O Resgate de Almas: A Jornada de Jesus ao Inferno em Busca da Chave da Libertação

Evangelho apócrifo de Nicodemo revela a jornada de Jesus ao inferno para resgatar almas e restaurar Adão no paraíso, desafiando conceitos sobre julgamento e misericórdia divina.

Jornada de Jesus Cristo ao inferno para resgatar almas. Fonte: Pinterest
Jornada de Jesus Cristo ao inferno para resgatar almas. Fonte: Pinterest

Religião- A Bíblia menciona que Jesus desceu ao inferno, mas não permaneceu no mundo dos mortos; Ele ressuscitou, como registrado em Efésios 4:9-10. Esta passagem reforça a realidade da morte de Jesus. Em Hebreus 9:27-28, é enfatizado que os seres humanos estão destinados a morrer uma única vez e, depois disso, enfrentarão o juízo. Da mesma forma, Cristo foi sacrificado uma vez para redimir os pecados de muitos.

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Há uma interpretação controversa baseada em alguns versículos que sugerem que Jesus pregou no inferno, como em 1 Pedro 3:18-20. Nesse contexto, Cristo sofreu pelos pecados, foi morto fisicamente, mas vivificado espiritualmente, pregando aos espíritos em prisão, os desobedientes dos tempos de Noé. Essa interpretação levanta diversas teorias sobre o que aconteceu durante o período em que Jesus esteve morto. Algumas sugerem que Ele pregou aos que pereceram no dilúvio. Após Sua ressurreição, Ele retornou em Sua forma gloriosa, possivelmente pregando aos seres antes do dilúvio.

O termo "Espírito" se refere ao Espírito Santo, que desde o início anunciou a vinda de Jesus. Algumas teorias sugerem que, enquanto morto, Jesus pregou até mesmo aos anjos caídos no inferno. A Bíblia não detalha esses eventos, pois o foco principal é a ressurreição de Jesus e Sua vitória sobre a morte.

Alguns defendem que Jesus foi ao inferno para suportar mais punição pelos nossos pecados. Outros afirmam que Ele foi ao domínio de Satanás para tomar as chaves da morte e do inferno. Hoje em dia, muitas pessoas veem o inferno como uma contradição ao amor de Deus.

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Os ensinamentos sobre o inferno e o julgamento frequentemente parecem não harmonizar o amor e a misericórdia divina com a existência do inferno. No Juízo Final, muitos não serão reconhecidos por Deus.

No evangelho apócrifo de Nicodemo, são apresentados dois relatos: um de Carino e outro de Leucio, dois israelitas que foram trazidos de volta à vida por Cristo após estarem no inferno. José os levou à sinagoga, onde Nicodemo e outros sacerdotes, que haviam testemunhado a morte deles, agora os encontravam vivos. Na sinagoga, eles pediram permissão e oraram a Deus e a seu Filho antes de contar sua história, solicitando pergaminhos para registrarem os eventos.

No inferno estavam Adão, seus descendentes, profetas e santos. Uma luz brilhante iluminou o lugar, fazendo com que Adão se alegrasse e instruísse seu filho Sete a contar o que o arcanjo Miguel lhe havia dito nas portas do paraíso. Sete começou sua narrativa afirmando que desde o princípio estava escrito que o Filho de Deus nos libertaria dos pecados.

O arcanjo Miguel comunicou a Sete que Deus o enviara para dizer que seria inútil buscar o óleo da árvore da misericórdia para ungir Adão e aliviar seu sofrimento, pois isso só seria possível após cinco mil anos, quando o Filho de Deus viria à terra, ressuscitando Adão e os mortos. Ao ser batizado por João, Ele manifestaria o óleo da misericórdia para aqueles que acreditam Nele, trazendo vida eterna aos nascidos da água e do Espírito Santo.

Jesus Cristo, o Filho de Deus, cheio de amor, desceu à Terra para reintroduzir seu pai Adão no paraíso e posicioná-lo junto à árvore da misericórdia. Segundo esse evangelho, Jesus também desceu ao inferno para libertar todas as almas que tinham fé em Deus, incluindo os profetas e aqueles considerados dignos de receber o óleo da misericórdia, conforme predito pelo arcanjo Miguel desde os primórdios.

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