Flávio Dino rotula como delituosa a Fake News.
Alexandre Garcia e Jair Messias Bolsonaro, os disseminadores de Fake News - Foto: Cada Minuto/ Reprodução
Várias figuras do governo federal recorreram às mídias
sociais para refutar as informações errôneas (desinformação) acerca de
um alegado término das doações destinadas às vítimas dos temporais que afetaram
o estado do Rio Grande do Sul. "Fake news em destaque: Falsa é a afirmação
de que as doações foram interrompidas em Lajeado (RS) sob orientação do
Governo Federal. O Executivo já alocou R$ 741 milhões para auxiliar as
localidades afetadas e continua oferecendo pleno suporte às cidades do Rio
Grande do Sul," comunicou a Secretaria de Comunicação Social da
Presidência da República (Secom) na plataforma de mídia social X (antigo
Twitter).
Também por meio da plataforma X, o ministro responsável
pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Paulo Pimenta,
mencionou o incidente. "Não iremos permitir nenhum tipo de notícia falsa.
Qualquer tentativa de explorar politicamente a propagação de informações
incorretas deve ser reportada continuamente. É fundamental respeitar a tragédia
e o sofrimento das famílias!", declarou Paulo Pimenta na segunda-feira (11),
referindo-se à desinformação que circulou nos últimos dias.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino,
categorizou o incidente como um "delito" e comunicou que está
atualmente sob análise da Polícia Federal (PF). "Reforço que a
disseminação de notícias falsas é um ato criminoso, não é uma simples
'brincadeira' ou uma tática legítima na arena política. Esse crime é ainda mais
sério quando se relaciona a uma situação de crise humanitária, pois pode causar
pânico e agravar o sofrimento das famílias. A Polícia Federal já está ciente
dos acontecimentos e tomará as medidas previstas pela legislação," afirmou
o ministro.
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Administração de Lula solicita à
Advocacia-Geral da União (AGU) apuração das informações falsas disseminadas por
Alexandre Garcia.
O governo de Lula aciona a Procuradoria Nacional da União
de Defesa da Democracia (PNDD), uma divisão da Advocacia-Geral da União
(AGU), para conduzir uma investigação sobre o jornalista Alexandre Garcia
devido a "propagação de informações incorretas" em suas declarações a
respeito da situação das chuvas no Rio Grande do Sul.
Nas plataformas de mídia social, o Advogado-Geral da União,
Jorge Messias, anunciou que ordenou a "início imediato de um processo
contra a campanha de disseminação de informações incorretas promovida pelo
jornalista".
Garcia estabeleceu uma conexão entre as ações do governo
petista e a tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul na semana passada. No
programa "Oeste Sem Filtro" da Revista Oeste, ele afirmou que embora
a chuva tenha sido a causa original, o governo petista construiu três represas
pequenas, apesar das recomendações contrárias das medições ambientais, que
aparentemente liberaram água simultaneamente. O jornalista também argumentou a
favor de uma investigação das autoridades sobre o incidente.
Um ciclone extratropical resultou em inundações que
resultaram em um triste saldo de mais de 40 vidas perdidas e deixou mais de 10
mil pessoas desalojadas. A ausência do presidente e da primeira-dama Janja Lula
da Silva na região gerou críticas nas mídias sociais ao longo do feriado
prolongado de 7 de Setembro.
A afirmação do jornalista foi fortemente rejeitada pelo
Advogado-Geral da União (AGU). Messias, em suas redes sociais, afirmou:
"É inadmissível que, neste momento de intensa tristeza, tenhamos que
enfrentar informações incorretas. Vamos buscar responsabilização."
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A Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia
foi estabelecida em maio deste ano, como parte da Advocacia-Geral da União
(AGU), com o propósito de "atuar em nome da União, tanto nos tribunais
como fora deles", na "preservação da legitimidade dos Poderes e de
seus representantes", no combate à "propagação de informações
incorretas" e na prevenção de tentativas de golpe, semelhantes às
ocorridas em 8 de Janeiro.
Em resposta a perguntas feitas pelo CAM, a AGU declarou que
está atualmente em processo de avaliação das ações administrativas e legais que
podem ser tomadas em relação ao jornalista.
Disputa em direção à Suprema Corte.
O atual ocupante do cargo de Advogado-Geral da União está
entre os candidatos considerados para a vaga no Supremo Tribunal Federal
(STF) que será deixada pela ministra Rosa Weber. No mesmo dia em que o
ministro Dias Toffoli invalidou um acordo de leniência da Odebrecht e criticou
a prisão de Lula como um dos "maiores erros judiciais da história do
país", Messias anunciou a formação de uma equipe especial para investigar
os indivíduos envolvidos no acordo anulado, conforme determinado pela decisão.
Ele é também a escolha principal da liderança do PT. Além
do Advogado-Geral da União (AGU), Flávio Dino, Ministro da Justiça, e
Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), estão
sendo considerados como possíveis candidatos para ocupar a vaga no mais alto
tribunal do país.
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Padrão Recorrente
A ação da AGU de abrir uma investigação sobre o jornalista
Alexandre Garcia segue um padrão que já foi empregado pelo ex-presidente Jair
Bolsonaro. Em junho de 2020, André Mendonça, que ocupava a mesma posição que
Messias e agora é ministro do STF, ordenou uma investigação sobre o jornalista
Guga Noblat com base na Lei de Segurança Nacional (LSN) devido a uma
charge que ele publicou envolvendo o ex-presidente.
A postagem em questão era uma ilustração criada pelo
cartunista Aroeira, que também foi alvo dessa ação, retratando Bolsonaro
vandalizando uma suástica nazista sobre o símbolo da Cruz Vermelha. Noblat
acompanhava a imagem com a legenda "Caiu na rede!".
Naquela ocasião, André Mendonça encaminhou uma
representação ao Ministério da Justiça, solicitando uma investigação sobre o
jornalista por acusar o presidente de conduta criminosa. Ele usou as mídias
sociais para anunciar essa ação e recebeu apoio público de Bolsonaro. Contudo,
a investigação foi arquivada pela Justiça em maio de 2021.
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Opinião de Michel
Caro leitor, diante dos eventos recentes e das notícias que
acabei de relatar, é crucial entender a gravidade das fake news e da
desinformação em nossa sociedade. Os líderes governamentais têm se mobilizado
para desmascarar informações incorretas que podem causar pânico, prejudicar a
reputação de indivíduos e, o que é ainda mais crítico, agravar situações de
crise humanitária.
A atitude do governo em relação à propagação de fake news
merece apoio incondicional. Nenhum de nós deve tolerar a disseminação de
informações falsas, seja qual for o contexto. Afinal, estamos falando de um
crime que não apenas prejudica a credibilidade das instituições, mas também
afeta a vida das pessoas.
Quando a tragédia atinge uma comunidade, é ainda mais
essencial que nos mantenhamos unidos em busca da verdade e da justiça, em vez
de permitir que a desinformação divida nossas opiniões e nossas ações.
Portanto, o compromisso do governo em enfrentar esse problema é louvável e
necessário.
Além disso, é importante destacar que a criação da
Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD) e sua missão de
preservar a legitimidade dos poderes e combater a desinformação são passos
fundamentais para garantir a integridade de nossa democracia.
Finalmente, devemos refletir sobre como a propagação de
fake news pode afetar não apenas a política, mas também a vida das pessoas
comuns, como vimos no triste caso das vítimas das enchentes no Rio Grande do
Sul. Precisamos ser críticos em relação à informação que consumimos e, ao mesmo
tempo, exigir responsabilidade daqueles que a compartilham.
Neste momento crucial de nossa história, é mais importante do que nunca valorizar a verdade, a justiça e a integridade. A responsabilização daqueles que disseminam informações falsas é uma etapa crucial para proteger nossa sociedade e nossa democracia.
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