Café, carne e frutas cítricas são alguns dos itens mais afetados pela crise climática, com aumento de até 100% nos preços.
Aumento das queimadas elevam os preços dos alimentos. Fonte: O Hoje |
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A atual crise climática no Brasil, caracterizada por estiagens prolongadas e queimadas devastadoras, está impactando severamente a produção agrícola e pecuária do país. Produtos como leite, açúcar, laranja, limão e carne estão entre os alimentos cujo preço já sofreu aumento, e a tendência é que continuem subindo, segundo especialistas.
De acordo com produtores, a estiagem tem comprometido o plantio e a colheita de diversos alimentos. "A gente já vê isso nas gôndolas do supermercado", comenta Lucas Biali, pesquisador da Fundação Procafé, destacando que a situação do café é uma das mais críticas. Em 2023, a saca do café arábica custava R$ 800; hoje, esse valor quase dobrou, chegando a R$ 1.500. O café robusta também atingiu preços recordes. Segundo Biali, a safra de 2024 já foi pior que a de 2023, e a de 2025 também está comprometida, com previsão de recuperação apenas para 2026.
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Além do café, o preço do açúcar já reflete os danos causados pelos incêndios. Mais de 400 mil hectares de cana-de-açúcar foram destruídos pelo fogo, e a produtividade caiu 7% em relação ao ano anterior, segundo o especialista Aécio Seabra. "A qualidade da cana também foi afetada, o que dificulta a cristalização do açúcar, encarecendo ainda mais o produto", explica.
O impacto nas pastagens também tem gerado um efeito dominó nos preços da carne. A arroba do boi subiu de R$ 220 em junho para R$ 250 neste mês, um aumento de 11%. Thiago Bernardino, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP, alerta que essa alta pode se refletir em outros tipos de carne. "Se a carne bovina continuar subindo, a carne suína e de frango também devem seguir o mesmo caminho."
João Carlos Pedreira, empresário dono de uma hamburgueria em Brasília, comenta os desafios enfrentados. "A gente sentiu diretamente na loja, principalmente porque vendemos muita carne. Está cada vez mais difícil repassar esse aumento ao consumidor."
Frutas cítricas, como laranja, pera e limão, também estão sendo duramente afetadas. Fernanda Geraldine, pesquisadora do Cepea, destaca que a produção de laranja caiu 30% em comparação com 2023. "Com a seca, a caixa de laranja já custa R$ 117, mais que o dobro do preço do ano passado. A alta demanda, impulsionada pelo calor, também eleva ainda mais os preços."
Além dos problemas internos, a exportação de limão foi barrada por não cumprir exigências de qualidade no mercado internacional, agravando ainda mais a crise.
O governo brasileiro está em negociação com a União Europeia para prorrogar o prazo da nova regulamentação, que restringe a importação de produtos provenientes de áreas desmatadas, o que pode afetar ainda mais a cadeia produtiva no país.
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