Preço do arroz em 2023 sobe 16% de acordo com estudo; descubra as principais razões para o aumento

Um saco de arroz de 5kg agora está quase atingindo a marca dos R$ 30, um preço que não era visto desde o início da pandemia.

Preço do arroz está próximo do que era praticado nos anos de pandemia
Preço do arroz está próximo do que era praticado nos anos de pandemia — Foto: Reprodução/Reino Unido

Economia- A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou um estudo que revela um expressivo aumento no valor do arroz em 2023. O pacote de 5kg está agora próximo dos R$ 30, uma cifra que não era observada desde o auge da pandemia.

A elevação no preço de um dos elementos essenciais na alimentação dos brasileiros ultrapassou os 16% nos últimos doze meses. Os impactos já se fazem evidentes nas prateleiras, onde, segundo a gerência de um mercado em Goiânia, as vendas diminuíram entre 30% e 40% nas últimas duas semanas.

Veja também

Haddad Enfrenta Desafio de Promover 'Desenrola Brasil'

Aliados percebem pressão da ala política do governo sobre Haddad e consideram a possibilidade de revisar a meta

Magistrado encerra sessão após testemunho de estudante da Universidade de São Paulo que desviou quantia de R$ 1 milhão

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Essa tendência é observada em todo o território nacional, como apontado pela pesquisa. Primeiramente, observa-se uma diminuição nas exportações vindas da Índia. Para estabilizar o mercado interno, eles reduziram a quantidade de arroz exportado, resultando em uma queda nos preços na Índia, mas causando escassez global. A segunda razão está relacionada à entressafra. Atualmente, o Brasil está passando por um período de entressafra no cultivo de arroz, tornando a aquisição do grão mais desafiadora e elevando os preços devido a essa escassez.

Um fator adicional que contribuiu para os preços elevados foi o impacto das chuvas intensas e ciclones que afetaram o Rio Grande do Sul nos meses recentes. Este estado é o maior produtor de arroz do Brasil, e as tempestades prejudicaram a colheita e causaram atrasos no plantio da próxima safra.

Segundo o Instituto Rio-Grandense do Arroz, dos 902 mil hectares planejados para o cultivo de arroz no estado este ano, aproximadamente metade, ou seja, 492 mil hectares, já foi plantada.

A Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul), esclarece que um clima seco é essencial para o plantio e a gestão do arroz. Qualquer atraso pode impactar adversamente o crescimento das plantas e comprometer a safra subsequente.

Últimas Notícias

PUBLICIDADE

Especialistas afirmam que os preços elevados do arroz a nível internacional têm um impacto limitado na China.

De acordo com as informações de Peng Chao, um pesquisador da Academia de Gerenciamento do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais, os aumentos nos preços mundiais do arroz no ano anterior foram predominantemente impulsionados pelo aumento da demanda por trigo, milho e outras variedades de alimentos. No entanto, neste ano, uma combinação de fatores, incluindo condições climáticas extremas, restrições à exportação de arroz em alguns países e taxas de câmbio fortes em nações exportadoras, resultou em perturbações na cadeia global de suprimentos de arroz e em elevações de preços.

A proibição das exportações de arroz pela Índia e outros países desempenhou um papel significativo no aumento dos preços globais. A Índia, como o maior exportador de arroz do mundo, responsável por 40% das exportações globais, tomou medidas para conter a inflação doméstica, proibindo a exportação de arroz, com exceção do arroz de grãos cozidos no vapor e do arroz indiano perfumado em 20 de julho. Essa ação teve o efeito de impulsionar os preços em todo o mundo. Subsequentemente, os Emirados Árabes Unidos e a Rússia também suspenderam suas exportações de arroz, causando preocupações nos mercados de diversos países e agravando ainda mais os preços.

 Assista ao Vídeo

Preço do arroz está próximo do que era praticado nos anos de pandemia — Vídeo: Reprodução/ TV Atalaia

Opinião do Michel

Caro leitor,

Não dá pra negar que a notícia sobre o aumento no preço do arroz em 2023 nos faz pensar na importância da nossa segurança alimentar. Afinal, o arroz é um dos alimentos básicos na mesa do brasileiro, e qualquer oscilação nos preços afeta diretamente o bolso das famílias.

Essa situação nos leva a refletir sobre a dependência que temos das importações de arroz de outros países, principalmente da Índia. Quando um grande exportador, como a Índia, decide limitar suas exportações, aí já era, os preços sobem.

Além disso, as condições climáticas adversas, como as chuvas e os ciclones que afetaram o Rio Grande do Sul, mostram como estamos vulneráveis a fatores externos que podem impactar nossa produção local. A entressafra também contribui para o problema, já que a produção de arroz fica mais escassa, e a lei da oferta e demanda entra em ação.

A proibição de exportações de arroz em outros países, como os Emirados Árabes Unidos e a Rússia, demonstra como a interconexão global dos mercados de alimentos pode ter um efeito cascata em todo o mundo.

É hora de pensarmos em estratégias para fortalecer a produção nacional de arroz e reduzir nossa dependência das importações. Investir em tecnologia agrícola, aumentar a produtividade e garantir um planejamento adequado para períodos de entressafra são passos importantes.

Além disso, devemos estar atentos à necessidade de políticas públicas que protejam o consumidor em momentos de alta nos preços dos alimentos básicos. O acesso à comida de qualidade a preços justos é um direito fundamental de todos.

O aumento no preço do arroz não é apenas uma questão de economia, mas também de segurança alimentar. É um lembrete de que precisamos estar preparados para enfrentar desafios que podem surgir em nosso sistema de abastecimento. E você, o que pensa sobre essa situação? Compartilhe sua opinião.

Atenciosamente,

Fernando Michel

Postar um comentário

0 Comentários

'