O foco principal do governo é declarado como sendo o investimento nas despesas públicas. Essa decisão acarreta impactos desfavoráveis para a estabilidade financeira, a reputação nacional e, a longo prazo, o desenvolvimento econômico.
Ministro da fazenda, Fernando Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva — Foto: Reprodução Freepik |
Política- O renomado economista e
ex-ministro Roberto Campos, avô do atual presidente do Banco Central, é autor
de uma afirmação que, em diversos aspectos, resume a triste realidade
brasileira: "O Brasil sempre deixa escapar boas chances". Essa máxima
mais uma vez se confirma, já que o país raramente teve condições tão favoráveis
para prosperar.
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Na era atual focada em questões ambientais, o Brasil se
sobressai ao possuir, entre as principais economias globais, uma matriz
energética mais ecologicamente sustentável. Isso o coloca em uma posição
favorável para liderar as mudanças que estão acontecendo.
Além disso, o Brasil ocupa a posição de principal
exportador global de alimentos, impulsionado por um setor agropecuário robusto
e inovador, representando cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB).
Na arena geopolítica, a situação também é positiva. Enquanto a China enfrenta
desafios econômicos e a Rússia está envolvida em conflitos, o Brasil destaca-se
como o grande emergente menos vulnerável a pressões internacionais.
Todo esse potencial poderia impulsionar o país para um novo
patamar de desenvolvimento. No entanto, aparentemente, o Brasil está, mais uma
vez, destinado a deixar escapar oportunidades. Dessa vez, uma parcela
significativa da responsabilidade recai sobre as diretrizes econômicas
frequentemente adotadas pelos governos do PT. No período de doze meses, o setor
público consolidado, composto pela União, Estados, municípios e empresas
estatais, apresentou um déficit de 103 bilhões de reais, correspondendo a 0,97%
do PIB.
É incontestável que as finanças públicas encerrarão o ano
de 2023 no negativo. Os indicadores são desfavoráveis devido à prática contínua
do governo Lula de gastar além da arrecadação, com a promessa de aumentar ainda
mais os gastos.
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Antes mesmo de os dados serem divulgados, o presidente Lula
propôs uma mudança na meta fiscal e desconsiderou o compromisso de eliminar o
déficit público no próximo ano, anulando assim os esforços do ministro da
Fazenda, Fernando Haddad. A declaração surpreendeu o mercado financeiro e gerou
reações significativas de influentes figuras da política nacional.
A redução de despesas se tornaria crucial, especialmente em
uma nação pressionada por uma das cargas tributárias mais elevadas globalmente,
sem espaço para elevação de impostos. Recentemente, o ministro Haddad tem se
empenhado intensamente na busca por maneiras de incrementar a receita. Dentre
as opções em consideração, encontram-se a tributação de importados de baixo
valor, apostas esportivas e fundos offshore.
Administrações que gastam excessivamente tornam-se aliadas
da inflação, uma ameaça constante à espreita, aguardando oportunidade para
ressurgir. Nesse contexto, destaca-se a pressão de Lula sobre o presidente do
Banco Central, Roberto Campos Neto, para acelerar a redução da taxa Selic.
"Sem equilíbrio fiscal, cedo ou tarde o Banco Central terá que limitar o
corte de juros", declarou o presidente do BC, Roberto Campos Neto.
No conjunto de oportunidades desperdiçadas, a reforma
tributária está destinada a se destacar. Mesmo que as recentes alterações
aprovadas no Senado Federal representem uma melhoria em relação às anteriores,
é evidente que as mudanças ainda estão longe do ideal. O Brasil está caminhando
para ter uma das mais elevadas taxas de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) do
mundo, o que é injusto para uma sociedade que enfrenta serviços públicos
precários.
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Opinião do Michel
Caro leitor,
Ao analisar a atual situação política e econômica do
Brasil, é inegável que estamos diante de uma encruzilhada crucial. A decisão do
presidente Lula em ignorar o compromisso fiscal do país levanta sérias
preocupações sobre a estabilidade financeira e o desenvolvimento econômico a
longo prazo.
O Brasil, com sua matriz energética sustentável e posição
de destaque na exportação de alimentos, possui um potencial significativo para
liderar mudanças globais. Contudo, a insistência em aumentar gastos públicos,
sem um equilíbrio fiscal adequado, ameaça desperdiçar oportunidades valiosas.
A pressão sobre o presidente do Banco Central, Roberto
Campos Neto, para reduzir a taxa Selic sem garantias de equilíbrio fiscal,
destaca a falta de visão estratégica. A inflação, uma ameaça constante, pode
ressurgir se não houver controle nos gastos públicos.
A reforma tributária, mesmo com melhorias recentes, ainda
está longe do ideal. A iminente elevação das taxas de Imposto sobre Valor
Agregado (IVA) coloca um fardo injusto sobre uma sociedade já
enfrentando serviços públicos precários.
Em suma, o Brasil está diante de oportunidades únicas, mas
a negligência em seguir compromissos fiscais e a busca por soluções de curto
prazo ameaçam minar o verdadeiro potencial do país. É crucial que as decisões
políticas se alinhem com uma visão de crescimento sustentável para garantir um
futuro próspero para todos.
Atenciosamente,
Fernando Michel
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