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Há
uma interpretação controversa baseada em alguns versículos que sugerem que
Jesus pregou no inferno, como em 1 Pedro 3:18-20. Nesse contexto, Cristo sofreu
pelos pecados, foi morto fisicamente, mas vivificado espiritualmente, pregando
aos espíritos em prisão, os desobedientes dos tempos de Noé. Essa interpretação
levanta diversas teorias sobre o que aconteceu durante o período em que Jesus
esteve morto. Algumas sugerem que Ele pregou aos que pereceram no dilúvio. Após
Sua ressurreição, Ele retornou em Sua forma gloriosa, possivelmente pregando aos
seres antes do dilúvio.
O
termo "Espírito" se refere ao Espírito Santo, que desde o início
anunciou a vinda de Jesus. Algumas teorias sugerem que, enquanto morto, Jesus
pregou até mesmo aos anjos caídos no inferno. A Bíblia não detalha esses
eventos, pois o foco principal é a ressurreição de Jesus e Sua vitória sobre a
morte.
Alguns
defendem que Jesus foi ao inferno para suportar mais punição pelos nossos
pecados. Outros afirmam que Ele foi ao domínio de Satanás para tomar as chaves
da morte e do inferno. Hoje em dia, muitas pessoas veem o inferno como uma
contradição ao amor de Deus.
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Os ensinamentos sobre o inferno e o julgamento
frequentemente parecem não harmonizar o amor e a misericórdia divina com a
existência do inferno. No Juízo Final, muitos não serão reconhecidos por Deus.
No evangelho apócrifo de Nicodemo, são apresentados dois
relatos: um de Carino e outro de Leucio, dois israelitas que foram trazidos de
volta à vida por Cristo após estarem no inferno. José os levou à sinagoga, onde
Nicodemo e outros sacerdotes, que haviam testemunhado a morte deles, agora os
encontravam vivos. Na sinagoga, eles pediram permissão e oraram a Deus e a seu
Filho antes de contar sua história, solicitando pergaminhos para registrarem os
eventos.
No inferno estavam Adão, seus descendentes, profetas e
santos. Uma luz brilhante iluminou o lugar, fazendo com que Adão se alegrasse e
instruísse seu filho Sete a contar o que o arcanjo Miguel lhe havia dito nas
portas do paraíso. Sete começou sua narrativa afirmando que desde o princípio
estava escrito que o Filho de Deus nos libertaria dos pecados.
O arcanjo Miguel comunicou a Sete que Deus o enviara para
dizer que seria inútil buscar o óleo da árvore da misericórdia para ungir Adão
e aliviar seu sofrimento, pois isso só seria possível após cinco mil anos,
quando o Filho de Deus viria à terra, ressuscitando Adão e os mortos. Ao ser
batizado por João, Ele manifestaria o óleo da misericórdia para aqueles que
acreditam Nele, trazendo vida eterna aos nascidos da água e do Espírito Santo.
Jesus Cristo, o Filho de Deus, cheio de amor, desceu à Terra para reintroduzir seu pai Adão no paraíso e posicioná-lo junto à árvore da misericórdia. Segundo esse evangelho, Jesus também desceu ao inferno para libertar todas as almas que tinham fé em Deus, incluindo os profetas e aqueles considerados dignos de receber o óleo da misericórdia, conforme predito pelo arcanjo Miguel desde os primórdios.
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