Senado adia sabatina de Gabriel Galípolo para outubro

Governo queria aprovação antes da reunião do COPOM, mas cúpula do Senado mantém prazo para outubro.

Gabriel Galípolo e Elisa Veeck.
Jornal/F5 UOL

Brasília, 31 de agosto de 2024 — A cúpula do Senado Federal informou ao Palácio do Planalto que não irá acelerar a sabatina de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central. O governo pretendia realizar o processo antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) em setembro, mas o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Vanderlan Cardoso, descartou essa possibilidade.

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Segundo Cardoso, com as eleições municipais se aproximando, muitos parlamentares estão ocupados em seus redutos eleitorais, e não há necessidade de pressa, já que o mandato do atual presidente, Roberto Campos Neto, só termina em dezembro.

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também defende a sabatina em outubro. Parlamentares da base governista comunicaram ao Planalto que a escolha do relator deve ocorrer até o final de setembro. Os nomes mais cotados para a função são Eduardo Braga (MDB), Otto Alencar (PSD) e Professora Dorinha (União Brasil).

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Durante um evento da CNN, Roberto Campos Neto comentou a indicação de Gabriel Galípolo para sucedê-lo no cargo. “Pressões sobre Galípolo serão inevitáveis, assim como foram sobre mim. O importante é que a institucionalidade seja preservada e o Banco Central permaneça fora da polarização política”, declarou Campos Neto.

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A O presidente Lula também se pronunciou sobre a escolha de Galípolo, criticando o atual presidente do Banco Central e destacando que a taxa de juros no Brasil não tem explicação plausível. “O Banco Central deve ser comandado por alguém que goste do país e pense na sua vida nacional”, afirmou Lula, demonstrando confiança na competência de Galípolo para o cargo.

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