Em seu discurso na Assembleia Geral da ONU
hoje, o presidente Lula destaca a importância de abordar de forma enfática as
crescentes questões sociais e a deterioração do meio ambiente.
Lula e Gordon Brown, em 2009, amizade de longa data- Foto: Wikipédia/ Reprodução
Após um intervalo de 14 anos, o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva retorna, pela oitava vez, ao púlpito da Assembleia Geral das Nações
Unidas hoje. Em seu discurso, ele busca inspirar o mundo a promover reformas
sociais e ambientais, bem como a expansão de seus fóruns internacionais. Embora
tenha participado de outras instâncias internacionais desde sua eleição, o
governo vê a abertura da 78ª Assembleia Geral da ONU como o momento principal
do primeiro ano de seu terceiro mandato para apresentar o progresso do Brasil
e, ao mesmo tempo, exortar a comunidade global a adotar uma postura mais
orientada para a preservação ambiental e a redução das disparidades.
Lula destacará, com otimismo, que desde sua última
participação nesse púlpito em 2009, o cenário global evoluiu, embora os fóruns
multilaterais ainda precisem ampliar a representatividade dos países
emergentes. Naquele ano, o presidente brasileiro já demonstrava preocupação com
as questões ambientais e a preservação dos recursos naturais - uma temática que
ele reiterará, incluindo o agravamento das desigualdades sociais que afetam os
fluxos migratórios. O discurso será marcado pela defesa firme da posição histórica
da diplomacia brasileira, que preconiza a necessidade de reformular a
governança dos organismos multilaterais, como o Conselho de Segurança das
Nações Unidas e a Organização Mundial do Comércio (OMC).
Até o horário limite de ontem às 20h, o presidente Lula
dedicava cuidados finais ao discurso que apresentará no púlpito.
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encontra em Havana, participando de encontro do G77 e se reúne com líder
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Agenda
Junto a esse aguardado discurso, altamente significativo
para o governo brasileiro, visto como uma oportunidade para destacar o
potencial do Brasil na transição para uma economia verde, o presidente Lula
está agendado para participar de cinco importantes reuniões bilaterais hoje e
outras quatro no dia seguinte. Uma dessas reuniões, realizada fora do Hotel
Lotte onde Lula e outros 10 líderes mundiais estão hospedados, será com o
presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Neste encontro, estarão presentes o
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG).
"O encontro com Biden representa uma oportunidade
crucial para impulsionar as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
Em diversos setores, como o agrícola, os exportadores brasileiros estão
buscando ampliar suas cotas, enquanto os americanos almejam acesso ao mercado
nacional de etanol de milho no Nordeste. Embora detalhes como esses não devam
ser abordados diretamente por Lula e Biden, as conversas visam desbloquear o
comércio entre as nações de maneira mais ampla. Este momento se revela oportuno,
especialmente agora que ambos os países estão prestes a lançar uma iniciativa
global para chamar a atenção sobre a importância de combater a precarização das
relações trabalhistas e fortalecer as representações dos trabalhadores.
Destaca-se que é a primeira vez que uma ação dessa magnitude é promovida entre
a maior economia capitalista do mundo e o Brasil, sendo uma iniciativa liderada
por Biden.
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Lula fortalece laços internacionais em reuniões
com líderes mundiais Brow e Berset
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve um encontro
enriquecedor em Nova York ontem com o ex-primeiro-ministro do Reino Unido,
Gordon Brown. Em suas redes sociais, Lula compartilhou a produtiva discussão
sobre a conjuntura global, e elogiou o político escocês como 'um grande amigo e
apoiador do Brasil em âmbito internacional'. 'Foi um grande prazer reencontrar
meu amigo, o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Gordon Brown. Conversamos
sobre os cenários políticos na Europa e América Latina, bem como sobre a
situação mundial. Brown foi e continua sendo um grande amigo e defensor do
Brasil no contexto global', publicou o presidente, que está atualmente
participando da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
Lula teve uma produtiva reunião anteriormente com o
presidente da Confederação Suíça, Alain Berset. De acordo com assessores do
governo brasileiro, a conversa foi extremamente construtiva, durando cerca de
40 minutos, e abordou o acordo comercial entre o Mercosul e a EFTA - uma zona
de livre comércio composta por países europeus não pertencentes à União
Europeia, incluindo a Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.
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No Comando do G20
Outro ponto da conversa foi a presidência do Brasil no G20,
um mandato que abrange de 1º de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024,
despertando o interesse da Suíça em participar ativamente das discussões do
grupo. Berset elogiou a nova postura do Brasil em relação ao meio ambiente e ao
seu papel na luta contra as mudanças climáticas. Os líderes ressaltaram a
recente onda de calor atípica no Brasil e discutiram os eventos climáticos
extremos que afetaram o Rio Grande do Sul e a Líbia.
Berset expressou seu grande apreço pelo Brasil e
compartilhou sua experiência de residir em Olinda, Pernambuco, há oito anos.
Ele expressou seu desejo de visitar o país em um futuro próximo. Por meio das
redes sociais, Lula também comentou sobre seu encontro com o presidente da
Confederação Suíça. 'Conversamos sobre o avanço das relações comerciais entre o
Mercosul e a Suíça, além da cooperação entre nossas nações, especialmente
durante este período em que o Brasil está presidindo o G20. Também fiquei sabendo
que Alain Berset já teve a oportunidade de viver em Olinda', ressaltou Lula.
O enfoque primordial na relação entre o Brasil e a Suíça é
o impulso nas exportações de produtos agrícolas para esse país europeu, bem
como o estabelecimento de parcerias estratégicas em tecnologia, especialmente
nos setores de segurança e defesa.
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Reunião Com Zelensky
Após desentendimentos e trocas de posicionamentos, como
ocorrido na reunião do G7 em Hiroshima, Japão, em maio, em que houve
desencontros e acusações mútuas, o presidente Lula e o líder da Ucrânia,
Zelensky, finalmente terão um encontro amanhã em Nova York, durante a 78ª
Assembleia Geral das Nações Unidas. Este encontro visa principalmente reiterar
a posição brasileira de condenação à invasão russa do território ucraniano,
embora Lula nunca tenha expressado isso de forma direta. Pelo contrário,
indicou ter uma postura clara no conflito, sem criticar a expansão russa.
As negociações para facilitar o encontro entre os dois
líderes vêm ocorrendo desde a semana passada. O Ministro das Relações
Exteriores, Mauro Vieira, e seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, têm
trabalhado na possibilidade de Lula e Zelensky se reunirem durante sua estada
em Nova York, o que será concretizado às 17h pelo horário de Brasília. Celso
Amorim, assessor especial e ex-ministro das Relações Exteriores, afirmou que 'a
oportunidade para esse encontro surgiu agora devido à compatibilidade de agendas.
Foi o presidente Zelensky quem solicitou o encontro'. O presidente ucraniano
chegou aos Estados Unidos ontem.
O encontro tem como foco a discussão sobre a viabilidade de
um acordo de paz que possa pôr fim ao conflito no leste europeu. Fontes
próximas a Lula indicam que ele estará mais receptivo para ouvir e entender as
propostas, proporcionando a Zelensky a oportunidade de apresentar um plano em
10 etapas para a cessação das hostilidades. O presidente brasileiro demonstra
interesse em sugerir que a Ucrânia considere concessões territoriais como um
gesto de 'boa vontade' para encerrar as agressões, embora esta possibilidade
seja atualmente descartada pelo governo ucraniano.
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Opinião do Michel
Caro leitor,
Ao observar a trajetória do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, é evidente o compromisso incessante com questões sociais e ambientais
que marcam o tecido da nossa sociedade global. Seu retorno ao púlpito da
Assembleia Geral da ONU, após 14 anos, é uma oportunidade para inspirar o mundo
a abordar de forma determinada os desafios que enfrentamos.
Lula coloca em destaque a necessidade de preservação e a
implementação eficaz de fóruns multilaterais para encontrar soluções
colaborativas. Desde seu último discurso na ONU em 2009, percebemos uma
evolução no cenário global, e é louvável que ele busque ampliar a
representatividade dos países emergentes em fóruns multilaterais.
Além disso, ao fortalecer laços internacionais em reuniões
com líderes como Gordon Brown e Alain Berset, Lula demonstra uma visão
abrangente que vai além das fronteiras do Brasil. Sua busca por parcerias
estratégicas, tanto no âmbito comercial quanto tecnológico, reflete um
compromisso com o desenvolvimento sustentável e a cooperação global.
O encontro com o presidente ucraniano, Zelensky, representa
uma iniciativa para promover a paz e encerrar conflitos, destacando o papel
fundamental do diálogo na resolução de disputas. Lula se mostra aberto a ouvir
e entender propostas, indicando sua postura conciliatória e a busca por
soluções colaborativas.
A presidência do Brasil no G20 e o interesse da Suíça em
participar ativamente das discussões são oportunidades para impulsionar
políticas voltadas para a preservação ambiental e a mitigação das mudanças
climáticas. Lula busca fomentar relações comerciais com os Estados Unidos,
almejando uma cooperação produtiva e consciente das necessidades globais.
Em suma, Lula personifica um líder visionário e engajado, cujo retorno à arena internacional é um marco significativo. Sua determinação em abordar questões sociais e ambientais, bem como fortalecer parcerias estratégicas, promove um caminho positivo para o Brasil e contribui para um mundo mais equitativo e sustentável. É um lembrete de que, juntos, podemos moldar um futuro melhor para todos.
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