Indicação ao STF Provoca Ataques de Fake News pela Oposição

Conflito na busca pela nomeação ao STF gera confusão com ataques e disseminação de desinformação pela oposição, provocando resposta dos apoiadores de Flávio Dino.

Audiência de Flávio Dino na CCJ
Audiência de Flávio Dino na CCJ — Foto: Reprodução GZH

Política- A busca pela nomeação ao Supremo Tribunal Federal (STF) tornou-se novamente confusa, pois aliados do presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT), indicaram uma diminuição no favoritismo do ministro Flávio Dino, da Justiça, nas especulações.

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Aqueles que tiveram conversas recentes com Lula afirmam que ele ainda não revelou claramente sua preferência, mas assessores acreditam que Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União, e Flávio Dino permanecem como os principais candidatos na corrida.

Há aproximadamente um mês, o nome de Dino estava sendo citado como favorito por aliados de Lula, mas perdeu apoio após uma declaração do petista em um café da manhã com jornalistas em 27 de outubro. Além disso, obstáculos no Senado, resistência de uma ala do governo à sua indicação e controvérsias envolvendo Flávio Dino intensificaram a oposição, especialmente entre parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL.

Mulher de Líder do Comando Vermelho

A mais recente fonte de tensão surgiu com a divulgação pelo Jornal Estado de São Paulo de que membros do Ministério da Justiça e Segurança Pública receberam a esposa de um indivíduo identificado como líder do Comando Vermelho do Amazonas este ano. Esse incidente levou o ministério a alterar as regras de acesso ao local, implementando normas mais rigorosas. No entanto, aliados de Dino responderam. O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, compartilhou mensagens em redes sociais sobre os ataques dirigidos ao ministro.

“Como dizia meu professor Dinaldo, ‘qualquer recém-nascido com mais de 5 kg do interior da Patagônia' sabe o motivo deles estarem desesperados atacando o ministro Flávio Dino. Não adianta espernear”, escreveu o secretário.

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A líder do PT, Gleise Hoffmann (PT-PR), expressou seu apoio ao ministro. Ela destacou que o vice de Jair Bolsonaro chegou a receber, em uma agenda extraoficial em seu gabinete, uma pessoa suspeita de envolvimento com tráfico. Nas redes sociais, a deputada mencionou que o filho do inelegível chegou a empregar a mãe e a esposa do líder da milícia do Rio, além de prestar homenagens ao miliciano que chefiava o escritório do crime.

Os assessores do Palácio afirmam que Lula levará mais alguns dias para anunciar o novo ministro do STF, com a expectativa de que o anúncio ocorra ainda neste mês. Em 27 do mês passado, Lula reconheceu a qualificação jurídica e política de Flávio Dino, ponderando sobre a decisão de designá-lo para o Supremo Tribunal Federal ou para o Ministério da Justiça, considerando qual seria a opção mais justa e benéfica para o Brasil.

Além de Dino e Messias, Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), é considerado como possível indicado, contando com o apoio de parte da classe política. Dantas vê a chance de ser uma terceira opção caso Dino e Messias enfrentem dificuldades. Na visão de apoiadores do governo, o obstáculo principal para o ministro da Justiça é o ambiente no Senado, influenciado pela postura discreta de Davi Alcolumbre, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que não respalda a indicação. A rejeição da nomeação de Igor Roque para a Defensoria Pública da União (DPU) no Senado foi interpretada como um sinal de antagonismo.

Assessores do Palácio consideram que um dos principais fatores em jogo para a indicação ao STF é o custo político associado. Membros do governo afirmam que é desafiador avaliar o impacto dos controversos casos envolvendo Dino na decisão de Lula. Críticas sobre a gestão das crises de segurança no Rio de Janeiro e na Bahia também contribuem para um clima desfavorável. O eventual insucesso do plano de emprego das Forças Armadas em portos e aeroportos no Estado pode resultar em repercussões negativas para o governo em relação à crise de segurança.

Além disso, o ministro da Justiça tem enfrentado críticas internas do PT devido à superexposição e à concessão de destaque a Cappelli, interpretada como uma tentativa de promover o auxiliar. A dificuldade em encontrar um sucessor para Dino na Justiça também é citada como um fator que pode impactar negativamente sua candidatura ao STF. Quanto à presença da esposa de um suposto líder do Comando Vermelho no Ministério, membros do Planalto consideram improvável que o episódio, por si só, prejudique as chances de Dino no STF, enfatizando sua limitada repercussão interna no governo.

O senador Flávio Bolsonaro, do PL do Rio de Janeiro, apresentou uma solicitação à Procuradoria-Geral da República (PGR), buscando o afastamento do ministro devido ao incidente. Nos bastidores, ministros do STF minimizam a visita da esposa do suposto traficante, argumentando que diversas autoridades estão sujeitas a situações semelhantes devido ao grande número de pessoas com quem lidam. Contudo, os apoiadores da candidatura de Messias veem a possibilidade de esse caso fornecer munição à oposição e evidenciar falhas ou lacunas na gestão da justiça por parte de Dino.

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Esposa de Líder do Comando vermelho

O Advogado-Geral da União conta com o apoio de membros do PT e do governo. Ele é visto como alguém alinhado aos interesses do partido, destacando sua lealdade ao apoiar a ex-presidente Dilma Rousseff durante o impeachment, sendo ela uma das apoiadoras de Messias. No entanto, críticos, inclusive alguns de seus defensores, apontam que a experiência jurídica e política de Messias é considerada inferior à de Dino, o ex-governador que tem confrontado os bolsonaristas. Lula ainda não abordou publicamente o assunto e evita dar sinais aos seus aliados sobre sua preferência para o STF.

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Opinião do Michel

Caro leitor,

Ações coordenadas pelo Ministério da Justiça, como a defesa da democracia, enfrentamento ao crime organizado e a proteção da Amazônia, têm gerado adversários que, aparentemente, recorrem à disseminação de fake news como uma tática coordenada para descredibilizar tais esforços. É notável como interesses contrariados podem resultar em estratégias tão prejudiciais, distorcendo a verdade em nome de objetivos questionáveis.

No cenário da indicação para o STF, a polarização política novamente se manifesta. O apoio do advogado-geral da União, considerado alinhado aos interesses do PT, destaca uma lealdade prévia à ex-presidente Dilma Rousseff. Contudo, o desafio enfrentado por esse candidato, Messias, reside na percepção, tanto de opositores quanto de apoiadores, de que sua bagagem jurídica e política é inferior à de Dino, ex-governador que já confrontou os bolsonaristas.

O silêncio de Lula sobre suas preferências em relação ao STF indica uma estratégia cuidadosa, evitando comprometer publicamente suas intenções. Nesse contexto, é crucial que a população esteja atenta à influência das fake news, garantindo um debate justo e informado sobre a nomeação para o Supremo Tribunal Federal.

Atenciosamente,

Fernando Michel

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