Biden afirmou que os Estados Unidos estavam engajados na elaboração de um acordo entre Israel e o Hamas para uma interrupção das hostilidades por pelo menos seis semanas.
Uma família fugindo de Rafah para o norte da Faixa de Gaza na segunda-feira.Mohammed Abed/Agência France-Presse — Getty Images |
Internacional- O
chefe da CIA, William J. Burns, estava programado para chegar ao Cairo na
terça-feira para discutir a libertação dos reféns em Gaza e uma trégua
temporária nos confrontos, em meio a crescentes preocupações sobre os planos de
Israel de invadir a área onde os civis se abrigaram. As conversas em andamento
indicam que ainda há possibilidade de suspensão negociada dos combates, apesar
da rejeição pública do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, à
proposta do Hamas na semana passada. Netanyahu defende uma "vitória
total" e o envio de tropas terrestres para Rafah, no sul de Gaza, onde
mais de 1 milhão de pessoas buscaram refúgio.
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Um
oficial dos EUA, sob anonimato devido à sensibilidade das negociações,
confirmou os planos de viagem do Sr. Burns. Ao mesmo tempo, uma equipe
israelense, composta pelos líderes da agência de inteligência Mossad e do
serviço de segurança Shin Bet, também estava a caminho do Cairo para participar
das conversações, conforme relatado pela emissora pública de Israel, Kan.
O
presidente Biden anunciou na segunda-feira que os EUA estavam empenhados em
negociar um acordo entre Israel e o Hamas para libertar os reféns remanescentes
e estabelecer uma pausa nos combates de pelo menos seis semanas. Ele destacou
suas discussões recentes com Netanyahu, bem como com líderes do Egito e do
Catar, para avançar nesse processo.
"O
cerne dos acordos está em discussão", afirmou Biden durante uma coletiva
de imprensa. "Embora ainda haja diferenças a serem superadas, encorajei os
líderes de Israel a perseverarem na busca desse acordo."
Biden
também enfatizou que Israel não deveria avançar com uma incursão terrestre em
Rafah sem um "plano viável" para proteger os civis.
Tanto
autoridades das Nações Unidas quanto do Tribunal Penal Internacional foram
diretas em suas advertências, destacando as consequências catastróficas de uma
possível invasão israelense na cidade.
O Rei Abdullah II da Jordânia reiterou os seus apelos à cessação dos combates em Gaza após uma reunião com o Presidente Biden.Tom Brenner
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Stéphane Dujarric, representante do secretário-geral da
ONU, António Guterres, alertou que qualquer movimento em direção a Rafah
prejudicaria a entrega de ajuda vital a uma região onde alimentos, água,
remédios e abrigos são extremamente escassos. Rafah abriga o único ponto de
passagem entre Gaza e o Egito, sendo crucial para o acesso à ajuda humanitária.
Dujarric afirmou que as Nações Unidas não teriam
envolvimento nos planos de evacuação de Israel. "Não iremos participar de
deslocamentos forçados", enfatizou. "Atualmente, não há lugar seguro
em Gaza."
Karim Khan, procurador-chefe do Tribunal Penal
Internacional, expressou grande preocupação com a possibilidade de uma ofensiva
em Rafah, levantando a possibilidade de investigações por crimes de guerra.
O diretor da CIA, William J. Burns, era esperado no Cairo na terça-feira para negociações sobre reféns mantidos em Gaza e uma proposta de pausa temporária nos combates.Anna Moneymaker / Imagens Getty |
"Em todas as guerras, há normas e as leis aplicáveis
aos conflitos armados não podem ser interpretadas de forma a se tornarem
ineficazes ou sem significado", declarou em um comunicado divulgado nas
redes sociais.
Até o momento, no entanto, a crescente pressão
internacional parece ter tido pouco impacto sobre Israel. Netanyahu instruiu as
forças militares a elaborarem um plano de evacuação para os civis de Rafah,
visando minimizar as vítimas, embora grupos de ajuda internacional tenham
considerado a evacuação de tantas pessoas como irrealista.
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O presidente Biden declarou na segunda-feira que Israel não
deveria avançar com uma grande ofensiva terrestre em Rafah, no sul de Gaza, sem
um "plano credível" para proteger mais de um milhão de pessoas que lá
se refugiaram.
Biden fez essas observações após se reunir na Casa Branca
com o rei Abdullah II da Jordânia, uma figura-chave na busca por um cessar-fogo
na Faixa de Gaza. Foi a primeira vez que os dois líderes se encontraram
pessoalmente desde o início do conflito entre Israel e o Hamas.
Durante uma aparição com o rei Abdullah, Biden destacou a
vulnerabilidade das pessoas em Rafah, que foram deslocadas várias vezes e agora
estão concentradas na região sul de Gaza. Ele enfatizou a necessidade de
protegê-las.
A visita de Abdullah ocorreu enquanto ele buscava
fortalecer o apoio internacional a um cessar-fogo imediato em Gaza para acabar
permanentemente com os confrontos.
Biden recusou a ideia de um cessar-fogo amplo, afirmando
que Israel tem o direito de se defender. No entanto, ele pressionou por uma
pausa nos combates que poderia facilitar a libertação dos reféns mantidos pelo
Hamas e algo mais sustentável.
Assista ao Vídeo
Grande parte da população da Jordânia é de origem
palestina, o que coloca o país em uma posição delicada, já que enfrenta as
consequências do conflito, apesar de ser um aliado próximo dos EUA e ter um
tratado de paz com Israel.
O rei Abdullah alertou que uma incursão israelense em Rafah
"inevitavelmente resultaria em outra catástrofe humanitária". Ele
destacou que a situação já é insuportável para mais de um milhão de pessoas que
buscaram abrigo em Rafah desde o início do conflito e enfatizou a necessidade
de um cessar-fogo duradouro.
Biden expressou uma condenação enfática ao crescente número
de mortes em Gaza, onde autoridades de saúde relatam mais de 28.000 vítimas
fatais desde o início do conflito. Ele descreveu cada vida inocente perdida
como uma tragédia.
Embora as críticas de Biden ao conflito tenham se tornado
mais fortes nos últimos quatro meses, os Estados Unidos não indicaram planos
para grandes mudanças políticas, como condicionar a ajuda militar a Israel.
Quando questionado se Israel enfrentaria consequências em
relação à sua próxima campanha militar, o porta-voz da Casa Branca, John F.
Kirby, afirmou que não comentaria sobre "hipóteses", mas destacou que
os EUA estavam trabalhando para influenciar a conduta de Israel no conflito.
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