O governo central optou por aumentar os recursos destinados ao Fundo de Participação Municipal
Lula vai antecipar para este ano o pagamento de indenização de estados e municípios. - Foto: G1 - Globo/ Reprodução
Política- Nesta terça-feira, 12
de setembro, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha,
anunciou que o governo central tem a intenção de adiantar a transferência de R$
10 bilhões para compensar estados e municípios pelas perdas no ICMS. A
efetivação dessa medida está sujeita à aprovação de um projeto de lei pelo
Congresso Nacional. A diminuição na alíquota do imposto ocorreu no contexto de
esforços para impulsionar a popularidade de Jair Bolsonaro (PL) durante
sua campanha para a reeleição.
O repasse inicialmente agendado para 2024 está planejado
para ser efetuado no corrente ano, de acordo com a intenção do governo. O valor
total da compensação será de 27 bilhões de reais até o ano de 2026.
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“Tivemos uma reunião
agora com o presidente Lula para discutir com ele o apoio necessário aos
municípios brasileiros sobre a queda de arrecadação”, disse o ministro. “Vamos
fazer o repasse desses recursos para ajudar as prefeituras a continuarem
tocando suas ações.”
Padilha fez um comunicado adicional, informando que o
presidente Lula (PT) optou por aumentar os valores destinados ao Fundo
de Participação dos Municípios. Este fundo envolve transferências de recursos
do governo central para as cidades em três parcelas mensais, sendo constituído
por 22,5% da arrecadação proveniente do Imposto de Renda e do Imposto sobre
Produtos Industrializados.
Segundo relatório da Confederação Nacional dos
Municípios, apenas no mês de agosto, o Fundo de Participação dos Municípios
(FPM) experimentou uma diminuição de 23% em suas receitas.
O montante definido para a indenização totaliza 2,3 bilhões
de reais, abrangendo os meses de julho, agosto e setembro. Esses recursos a
serem transferidos serão incorporados a um projeto de lei complementar
atualmente em análise na Câmara dos Deputados, com o deputado Zeca Dirceu
(PT-PR) como relator. O ministro expressou otimismo de que o texto seja
submetido à votação em plenário ainda nesta semana, sendo então necessário o
respaldo dos senadores.
Estas recentes ações foram reveladas duas semanas após
administrações municipais de pelo menos 16 estados interromperem suas operações
em um ato de protesto contra a diminuição das receitas. O movimento denominado
"Sem FPM não é viável" também levantava críticas em relação à redução
no repasse de emendas parlamentares.
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Sendo a principal fonte de renda para cidades de menor
porte, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) desempenha um papel
crucial no financiamento de despesas essenciais, como a folha de pagamento de
funcionários públicos e as obrigações previdenciárias.
No final de junho, pouco após o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) ter confirmado uma diminuição na
população de diversas municipalidades, o Presidente Lula sancionou uma lei
complementar com o propósito de mitigar os impactos sobre as receitas. Este
texto legal impediu uma redução imediata nos repasses do fundo e estabeleceu um
período de adaptação para as reduções.
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Opinião do Michel
Caro leitor,
É evidente que as ações tomadas pela gestão do
ex-presidente Jair Bolsonaro foram pautadas em interesses políticos e
eleitorais, em detrimento do bem-estar dos estados e municípios. A diminuição
na alíquota do ICMS visava agradar eleitores, mas acabou prejudicando
diretamente as finanças locais. Isso é um exemplo claro de como as decisões
políticas podem afetar negativamente a vida das pessoas.
A iniciativa do presidente Lula em antecipar R$ 10 bilhões
para compensar essas perdas é um passo na direção certa. Essa medida demonstra
um compromisso real com as administrações municipais e estaduais, que dependem
desses recursos para manter serviços essenciais, como o pagamento de
funcionários públicos e a previdência.
Além disso, o aumento nos repasses para o Fundo de
Participação dos Municípios é uma atitude que valoriza o papel dos governos
locais. Essa é uma abordagem mais equitativa e sensata para garantir que as
cidades tenham os recursos necessários para suas operações.
A queda de 23% nas receitas do FPM em agosto é alarmante e
evidencia a necessidade urgente de ações como essas. É hora de priorizar o
bem-estar das comunidades em vez de buscar ganhos políticos de curto prazo.
A decisão do presidente Lula em mitigar os impactos da
redução populacional nas receitas dos municípios é um exemplo de liderança
responsável. Ele demonstra que está focado em encontrar soluções práticas para
os desafios que o país enfrenta. Espero que essas medidas sejam aprovadas e
implementadas com sucesso, para o benefício de todos os brasileiros.
Atenciosamente,
Michel
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