Sabia que 'Houve' é sempre singular? Evite 'Houveram'! Aprenda mais dicas gramaticais essenciais no nosso guia.
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Uso dos
porquês
O correto uso dos porquês
é importante na hora de escrever. As formas “por que”, “por quê”, “porque” e
“porquê” são empregadas segundo o sentido que se espera de um enunciado.
Esquema explicativo com o uso dos porquês e exemplos. |
O uso dos porquês é um
assunto que gera dúvidas em muitos usuários da língua portuguesa. Por isso, é
preciso ficar atento(a) na hora de escrever.
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O USO do Mais
e do Mas
O “mais” e o “mas” são
duas palavras que tem um som parecido, no entanto, são utilizadas em contextos
distintos. Confira abaixo a diferença entre elas e suas regras de uso.
Mais
A palavra “mais” possui
como antônimo o “menos”. Nesse caso, ela indica a soma ou o aumento da
quantidade de algo.
Embora seja mais utilizada
como advérbio de intensidade, dependendo da função que exerce na frase, o
“mais” pode ser substantivo, preposição, pronome indefinido ou conjunção.
Exemplos:
Quero ir mais vezes para a
Europa.
Hoje vivemos num mundo
melhor e mais justo.
Jonatas foi à festa com
seu amigo mais sua namorada.
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Dica: Uma maneira de saber
se você está usando a palavra corretamente é trocar pelo seu antônimo “menos”.
Mas
A palavra “mas” pode
desempenhar o papel de substantivo, conjunção ou advérbio.
1. Como substantivo,
o “mas” está associado a algum defeito.
Exemplo: Nem mas, nem meio
mas, faça já seus deveres de casa.
2. Como conjunção
adversativa, o “mas” é utilizado quando o locutor quer expor uma ideia
contrária a que foi dita anteriormente.
Exemplo: Sou muito calmo,
mas estou muito nervoso agora.
Nesse caso, ela possui o
mesmo sentido de: porém, todavia, contudo, entretanto, contanto que, etc.
3. Como advérbio,
o “mas” é empregado para enfatizar alguma informação.
Não Confunda!
A palavra "más"
com acento é o plural de "má", ou seja, é um adjetivo sinônimo de
ruim, por exemplo:
Nesse semestre suas notas
estão muito más.
Tem ou têm?
O uso inadequado do acento
diferencial dos verbos tem e têm entra na lista de problemas de concordância
que são fáceis de serem evitados.
Para as formas verbais tem
e têm, que são palavras homófonas, isto é, possuem o mesmo som, a gramática
prevê um acento diferencial. No caso em questão, o uso incorreto desse acento
diferencial não é capaz de prejudicar a comunicação, porque o sentido permanece
o mesmo. No entanto, é um daqueles erros de português que afetam a nota da
redação do Enem, por exemplo, visto que é uma falha de concordância verbal.
Quando se usa
tem?
A forma verbal tem é usada
para designar a terceira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo
ter. Em outras palavras, é como se conjuga ele/ela tem. É usada também para
concordar com sujeitos que dão noção de muitas pessoas, mas que são conjugados
sempre no singular, como “todo mundo” e “gente”.
Observe os exemplos:
·
Ela tem um senso
de justiça notável.
·
O menino pensa
que seu cachorro tem superpoderes.
·
A pessoa tem
que saber quando não é bem-vinda.
·
Bobo é aquele
que não tem nada de louco.
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Verbo impessoal
O verbo ter (no uso coloquial) pode possuir uma função
semelhante ao do verbo haver (com sentido de “existir” ou “acontecer” e também
de tempo decorrido), nesses contextos, ele é classificado como impessoal.
Esse tipo de verbo não apresenta sujeito e convencionou-se
que a conjugação deve feita no singular, independentemente do tempo e modo
verbal. No caso do presente do indicativo, é grafado sem acento circunflexo. Do
mesmo modo, quando usado como auxiliar do verbo haver com sentido de “existir”
ou “acontecer”, conjuga-se no singular.
Observe os exemplos:
· “Tem
dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu.”
· Tem
havido coisas estranhas nesta casa.
· Tem
muitas pessoas insatisfeitas.
· Na
sala de espera, tem gente esperando por você.
Quando se usa têm?
A forma têm, por sua vez, corresponde à terceira pessoa do
plural do presente do indicativo do verbo ter. Isso quer dizer que representa
eles/elas têm. Esse acento diferencial serve, inclusive, para as formas
compostas, como abster (abstém/abstêm), obter (obtém/obtêm), conter
(contém/contêm), deter (detém/detêm), entreter (entretém/entretêm), manter
(mantém/mantêm). No entanto, esses verbos diferenciam o singular com acento
agudo, coisa que não acontece com o ter.
A última reforma ortográfica, em vigência desde 2009,
conhecida como Novo Acordo, eliminou o acento circunflexo das formas verbais
paroxítonas que terminam com em. Como é o caso de creem, deem, descreem, leem,
preveem, releem, reveem, veem. É importante frisar que essa norma não afetou o
verbo ter, que continua diferenciando-se em tem ou têm.
Veja os exemplos:
· Elas
têm muitos interesses em comum.
· Os
meninos têm uma energia inesgotável.
· As
pessoas têm manias bem diversas.
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Houve ou houveram?
Devemos usar sempre 'houve', nunca 'houveram', pois o verbo
'haver' é impessoal, ou seja, não possui sujeito e, por isso, não deve ser
flexionado para o plural.
O verbo 'haver' é impessoal, isto é, não possui sujeito e
não deve ser flexionado para o plural
"O verbo HAVER nos sentidos de existir, acontecer ou
de tempo decorrido é impessoal, ou seja, não possui sujeito. Dessa forma, o
verbo HAVER não deve ser flexionado quanto ao número (plural). Isso significa
que a flexão do verbo HAVER no pretérito perfeito plural (“houveram”) não
existe na nossa língua.
Veja os exemplos:
Houve diversas ameaças contra o atual diretor.
No mês de janeiro houve mais roubos de veículos em Natal do
que em todo o semestre passado."
"Dica:
Da mesma forma que o verbo HAVER, o verbo FAZER no sentido
de tempo decorrido ou de fenômenos atmosféricos também é impessoal, ou seja,
não tem sujeito e não deve ser flexionado quanto ao número, permanecendo no
singular.
Veja os exemplos:
Faz oito anos que não ando de bicicleta.
Agora faz nove graus em São Joaquim.
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Os 5 erros de português mais comuns
1. Escrever agente em vez de a
gente
Forma incorreta: Quando agente
chegou, todos fugiram.
Forma correta: Quando a gente
chegou, todos fugiram.
Lembre que “agente” é uma pessoa que agencia, um
intermediário:
Meu agente conseguiu um belo contrato para mim.
2. Empregar a regência incorreta
do verbo assistir
É bastante comum dizermos e escrevermos:
Ontem à noite, assisti o jogo.
No entanto, o verbo “assistir”, no sentido de “ver”,
“presenciar”, exige a preposição “a”:
Ontem à noite, assisti ao jogo.
3. Utilizar o verbo ter com o sentido de existir
Forma incorreta: Aqui em casa tem
muita barata.
Forma correta: Aqui em casa há
muita barata.
Isso porque “ter” não é sinônimo de “existir”. Esse sentido
está reservado ao verbo “haver”.
4. Empregar pronome pessoal como objeto direto
Errado: Eu disse que amo ele de verdade!
Certo: Eu disse que o amo de
verdade!
Não esqueça que pronomes pessoais do caso reto atuam como
sujeito, e não como complemento de um verbo."
5. Usar acento indicador de crase diante de verbo
Não ocorre crase diante de verbo. Por isso, estão erradas
construções como:
Calças à partir de cem reais.
O certo é:
Calças a partir de cem
reais."
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