eficácia das sanções. Mariano de Alba, consultor do International Crisis Group, declarou: "Quando se trata de sanções a indivíduos na Venezuela, sua eficácia tem sido limitada". 

      Apesar das críticas, o governo americano insiste que as sanções têm o potencial de enfraquecer o apoio a Maduro dentro de seu círculo interno. "Esses indivíduos precisarão refletir sobre seu papel em apoiar um regime autocrático", disse o funcionário anônimo.

      Sanções anteriores e seus efeitos

      As sanções americanas contra a Venezuela não são novidade. Desde 2018, o governo Trump reforçou o bloqueio econômico contra o regime de Maduro, com ênfase na indústria petrolífera – principal fonte de receita do país. Em resposta, Maduro tem buscado o fim dessas medidas, enquanto os EUA as usam como ferramenta de negociação.

      Em outubro de 2022, os Estados Unidos suspenderam temporariamente algumas sanções, após promessas de Maduro de realizar eleições livres e justas. Contudo, em abril de 2023, após novas violações dos direitos eleitorais, as sanções foram parcialmente restabelecidas.

      Futuro incerto

      As sanções são apenas uma parte da pressão internacional sobre o regime de Maduro. Enquanto isso, o impacto econômico sobre a população venezuelana continua devastador. Milhares de cidadãos deixaram o país em busca de melhores condições de vida, especialmente com o colapso econômico causado, em parte, pelas próprias sanções.

      Analistas apontam que, embora a pressão sobre Maduro continue, ainda não está claro se essas medidas serão suficientes para forçar uma mudança de poder. A situação na Venezuela permanece crítica, e o papel dos Estados Unidos na tentativa de restaurar a democracia segue sendo um tema de intensos debates na comunidade internacional.

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