Desde sua independência em 1822, o Brasil teve muitos presidentes devido a diferentes regimes políticos e períodos de mudança.
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Bem-vindo(a) ao artigo abrangente sobre os presidentes da
República do Brasil! Ao longo da história do país, diversos líderes ocuparam o
cargo máximo do poder executivo, cada um deixando sua marca em diferentes
épocas e contextos políticos. Nesta jornada, exploraremos as biografias e os
governos de cada presidente, destacando suas ações e impactos em áreas
diversas. Prepare-se para embarcar em uma fascinante viagem pelo passado
presidencial do Brasil. Vamos começar essa emocionante retrospectiva!
Marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891)
Marechal Deodoro da Fonseca foi o primeiro presidente do
Brasil, assumindo o cargo após a Proclamação da República, em 15 de novembro de
1889. Como um dos líderes militares mais influentes do Brasil, Deodoro
desempenhou um papel crucial na transição do país de uma monarquia para uma
república.
Seu governo enfrentou vários desafios, incluindo a
necessidade de consolidar a autoridade do novo regime, criar instituições
políticas republicanas e promover a estabilidade econômica. Durante sua
presidência, Deodoro implementou medidas para modernizar as Forças Armadas e
reorganizou a administração pública, buscando torná-la mais eficiente.
Entretanto, seu governo enfrentou uma série de
controvérsias e resistências. Em novembro de 1891, apenas um ano após assumir o
cargo, Deodoro dissolveu o Congresso Nacional, o que gerou protestos e
instabilidade política. Esse evento ficou conhecido como o "Golpe de 3 de
Novembro", e Deodoro acabou renunciando ao cargo em 23 de novembro de
1891, após uma série de conflitos internos.
Marechal Floriano Peixoto (1891-1894)
Marechal Floriano Peixoto, também conhecido como
"Marechal de Ferro", sucedeu Deodoro da Fonseca após sua renúncia e
foi o segundo presidente do Brasil. Assumiu o cargo em 23 de novembro de 1891 e
enfrentou o desafio de consolidar a República em meio a conflitos políticos e
instabilidade social.
Seu governo foi marcado por uma abordagem firme e
autoritária, visando restaurar a ordem e fortalecer o poder central. Floriano
enfrentou revoltas e insurreições de grupos contrários ao regime republicano,
notadamente a Revolta da Armada em 1893. Apesar das pressões e resistências,
ele conseguiu superar os desafios e se manter no cargo até o final de seu
mandato.
Durante sua presidência, Floriano buscou implementar
reformas na administração pública, modernizou o Exército e adotou medidas para
melhorar a infraestrutura do país. Apesar de sua postura enérgica, seu governo
foi marcado por controvérsias e opositores o acusavam de cercear liberdades
políticas.
Prudente de Morais (1894-1898)
Prudente de Morais foi o primeiro presidente civil do
Brasil e assumiu o cargo em 15 de novembro de 1894. Sua eleição representou um
marco importante na consolidação da República, mostrando a transição do poder
das mãos dos militares para os civis.
Durante seu governo, Prudente de Morais enfrentou desafios
significativos, como a necessidade de estabilizar a economia após a crise do
Encilhamento, uma época de especulação e crise financeira que abalou o país.
Ele buscou promover a política do "governar é administrar", focando
na governança eficiente e na austeridade fiscal.
Prudente de Morais também priorizou o desenvolvimento da
infraestrutura do Brasil, com a construção de ferrovias e a expansão do sistema
telegráfico. Ele se empenhou em melhorar a educação pública e a saúde, além de
promover a abolição completa da escravidão, trabalhando para a integração dos
ex-escravos à sociedade.
Seu governo foi marcado por uma postura diplomática ativa,
buscando estabelecer relações internacionais com outras nações e fortalecer os
laços comerciais. Prudente de Morais deixou a presidência em 15 de novembro de
1898, após concluir seu mandato com êxito e dar um importante exemplo de
governança democrática no país.
Campos Sales (1898-1902)
Campos Sales foi o quarto presidente do Brasil, assumindo o
cargo em 15 de novembro de 1898. Seu governo ficou conhecido como
"Política dos Governadores", uma estratégia de negociação política
que buscava manter a coesão entre o governo federal e os estados.
Durante seu mandato, Campos Sales trabalhou para resolver a
grave situação econômica e financeira herdada de governos anteriores. Adotou
uma política de austeridade fiscal, renegociou dívidas externas e promoveu a
emissão de moeda lastreada em ouro para estabilizar a economia.
Em termos sociais, seu governo enfrentou dificuldades
relacionadas ao aumento da inflação e da taxa de desemprego, além de questões
trabalhistas que demandavam atenção. Apesar disso, Campos Sales procurou
incentivar o desenvolvimento da indústria nacional e a expansão das exportações
brasileiras.
Ele também promoveu reformas na educação e incentivou o
desenvolvimento cultural do país. Entretanto, seu governo recebeu críticas por
não avançar em questões sociais mais profundas e enfrentar problemas
estruturais, como a concentração de terras e a falta de infraestrutura em
certas regiões.
Após cumprir seu mandato, Campos Sales deixou a presidência
em 15 de novembro de 1902, e sua gestão é lembrada como um período de esforços
para equilibrar as finanças e manter a estabilidade política no Brasil.
Rodrigues Alves (1902-1906)
Rodrigues Alves assumiu a presidência do Brasil em 15 de
novembro de 1902 para o seu primeiro mandato e foi reeleito em 1906,
permanecendo no cargo até 15 de novembro de 1910, quando faleceu antes de
concluir seu segundo mandato. Seu governo foi marcado por uma gestão focada em
políticas de modernização e desenvolvimento urbano.
Uma das principais ações de seu governo foi o "Plano
de Melhoramentos", que tinha como objetivo a modernização e o embelezamento
do Rio de Janeiro, então capital do Brasil. Foram realizadas grandes reformas
urbanas, como o alargamento de ruas, a construção de avenidas e a melhoria do
sistema de transporte público.
Além disso, Rodrigues Alves investiu na infraestrutura do
país, com a construção de estradas de ferro, portos e melhorias nos sistemas de
abastecimento de água e saneamento básico. Essas medidas contribuíram para o
crescimento econômico do Brasil e atração de investimentos estrangeiros.
No campo social, seu governo promoveu ações para melhorar a
saúde pública, como o combate às epidemias de febre amarela e varíola. Foi
também durante sua gestão que foi criada a Fundação Oswaldo Cruz, importante
instituição de pesquisa em saúde no Brasil.
Apesar de seu governo ter sido marcado por progressos em
várias áreas, houve críticas relacionadas ao aumento da dívida pública e ao
favorecimento de grandes fazendeiros, o que agravou a concentração de terras no
país.
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Afonso Pena (1906-1909)
Afonso Pena assumiu a presidência do Brasil em 15 de
novembro de 1906, sucedendo Rodrigues Alves. Seu governo foi caracterizado por
uma abordagem mais pragmática e técnica, buscando consolidar as políticas de
desenvolvimento iniciadas por seu antecessor.
Durante sua gestão, foram criados importantes órgãos
públicos, como o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, que tinha como
objetivo combater a seca no Nordeste do país, e a Superintendência do Ensino,
responsável por reorganizar o sistema educacional brasileiro.
Afonso Pena deu continuidade aos investimentos em
infraestrutura, com a construção de estradas e a expansão das redes ferroviária
e telegráfica. Também incentivou a indústria nacional e promoveu políticas para
atrair investimentos estrangeiros.
Em relação à política externa, seu governo buscou estreitar
as relações com outros países, assinando acordos comerciais e tratados de
amizade. Essa política visava ampliar as oportunidades de exportação para o
Brasil e fomentar o intercâmbio cultural.
Apesar das ações positivas, o governo de Afonso Pena também
foi marcado por desafios, como questões trabalhistas e sociais, que ainda
demandavam maior atenção do Estado.
Nilo Peçanha (1909-1910)
Nilo Peçanha assumiu a presidência do Brasil em 14 de junho
de 1909, após a morte de Afonso Pena. Seu mandato foi curto, mas significativo
para a política e a história do país.
Durante seu governo, Nilo Peçanha deu continuidade às
políticas de desenvolvimento iniciadas por seus antecessores. Ele também
promoveu ações voltadas para a educação e a cultura, incentivando a criação de
escolas e investindo em programas educacionais.
Outra iniciativa importante de seu governo foi a criação do
Serviço de Proteção aos Índios, que buscava garantir os direitos e a proteção
das populações indígenas no Brasil.
Nilo Peçanha foi o primeiro presidente negro do Brasil e
desempenhou um papel relevante ao enfrentar o preconceito racial e lutar pelos
direitos dos afrodescendentes. Sua eleição representou um avanço significativo
na história política do país.
No entanto, seu mandato foi marcado por uma série de
desafios e oposições políticas, o que acabou enfraquecendo seu governo. Nilo
Peçanha não concluiu o mandato presidencial e deixou a presidência em 15 de
novembro de 1910, quando ocorreu a posse de seu sucessor, Hermes da Fonseca.
Hermes da Fonseca (1910-1914)
Hermes da Fonseca assumiu a presidência do Brasil em 15 de
novembro de 1910, sucedendo Nilo Peçanha. Durante seu governo, o país enfrentou
uma série de desafios políticos e sociais.
Uma das principais ações de seu governo foi a reforma do
Código Eleitoral, que visava tornar as eleições mais justas e transparentes.
Entretanto, a reforma enfrentou forte resistência política, o que gerou
instabilidade e tensões no cenário político do Brasil.
Hermes da Fonseca também teve que lidar com movimentos de
oposição, como a Revolta da Chibata, que foi liderada pelo marinheiro João Cândido
e tinha como objetivo reivindicar melhores condições de trabalho e o fim dos
castigos físicos na Marinha.
Em termos econômicos, seu governo enfrentou dificuldades,
especialmente devido à queda nos preços internacionais do café, que era a
principal commodity exportada pelo Brasil na época.
Apesar dos desafios, Hermes da Fonseca também promoveu
investimentos em infraestrutura, como a expansão da rede ferroviária e
melhorias no sistema portuário do país.
No âmbito internacional, o governo de Hermes da Fonseca
procurou fortalecer as relações com outros países, estabelecendo acordos
comerciais e buscando investimentos estrangeiros.
Ao final de seu mandato, em 15 de novembro de 1914, o país
ainda enfrentava dificuldades econômicas e tensões políticas, o que marcou o
encerramento de um período turbulento em sua gestão presidencial.
Venceslau Brás (1914-1918)
Venceslau Brás assumiu a presidência do Brasil em 15 de
novembro de 1914, sucedendo Hermes da Fonseca. Seu governo enfrentou grandes
desafios, especialmente devido à participação do Brasil na Primeira Guerra
Mundial (1914-1918).
Durante seu mandato, o país se envolveu no conflito ao lado
das forças aliadas, o que teve um impacto significativo na economia brasileira.
Foram tomadas medidas para garantir o fornecimento de alimentos e
matérias-primas aos países em guerra, o que levou a um aumento das exportações
e a uma demanda por produtos nacionais.
Entretanto, a guerra também trouxe problemas internos, como
inflação e escassez de produtos no mercado interno. Venceslau Brás buscou
enfrentar essas questões por meio de medidas de controle de preços e a
implementação de políticas para estimular a produção nacional.
Em relação à política interna, o governo de Venceslau Brás
enfrentou conflitos e revoltas regionais, especialmente no Nordeste do país.
Houve também tensões políticas e disputas entre diferentes grupos, o que gerou
instabilidade no cenário político brasileiro.
Em seu governo, foram criadas instituições importantes,
como a Justiça do Trabalho, que tinha como objetivo resolver questões
trabalhistas e garantir direitos aos trabalhadores. Além disso, Venceslau Brás
promoveu a expansão do sistema educacional e investiu em obras de
infraestrutura, como a construção de estradas e ferrovias.
O presidente deixou o cargo em 15 de novembro de 1918, após
concluir seu mandato em meio a uma série de desafios econômicos e políticos
gerados pela guerra.
Delfim Moreira (1918-1919)
Delfim Moreira assumiu a presidência do Brasil em 28 de
julho de 1918, após a morte de Venceslau Brás. Seu mandato foi curto, mas teve
importância na consolidação do governo e na superação de desafios econômicos.
Um dos principais desafios enfrentados por Delfim Moreira
foi a crise econômica gerada pela participação do Brasil na Primeira Guerra
Mundial. Ele buscou soluções para a situação financeira do país, promovendo
medidas para controlar a inflação e estabilizar a moeda.
Em seu governo, também foi criada a Caixa de Conversão, uma
instituição responsável por garantir a paridade do Real com o padrão ouro. Essa
medida teve como objetivo restaurar a confiança na moeda nacional e atrair
investimentos estrangeiros.
Delfim Moreira também deu continuidade às políticas de
desenvolvimento e modernização iniciadas por seus antecessores, com investimentos
em infraestrutura, como a construção de estradas e a expansão das redes de
comunicação.
Em termos políticos, seu governo enfrentou desafios devido
às tensões e disputas entre diferentes grupos políticos. Entretanto, Delfim
Moreira procurou promover a conciliação e a estabilidade política no país.
Seu mandato terminou em 15 de novembro de 1919, quando
ocorreu a posse de seu sucessor, Epitácio Pessoa.
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Epitácio Pessoa (1919-1922)
Epitácio Pessoa assumiu a presidência do Brasil em 28 de
julho de 1919, após o término do mandato de Delfim Moreira. Seu governo foi
marcado por importantes acontecimentos e avanços em diversas áreas.
Um dos principais eventos de seu governo foi a participação
do Brasil na Conferência de Paz de Versalhes, que selou o fim da Primeira
Guerra Mundial. Epitácio Pessoa representou o país nas negociações e defendeu
os interesses nacionais, conquistando importantes avanços para o Brasil no
cenário internacional.
Em termos econômicos, seu governo enfrentou desafios
decorrentes da crise pós-guerra e das oscilações nos preços do café, a
principal commodity exportada pelo Brasil. Entretanto, foram adotadas medidas
para estimular a produção e o comércio, buscando superar as dificuldades
econômicas.
No campo político, Epitácio Pessoa buscou promover a
conciliação entre diferentes grupos e setores da sociedade. Seu governo foi
marcado por uma atuação diplomática ativa, estabelecendo relações amistosas com
outros países e fomentando o comércio internacional.
Em termos de infraestrutura, seu governo investiu na
expansão das redes ferroviárias e na melhoria das estradas, visando facilitar o
transporte de mercadorias e o escoamento da produção agrícola.
Epitácio Pessoa deixou a presidência em 15 de novembro de
1922, após concluir seu mandato com um legado de avanços em várias áreas e de
importantes conquistas para o Brasil no cenário internacional.
Artur Bernardes (1922-1926)
Artur Bernardes assumiu a presidência do Brasil em 15 de
novembro de 1922, sucedendo Epitácio Pessoa. Seu governo foi marcado por
desafios políticos e sociais, incluindo a Revolução de 1924, que foi um
importante episódio de instabilidade política no país.
Durante seu mandato, o Brasil enfrentou dificuldades
econômicas, especialmente devido à queda nos preços internacionais do café, que
representava a principal fonte de receitas do país. Bernardes procurou adotar
medidas para estimular a economia e superar a crise, mas a situação permaneceu
delicada.
No campo social, seu governo enfrentou questões
trabalhistas e agrárias, com conflitos entre trabalhadores e proprietários de
terras. Houve também tensões regionais e protestos contra as políticas do
governo.
Em termos políticos, o governo de Artur Bernardes enfrentou
a oposição de setores conservadores e de grupos políticos insatisfeitos com
suas ações. A situação política se agravou com a Revolução de 1924, um conflito
armado que ocorreu em várias regiões do país e foi liderado por setores
descontentes com o governo.
Bernardes buscou manter a estabilidade política e enfrentar
a revolta, mas a situação permaneceu tensa até o final de seu mandato. Ele
deixou a presidência em 15 de novembro de 1926, passando o cargo a seu
sucessor, Washington Luís. Seu governo foi marcado por desafios e tensões
políticas, refletindo as complexidades daquele período da história brasileira.
Washington Luís (1926-1930)
Washington Luís assumiu a presidência do Brasil em 15 de
novembro de 1926, sucedendo Artur Bernardes. Seu governo foi marcado por
avanços econômicos e a promoção de políticas de modernização, mas também
enfrentou desafios políticos e sociais que culminaram na Revolução de 1930.
No campo econômico, o governo de Washington Luís buscou
consolidar as políticas de desenvolvimento e estimulou a industrialização do
país. Foram feitos investimentos em infraestrutura, com a expansão das redes
ferroviárias e a construção de estradas, facilitando o transporte de
mercadorias e o crescimento da economia.
Entretanto, seu governo também enfrentou críticas
relacionadas à concentração de renda e ao aumento da dívida pública. As
políticas econômicas adotadas foram acusadas de favorecer os setores mais ricos
da sociedade em detrimento das camadas mais pobres.
No campo político, o governo de Washington Luís foi marcado
pela concentração de poder e pela exclusão de setores oposicionistas. Essa
postura gerou insatisfação em diversos grupos políticos e contribuiu para o
descontentamento generalizado da sociedade.
Em 1930, nas eleições presidenciais, Washington Luís apoiou
a candidatura de Júlio Prestes, o que foi percebido como uma continuidade da
política de exclusão política. Diante desse cenário, a Aliança Liberal,
liderada por Getúlio Vargas, Júlio Prestes e outros líderes, organizou um
movimento revolucionário que resultou na Revolução de 1930, culminando na
deposição de Washington Luís e na ascensão de Getúlio Vargas ao poder.
Getúlio Vargas - 1ª vez (1930-1934)
Getúlio Vargas assumiu a presidência do Brasil em 3 de
novembro de 1930, após a Revolução de 1930 que depôs Washington Luís. Seu governo
marcou o início de uma nova era na política brasileira, conhecida como
"Era Vargas".
No início de seu mandato, Vargas liderou um governo
provisório e buscou implementar reformas políticas e sociais. Foi promulgada
uma nova Constituição em 1934, que trouxe avanços em direitos trabalhistas,
como a jornada de trabalho de oito horas e a proteção ao trabalho feminino e
infantil.
Seu governo também promoveu a criação do Ministério do
Trabalho, Indústria e Comércio, que teve papel fundamental na regulamentação
das relações de trabalho e no fortalecimento dos direitos dos trabalhadores.
No campo econômico, Vargas procurou diversificar a
economia, investindo na industrialização do país e buscando a autonomia em
relação ao setor agrícola. Foi durante seu governo que surgiu o Plano de
Valorização do Café, que buscava equilibrar a economia cafeeira e evitar os
impactos das oscilações dos preços do café no mercado internacional.
Entretanto, o governo de Vargas também enfrentou desafios
políticos e oposição. Durante a chamada Intentona Comunista em 1935, houve uma
tentativa de golpe liderada por setores de esquerda que foi reprimida pelo
governo.
Após a Revolução Constitucionalista de 1932, que foi um
movimento de oposição ao governo, Vargas promulgou uma nova Constituição em
1934, que garantiu a realização de eleições presidenciais diretas e a
continuidade de seu mandato.
Getúlio Vargas - 2ª vez (1934-1945)
Getúlio Vargas foi eleito presidente do Brasil em 17 de
julho de 1934, após a promulgação da nova Constituição que permitiu eleições
diretas. Seu segundo mandato, que durou de 1934 a 1937, foi caracterizado por
uma intensa agenda de reformas e mudanças políticas, sociais e econômicas.
Durante esse período, Vargas continuou promovendo políticas
de cunho trabalhista, com a criação da Justiça do Trabalho e a regulamentação
dos direitos dos trabalhadores. O governo também estabeleceu o salário mínimo e
promoveu a proteção aos trabalhadores rurais.
No campo político, o governo de Vargas adotou uma postura
mais autoritária, com a instauração do Estado Novo em 1937, após a eclosão de
uma tentativa de golpe por parte de setores de esquerda. O Estado Novo marcou
uma fase de maior centralização do poder e a suspensão das garantias
democráticas, com a dissolução do Congresso Nacional e a instauração de um
regime autoritário.
No campo econômico, o governo implementou medidas de
industrialização e protecionismo, buscando promover a substituição de
importações e estimular o desenvolvimento da indústria nacional. Foram criados
órgãos como o Conselho Nacional do Café e o Instituto do Açúcar e do Álcool,
que buscavam regular e apoiar essas importantes atividades econômicas.
O Brasil também enfrentou desafios externos durante a
Segunda Guerra Mundial (1939-1945), período em que Vargas buscou uma política
de neutralidade e aproximação com os Estados Unidos. O país enviou tropas para
combater ao lado dos Aliados e firmou acordos comerciais com outras nações.
Após o término da guerra, o governo de Vargas enfrentou
pressões internas e externas para o retorno à democracia. Em 1945, após uma
série de manifestações populares e pressões políticas, Vargas foi deposto por
um golpe militar que marcou o fim de seu segundo mandato e o início de uma nova
fase política no país.
José Linhares (1945)
José Linhares assumiu a presidência do Brasil em 29 de
outubro de 1945, após a deposição de Getúlio Vargas por um golpe militar. Seu
governo foi marcado por um período de transição política, buscando restabelecer
a democracia no país após o fim do Estado Novo.
Linhares liderou um governo provisório, com o objetivo de
convocar eleições presidenciais e restaurar o funcionamento das instituições
democráticas. Em janeiro de 1946, foi promulgada a nova Constituição, que
trouxe avanços em termos de direitos civis e políticos e marcou o retorno do
país ao regime democrático.
Durante seu breve mandato, o governo de Linhares procurou
promover a estabilidade política e econômica. Ele buscou estimular a produção e
a industrialização do país, em meio a desafios econômicos decorrentes dos
impactos da Segunda Guerra Mundial.
No campo político, o governo de Linhares teve que lidar com
questões relacionadas à reorganização dos partidos políticos e a convocação de
eleições livres e justas. O país vivenciou um período de efervescência política
e de participação popular, com a reativação dos partidos políticos e a
realização das eleições presidenciais e legislativas.
Após cumprir seu mandato de apenas alguns meses, Linhares
deixou a presidência em 31 de janeiro de 1946, quando ocorreu a posse do
presidente eleito, Eurico Gaspar Dutra. Seu governo é lembrado como um período
de transição política e a retomada do regime democrático no Brasil após o fim
do Estado Novo.
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Gaspar Dutra (1946-1951)
Gaspar Dutra assumiu a presidência do Brasil em 31 de
janeiro de 1946, após ser eleito pelo voto popular. Seu governo foi marcado por
um período de transição política, com a restauração da democracia após o fim do
Estado Novo.
No campo econômico, o governo de Dutra enfrentou desafios
devido aos impactos da Segunda Guerra Mundial e da crise internacional do
pós-guerra. Para equilibrar as finanças públicas, foram adotadas medidas de
austeridade fiscal, com redução dos gastos públicos e controle da inflação.
Em relação à política industrial, o governo incentivou a
substituição de importações e o desenvolvimento da indústria nacional, com a
criação de políticas de proteção ao mercado interno. O Plano SALTE (Saúde,
Alimentação, Transporte e Energia) foi implementado para promover o desenvolvimento
econômico em diversas áreas.
No campo social, o governo de Dutra enfrentou questões
trabalhistas e reivindicações dos trabalhadores por melhores condições de
trabalho e direitos trabalhistas. O governo buscou um equilíbrio entre as
demandas dos trabalhadores e as necessidades de estabilização econômica.
Em termos de política externa, o governo de Dutra buscou
estreitar as relações com outros países, incluindo os Estados Unidos. O Brasil
participou ativamente da Organização das Nações Unidas (ONU) e procurou
fortalecer seus laços diplomáticos e comerciais com diversas nações.
Após concluir seu mandato em 31 de janeiro de 1951, Dutra
deixou a presidência, dando lugar a Getúlio Vargas, que retornou ao poder pela
terceira vez.
Getúlio Vargas - 3ª vez (1951-1954)
Getúlio Vargas assumiu a presidência do Brasil pela
terceira vez em 31 de janeiro de 1951, após vencer as eleições presidenciais.
Seu retorno ao poder marcou uma nova fase política no país, caracterizada pelo
governo trabalhista e por reformas sociais.
Em seu terceiro mandato, Vargas procurou consolidar
políticas de cunho trabalhista e reformista. O governo implementou a legislação
trabalhista que garantia direitos aos trabalhadores, como férias remuneradas,
13º salário, regulamentação do trabalho noturno e proibição do trabalho
infantil.
O governo também promoveu a política de desenvolvimento
industrial, com a criação de empresas estatais, como a Petrobras e a
Eletrobras, buscando impulsionar o setor de energia e o desenvolvimento do
país.
No campo agrário, foi criado o Estatuto do Trabalhador
Rural, buscando regulamentar as relações de trabalho no campo e garantir
direitos aos trabalhadores rurais.
Getúlio Vargas também buscou estreitar as relações do
Brasil com outros países, promovendo uma política externa independente e
atuante. O Brasil participou de conferências internacionais, fortaleceu os
laços com a América Latina e estabeleceu relações diplomáticas com diversos
países.
Entretanto, seu governo também enfrentou desafios e
oposições. A política desenvolvimentista e as medidas trabalhistas geraram
críticas por parte de setores empresariais e conservadores. Além disso, o país
enfrentou desafios econômicos, incluindo a inflação e a pressão por aumento dos
salários.
Em meio a essas tensões políticas e econômicas, Getúlio
Vargas renunciou à presidência em 24 de agosto de 1954, após o episódio
conhecido como "Atentado da Rua Toneleros". Essa renúncia marcou o
fim de seu terceiro mandato presidencial e a entrada de João Café Filho como
presidente interino.
Café Filho (1954-1955)
João Café Filho assumiu a presidência do Brasil em 24 de
agosto de 1954, após a renúncia de Getúlio Vargas. Seu governo foi marcado por
um período de transição política e enfrentou desafios econômicos e sociais.
Em termos econômicos, o governo de Café Filho enfrentou a
inflação e a pressão por aumentos salariais, buscando equilibrar as contas
públicas e estimular a economia. Foi durante seu governo que ocorreu a primeira
depreciação do cruzeiro, a moeda brasileira à época.
O governo também buscou promover a industrialização e a
modernização do país, estimulando a produção e incentivando investimentos
estrangeiros.
No campo social, o governo enfrentou questões relacionadas
ao trabalho e aos direitos dos trabalhadores, buscando equilibrar as demandas
dos trabalhadores com as necessidades de estabilização econômica.
Café Filho também enfrentou desafios políticos e tensões no
cenário político nacional. Em novembro de 1955, ocorreram eleições
presidenciais e Juscelino Kubitschek foi eleito presidente, encerrando o
mandato de Café Filho.
Juscelino Kubitschek (1956-1961)
Juscelino Kubitschek assumiu a presidência do Brasil em 31
de janeiro de 1956, após ser eleito pelo voto popular. Seu governo ficou
conhecido pelo lema "50 anos em 5", que tinha como objetivo acelerar
o desenvolvimento do país.
No campo econômico, o governo de Kubitschek promoveu um
plano ambicioso de desenvolvimento, com investimentos em infraestrutura,
industrialização e modernização do país. Foi durante seu mandato que ocorreu a
construção de Brasília, a nova capital do Brasil, inaugurada em 21 de abril de
1960.
O governo também implementou o Plano de Metas, que
estabeleceu 31 projetos prioritários em diversas áreas, como energia,
transporte, indústria e educação. Esse plano visava impulsionar o
desenvolvimento econômico e social do país.
No campo social, o governo de Kubitschek procurou avançar
em direitos trabalhistas e sociais, com a criação do salário mínimo regional e
a ampliação da rede de ensino. Também foram feitos investimentos na saúde e no
combate à pobreza.
Em termos de política externa, o governo de Kubitschek
buscou fortalecer as relações com outros países e atrair investimentos
estrangeiros para o Brasil. O país participou ativamente de organismos
internacionais e firmou acordos comerciais com diversas nações.
Apesar dos avanços e do crescimento econômico durante seu
governo, Juscelino Kubitschek também enfrentou desafios e críticas. O país
passou por momentos de inflação e déficit público, gerando preocupações
econômicas.
Ao final de seu mandato em 31 de janeiro de 1961,
Kubitschek deixou a presidência, passando o cargo a seu sucessor, Jânio
Quadros. Seu governo é lembrado como um período de grandes avanços econômicos e
de importantes obras que contribuíram para o desenvolvimento do Brasil.
Jânio Quadros (1961)
Jânio Quadros assumiu a presidência do Brasil em 31 de
janeiro de 1961, após vencer as eleições presidenciais. Seu governo foi breve,
durando apenas sete meses, mas foi marcado por medidas polêmicas e uma atuação
surpreendente.
No campo econômico, o governo de Jânio Quadros buscou
combater a inflação e equilibrar as contas públicas. Ele adotou uma política de
contenção de gastos e buscava reduzir o déficit público, enfrentando resistências
de setores econômicos.
Entretanto, foi no campo político que o governo de Jânio
Quadros se destacou pelas ações controversas. Ele tomou medidas simbólicas e
surpreendentes, como a proibição de jogos de azar no país, o combate ao uso de
biquínis nas praias e a concessão da Ordem do Cruzeiro do Sul a Che Guevara,
uma figura controversa na época.
Essas medidas, somadas ao seu estilo excêntrico de
governar, geraram desconforto e insatisfação em diferentes setores da sociedade
e da política brasileira. Diante desse cenário, em 25 de agosto de 1961, Jânio
Quadros surpreendeu a todos ao apresentar sua renúncia à presidência.
Ranieri Mazzilli (1961)
Após a renúncia de Jânio Quadros, o vice-presidente Ranieri
Mazzilli assumiu interinamente a presidência do Brasil em 25 de agosto de 1961,
como estabelecia a Constituição na época. Seu governo foi marcado por uma
atuação provisória, buscando restabelecer a ordem política e conduzir o país
até a definição de um novo presidente.
Durante seu breve mandato, Mazzilli teve o desafio de lidar
com a crise política gerada pela renúncia de Jânio Quadros. Ele buscou uma
atuação conciliadora e colaborativa, procurando estabilizar o país em meio a um
cenário de incertezas.
Nesse período, foram realizadas negociações políticas para
encontrar uma solução para a sucessão presidencial. Diante da impossibilidade
de uma definição clara, foi decidido que haveria um plebiscito para consultar a
população sobre a forma de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) a ser
adotada.
Em 6 de janeiro de 1963, após o resultado do plebiscito que
restabeleceu o presidencialismo, João Goulart foi empossado como presidente do
Brasil, encerrando o mandato de Ranieri Mazzilli.
João Goulart (1961-1964)
João Goulart, popularmente conhecido como Jango, assumiu a
presidência do Brasil em 7 de setembro de 1961, após o resultado do plebiscito
que restabeleceu o presidencialismo. Seu governo foi marcado por uma intensa
agitação política e social, com desafios e tensões em diversos aspectos.
No campo econômico, o governo de João Goulart buscou
promover reformas sociais e econômicas. Ele defendia uma política de
desenvolvimento com justiça social, buscando a redução das desigualdades e a
melhoria das condições de vida da população mais pobre.
Uma das principais propostas de seu governo foi a
realização das "Reformas de Base", que incluíam a reforma agrária, a
reforma urbana, a reforma tributária e a reforma educacional. Entretanto, essas
propostas enfrentaram forte resistência de setores conservadores e empresariais,
levando a uma crise política.
No campo político, o governo de João Goulart enfrentou
oposição de diferentes grupos e setores, incluindo militares e parte da
imprensa. A polarização política e as tensões entre forças políticas culminaram
em crises e manifestações por todo o país.
Em 31 de março de 1964, o presidente João Goulart foi
deposto por um golpe militar, que marcou o início de um período de ditadura no
Brasil.
Castelo Branco (1964-1967)
Após o golpe militar de 31 de março de 1964, Humberto
Castelo Branco assumiu a presidência do Brasil em 15 de abril de 1964. Seu
governo marcou o início de um período de regime militar no país, que se
estendeu por mais de duas décadas.
O governo de Castelo Branco foi marcado por uma forte
repressão política, com perseguições, prisões e censura à imprensa. Foi
implementado o Ato Institucional nº 1, que suspendeu diversas garantias
constitucionais e permitiu a cassação de políticos e a intervenção em estados e
municípios.
No campo econômico, o governo de Castelo Branco adotou
medidas para combater a inflação e promover o desenvolvimento econômico. Foram
implementadas políticas de austeridade fiscal e abertura econômica, buscando
atrair investimentos estrangeiros e estimular o crescimento do país.
Entretanto, o governo também enfrentou críticas e
resistências por parte de setores da sociedade e da política que não
concordavam com a forma como o regime militar conduzia o país.
Em 15 de março de 1967, Castelo Branco encerrou seu mandato
como presidente do Brasil, passando o cargo a seu sucessor, Artur da Costa e
Silva. Seu governo é lembrado como o início de um período de repressão política
e autoritarismo no país, que se estendeu até meados da década de 1980.
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Costa e Silva (1967-1969)
Artur da Costa e Silva assumiu a presidência do Brasil em
15 de março de 1967, após o fim do governo de Castelo Branco. Seu governo foi
marcado por um período de intensa repressão política e centralização do poder,
consolidando o regime militar que havia se instalado no país em 1964.
No campo político, o governo de Costa e Silva deu
continuidade à política de repressão e censura à imprensa, com a promulgação do
Ato Institucional nº 5 (AI-5) em 13 de dezembro de 1968. Esse ato ampliou os
poderes do governo, permitindo a suspensão de direitos civis e políticos, o
fechamento do Congresso Nacional e a cassação de mandatos políticos.
Em termos econômicos, o governo adotou uma política de
desenvolvimento baseada na substituição de importações e no estímulo à
indústria nacional. Foram realizados investimentos em infraestrutura e na
modernização da economia, com destaque para o setor siderúrgico e a construção
de grandes obras.
Contudo, a política econômica também enfrentou desafios,
como o aumento da inflação e a deterioração das contas públicas. O governo
buscou controlar a inflação por meio de políticas monetárias restritivas e
controle dos preços, o que gerou descontentamento entre diversos setores da
sociedade.
Em 31 de agosto de 1969, Costa e Silva sofreu um acidente
vascular cerebral e foi afastado da presidência, assumindo temporariamente uma
Junta Militar composta por três generais.
Junta Militar (1969-1974)
Após o afastamento de Costa e Silva da presidência por
motivos de saúde, uma Junta Militar foi formada para assumir o governo do Brasil.
Essa junta era composta pelos generais Aurélio de Lira Tavares, Márcio de Sousa
Melo e Augusto Rademaker.
A Junta Militar exerceu o poder executivo de forma
colegiada, com poucas mudanças em relação à política e ao regime instaurado
anteriormente. O governo seguiu com a política de repressão política, censura à
imprensa e restrição de direitos civis e políticos.
Em termos econômicos, a Junta Militar deu continuidade às
políticas de desenvolvimento e industrialização, com investimentos em setores
estratégicos da economia. Entretanto, o país enfrentou desafios econômicos,
como o aumento da dívida pública e da inflação, que geraram instabilidade
econômica.
Em 30 de outubro de 1974, a Junta Militar deu lugar a um
novo governo, com a posse de Ernesto Geisel como presidente do Brasil.
Ernesto Geisel (1974-1979)
Ernesto Geisel assumiu a presidência do Brasil em 30 de
outubro de 1974, após ser eleito pelo Colégio Eleitoral, como previsto pela
legislação da época. Seu governo marcou uma fase de transição política dentro
do regime militar, conhecida como "distensão política" ou
"abertura lenta e gradual".
Em termos políticos, o governo de Geisel promoveu a
abertura política, permitindo maior participação de partidos políticos e o
restabelecimento de eleições para governadores dos estados. Contudo, o poder
político continuava concentrado nas mãos do governo militar.
No campo econômico, o governo buscou controlar a inflação e
promover o crescimento econômico, com a continuidade das políticas de
desenvolvimento e investimentos em infraestrutura. Entretanto, o país enfrentou
desafios econômicos, como a crise do petróleo em 1973, que afetou a economia
brasileira.
Em termos de política externa, o governo de Geisel buscou
uma postura mais independente, promovendo relações comerciais com diferentes
países e buscando maior autonomia nas decisões internacionais.
Contudo, o governo também enfrentou críticas e oposições de
diversos setores da sociedade, incluindo grupos de esquerda e organizações de
direitos humanos, que denunciavam violações de direitos civis e políticos.
Em 15 de março de 1979, Ernesto Geisel encerrou seu mandato
como presidente do Brasil, passando o cargo a seu sucessor, João Figueiredo.
João Figueiredo (1979-1985)
João Figueiredo assumiu a presidência do Brasil em 15 de
março de 1979, após ser eleito pelo Colégio Eleitoral, seguindo o processo de
distensão política iniciado por seu antecessor, Ernesto Geisel. Seu governo
marcou o fim do regime militar no Brasil, conhecido como "Abertura
Política".
Em termos políticos, o governo de Figueiredo deu
continuidade à abertura política, permitindo maior participação política e
restabelecendo eleições diretas para governadores e prefeitos. Também foi
promulgada a Lei da Anistia, que permitiu o retorno de exilados políticos e a
libertação de presos políticos.
No campo econômico, o governo enfrentou desafios
decorrentes da crise econômica internacional e do aumento da dívida externa.
Foram adotadas medidas de controle da inflação e estabilização econômica,
buscando equilibrar as contas públicas.
Em termos de política externa, o governo de Figueiredo
buscou uma maior integração com outros países e promoveu relações comerciais
com nações estrangeiras. O Brasil participou de conferências internacionais e
assumiu uma postura mais ativa no cenário internacional.
Contudo, o governo também enfrentou críticas e oposições de
diferentes setores da sociedade, que demandavam maior abertura política e o fim
do regime militar.
Em 15 de março de 1985, João Figueiredo encerrou seu mandato
como presidente do Brasil, marcando o fim da ditadura militar e o início de um
novo período democrático no país, com a eleição de Tancredo Neves como
presidente. O governo de Figueiredo é lembrado como um período de transição
política e de abertura gradual para a democracia no Brasil.
José Sarney (1985-1990)
José Sarney assumiu a presidência do Brasil em 15 de março
de 1985, após a morte de Tancredo Neves, o primeiro presidente eleito pelo voto
direto após o fim da ditadura militar. O governo de Sarney foi marcado por
desafios e turbulências em diversas áreas.
No campo econômico, o governo de Sarney enfrentou a crise
da dívida externa e a inflação galopante, herdadas do período anterior. Para
enfrentar esses problemas, foram adotadas medidas de estabilização econômica,
como o Plano Cruzado, que congelou preços e salários e lançou uma nova moeda, o
Cruzado. Embora tenha inicialmente apresentado resultados positivos, o plano
não conseguiu conter a inflação, levando à sua desvalorização.
Em relação à política, o governo de Sarney buscou promover
a redemocratização do país e a consolidação das instituições democráticas. Foi
promulgada a Constituição de 1988, que representou uma importante conquista
para o país, estabelecendo direitos e garantias fundamentais e organizando a
estrutura política e institucional brasileira.
Entretanto, o governo de Sarney também foi marcado por
escândalos de corrupção e por uma crise política que afetou sua imagem e sua
gestão.
Em 15 de março de 1990, ao encerrar seu mandato, José
Sarney passou a presidência ao seu sucessor, Fernando Collor de Mello.
Fernando Collor de Mello (1990-1992)
Fernando Collor de Mello assumiu a presidência do Brasil em
15 de março de 1990, sendo o primeiro presidente eleito pelo voto direto desde
o fim da ditadura militar. Seu governo foi marcado por uma série de reformas
econômicas e medidas de enfrentamento à inflação.
No campo econômico, o governo de Collor lançou o Plano
Collor, que confiscou parte das poupanças dos brasileiros e bloqueou contas
bancárias como uma medida para controlar a inflação. Esse plano gerou forte
repercussão e protestos em todo o país, resultando em uma onda de insatisfação
popular.
Em meio a acusações de corrupção e denúncias de
irregularidades, o governo de Collor enfrentou um processo de impeachment
conduzido pelo Congresso Nacional. Em 29 de dezembro de 1992, o presidente foi
afastado do cargo após a abertura do processo de impeachment.
Collor foi o primeiro presidente brasileiro a sofrer
impeachment na história do país. Seu vice-presidente, Itamar Franco, assumiu
interinamente a presidência.
Itamar Franco (1992-1995)
Itamar Franco assumiu a presidência do Brasil em 29 de
dezembro de 1992, após o afastamento de Fernando Collor de Mello. Seu governo
foi marcado por um período de estabilização política e econômica após a
turbulência do impeachment.
No campo econômico, o governo de Itamar Franco deu
continuidade às políticas de estabilização econômica iniciadas anteriormente,
buscando combater a inflação e promover a recuperação econômica. Foi criado o
Plano Real, implementado por seu sucessor, Fernando Henrique Cardoso, que
finalmente conseguiu conter a inflação e estabilizar a moeda brasileira.
Em relação à política, o governo de Itamar Franco foi
caracterizado por um espírito de conciliação e abertura para a negociação
política. Ele buscou construir uma base de apoio no Congresso Nacional e
promover a estabilidade política após o período conturbado do impeachment de
Collor.
Em seu governo, também foram realizadas eleições
presidenciais em 1994, que resultaram na eleição de Fernando Henrique Cardoso.
Em 1º de janeiro de 1995, ao encerrar seu mandato, Itamar
Franco passou a presidência a seu sucessor, Fernando Henrique Cardoso.
Fernando Henrique Cardoso - 2 mandatos
(1995-2002)
Fernando Henrique Cardoso, conhecido como FHC, assumiu a
presidência do Brasil em 1º de janeiro de 1995, após ser eleito em 1994. Seu
governo marcou um período de importantes reformas econômicas e sociais.
No campo econômico, o governo de Fernando Henrique Cardoso
deu continuidade ao Plano Real, que tinha como objetivo controlar a inflação e
estabilizar a moeda brasileira. O plano teve sucesso, trazendo uma nova fase de
estabilidade econômica ao país.
Além disso, foram realizadas importantes reformas
estruturais, como a privatização de empresas estatais, a abertura da economia
ao comércio internacional e a reforma da previdência social. Essas medidas
buscavam modernizar a economia e atrair investimentos estrangeiros.
No campo social, o governo implementou programas de combate
à pobreza e de inclusão social, como o Programa Bolsa Escola e o Programa Bolsa
Alimentação, que visavam beneficiar as famílias de baixa renda.
Em relação à política externa, o governo de FHC buscou uma
maior integração do Brasil com outros países e fortaleceu relações diplomáticas
com nações estrangeiras. O país consolidou sua participação ativa em organismos
internacionais e buscou uma postura mais independente no cenário internacional.
Em 1º de janeiro de 2003, ao final de seu segundo mandato,
Fernando Henrique Cardoso encerrou sua presidência, passando o cargo a seu
sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva. Seu governo é lembrado como um período de
estabilidade econômica e de importantes reformas que contribuíram para a modernização
do Brasil.
Luiz Inácio Lula da Silva – 2 mandatos (2003-2010)
Luiz Inácio Lula da Silva, popularmente conhecido como
Lula, assumiu a presidência do Brasil em 1º de janeiro de 2003, após vencer as
eleições presidenciais. Seu governo marcou um período de importantes avanços
sociais e econômicos, com foco na redução da desigualdade e na inclusão social.
No campo econômico, o governo de Lula adotou políticas de
crescimento econômico, com estímulo ao consumo e ao investimento público. Foram
implementadas medidas para fortalecer o mercado interno, aumentar o emprego e
estimular a produção nacional. O programa de transferência de renda Bolsa
Família foi ampliado e se tornou uma das principais ferramentas de combate à
pobreza no país.
Além disso, Lula manteve a estabilidade macroeconômica,
mantendo o controle da inflação e realizando superávits primários, o que
permitiu a redução da dívida pública e o aumento da credibilidade internacional
do Brasil.
No campo social, o governo de Lula promoveu a inclusão de
milhões de brasileiros em programas sociais, como o Bolsa Família e o Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Também foram
realizados investimentos na educação, saúde e moradia, buscando melhorar a
qualidade de vida da população mais vulnerável.
Em relação à política externa, o governo de Lula buscou uma
maior integração com outros países em desenvolvimento e estabeleceu parcerias
estratégicas com nações da América Latina, África e Ásia. O Brasil passou a ter
uma maior atuação em organismos internacionais e reforçou sua imagem como um
país em crescimento e influente no cenário mundial.
Lula foi reeleito em 2006 e seu governo continuou a
implementar políticas de inclusão social e desenvolvimento econômico. Seu
segundo mandato foi marcado por um período de estabilidade política e avanços
sociais, mas também enfrentou críticas e desafios relacionados a questões
éticas e corrupção.
Em 1º de janeiro de 2011, Lula encerrou seu segundo mandato
como presidente, passando o cargo a sua sucessora, Dilma Rousseff.
Dilma Rousseff (2011-2016)
Dilma Rousseff assumiu a presidência do Brasil em 1º de
janeiro de 2011, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo. Ela foi eleita
pelo Partido dos Trabalhadores (PT), sucedendo Luiz Inácio Lula da Silva.
No início de seu governo, Dilma deu continuidade às
políticas de inclusão social e de desenvolvimento econômico implementadas pelo
governo de Lula. O Programa Bolsa Família foi ampliado e o governo continuou
investindo em programas de infraestrutura e em projetos sociais.
Entretanto, ao longo de seu mandato, o Brasil enfrentou
desafios econômicos, como a desaceleração do crescimento, a alta inflação e a
deterioração das contas públicas. Dilma também enfrentou resistência política,
com manifestações e protestos por todo o país, questionando a eficácia de sua
gestão e apontando problemas de governança.
Em 2014, Dilma foi reeleita para um segundo mandato, mas
seu governo enfrentou uma crise política e econômica mais intensa nos anos
seguintes. Em meio a denúncias de corrupção e descontentamento popular, Dilma
foi alvo de um processo de impeachment, acusada de crimes de responsabilidade
fiscal.
Em 31 de agosto de 2016, após a conclusão do processo de
impeachment, Dilma Rousseff foi afastada da presidência, e seu vice, Michel
Temer, assumiu interinamente o cargo.
Michel Temer (2016-2018):
Michel Temer assumiu interinamente a presidência do Brasil
em 31 de agosto de 2016, após o afastamento de Dilma Rousseff por meio do
processo de impeachment. Em 31 de agosto de 2016, o Senado Federal confirmou o
impeachment de Dilma Rousseff, tornando efetivo o afastamento da presidência.
O governo de Michel Temer foi marcado por uma agenda de
reformas econômicas, com o objetivo de reequilibrar as contas públicas e promover
a retomada do crescimento econômico. Foram aprovadas mudanças na legislação
trabalhista e reformas previdenciárias, que geraram debates e polêmicas no
país.
Além disso, o governo de Temer buscou melhorar o ambiente
de negócios no Brasil e atrair investimentos estrangeiros. Foram realizadas
concessões na área de infraestrutura e busca de maior abertura comercial.
Entretanto, o governo também enfrentou críticas e
contestações, com manifestações populares e oposição política que questionavam
a legitimidade de Temer no cargo, uma vez que ele assumiu a presidência de
forma interina após o impeachment de Dilma Rousseff.
O governo de Michel Temer enfrentou instabilidades
políticas e desafios para aprovar medidas no Congresso Nacional. Em 31 de
dezembro de 2018, ao final de seu mandato, Temer deixou a presidência, passando
o cargo a seu sucessor, Jair Bolsonaro.
Jair Bolsonaro (2019-2022)
Jair Bolsonaro assumiu a presidência do Brasil em 1º de
janeiro de 2019, após vencer as eleições presidenciais. Sua campanha foi
marcada por um discurso de combate à corrupção, de promoção da segurança
pública e de defesa de valores conservadores.
No campo econômico, o governo de Bolsonaro buscou
implementar uma agenda liberal, com foco na redução do tamanho do Estado e na
promoção do livre mercado. Foram realizadas reformas para simplificar a
burocracia e melhorar o ambiente de negócios no país.
O governo também buscou aprovar reformas da previdência e
trabalhista, como forma de reequilibrar as contas públicas e estimular o crescimento
econômico. Entretanto, essas medidas enfrentaram resistência no Congresso
Nacional e na sociedade.
No campo social, o governo implementou o programa de
combate à fome e à miséria chamado de "Renda Brasil", com o objetivo
de auxiliar as famílias em situação de vulnerabilidade social. Além disso,
houve investimentos em programas de infraestrutura e de combate ao crime.
Contudo, o governo de Bolsonaro também enfrentou críticas e
polêmicas em diversas áreas, incluindo questões relacionadas ao meio ambiente,
aos direitos humanos e à liberdade de imprensa.
Em 2021, o país enfrentou uma grave crise de saúde pública
devido à pandemia de COVID-19, que afetou a economia e a saúde da população.
Em 1º de janeiro de 2023, ao final de seu mandato, Jair
Bolsonaro deixou a presidência, passando o cargo a seu sucessor. Seu governo é
lembrado como um período de polarização política e de implementação de medidas
controversas em diferentes áreas.
Luiz Inácio Lula da Silva – 3° mandato (2023- até
os dias atuais)
No terceiro mandato de Lula, ele venceu as eleições disputando contra Jair Messias Bolsonaro. Agora, o presidente enfrenta o desafio de unificar uma população dividida por uma eleição polarizada. Com o objetivo de promover a reconciliação, Lula precisa buscar um diálogo construtivo e implementar políticas inclusivas para abordar as diversas demandas da sociedade brasileira. Além disso, será importante trabalhar para fortalecer as instituições democráticas e buscar consensos para enfrentar os desafios econômicos, sociais e ambientais do país.
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