Efemérides de 20 de setembro: A Intersecção Histórica de um Dia Marcante

A Batalha de Valmy foi travada em 20 de setembro de 1792, durante as guerras da Revolução Francesa. Foi travada no início das guerras da Primeira Coligação.

A batalha de Valmy
A batalha de Valmy- Foto: Wikipédia/ Reprodução

Alexandre, o Grande

Alexandre III da Macedônia (português brasileiro) ou Macedónia (português europeu) (20/21 de julho de 356 a.C. – 10 de junho de 323 a.C.), comumente conhecido como Alexandre, o Grande ou Alexandre Magno (em grego clássico: Ἀλέξανδρος ὁ Μέγας; romaniz.: Aléxandros ho Mégas), foi rei (basileu) do reino grego antigo da Macedônia e um membro da dinastia argéada.

Nascido em Pela em 356 a.C., o jovem príncipe sucedeu a seu pai, o rei Filipe II, no trono com vinte anos de idade. Ele passou a maior parte de seus anos no poder em uma série de campanhas militares sem precedentes através da Ásia e nordeste da África. Até os trinta anos havia criado um dos maiores impérios do mundo antigo, que se estendia da Grécia para o Egito e ao noroeste da Índia. Morreu invicto em batalhas e é considerado um dos comandantes militares mais bem-sucedidos da história.

Durante sua juventude, Alexandre foi orientado pelo filósofo Aristóteles até aos 16 anos. Depois que Filipe foi assassinado em 336 a.C., Alexandre sucedeu a seu pai no trono e herdou um reino forte e um exército experiente. Havia sido premiado com o generalato da Grécia e usou essa autoridade para lançar o projeto pan-helênico de seu pai liderando os gregos na conquista da Pérsia. Em 334 a.C., invadiu o Império Aquemênida, governando a Ásia Menor, e começou uma série de campanhas que durou dez anos.

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Quebrou o poder da Pérsia em uma série de batalhas decisivas, mais notavelmente as batalhas de Isso e Gaugamela. Em seguida, derrubou o rei persa Dario III e conquistou a Pérsia em sua totalidade. Nesse ponto, seu império se estendia do mar Adriático ao rio Indo. Buscando alcançar os "confins do mundo e do Grande Mar Exterior", invadiu a Índia em 326 a.C., mas foi forçado a voltar pela demanda de suas tropas.

Alexandre morreu na Babilônia em 323 a.C., a cidade que planejava estabelecer como sua capital, sem executar uma série de campanhas planejadas que teria começado com uma invasão da Arábia. Nos anos seguintes à sua morte, uma série de guerras civis rasgou seu império em pedaços, resultando em vários estados governados pelos diádocos, sobreviventes e herdeiros generais de Alexandre. Seu legado inclui a difusão cultural que suas conquistas geraram, como o greco-budismo. Fundou cerca de vinte cidades que levavam o seu nome, principalmente Alexandria, no Egito.

Alexandre, o grande

Seus assentamentos de colonos gregos e a propagação resultante da cultura grega no leste resultou em uma nova civilização helenística, aspectos que ainda eram evidentes nas tradições do Império Bizantino em meados do século XV e a presença de oradores gregos na região central e noroeste da Anatólia até à década de 1920.

Alexandre tornou-se lendário como um herói clássico no molde de Aquiles, aparecendo com destaque na história e mito grego e culturas não gregas. Tornou-se a medida contra a qual os líderes militares se compararam, e academias militares em todo o mundo ainda ensinam suas táticas. É muitas vezes classificado entre as pessoas mais influentes do mundo em todos os tempos, junto com seu professor Aristóteles.

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Vaticano

Vaticano ou Cidade do Vaticano, oficialmente Estado da Cidade do Vaticano (em italiano: Stato della Città del Vaticano [tʃitˈta del vatiˈkaːno]; em latim: Civitas Vaticana), é a sede da Igreja Católica e uma cidade-Estado soberana sem costa marítima, cujo território consiste de um enclave murado dentro da cidade de Roma, capital da Itália.

Com aproximadamente 44 hectares (0,44 km²) e com uma população estimada de 1 000 habitantes, é a menor entidade territorial do mundo administrada por um Estado. A Cidade do Vaticano é uma cidade-Estado que existe desde 1929. É distinta da Santa Sé, que remonta ao cristianismo primitivo sendo a principal sé episcopal de 1,5 bilhão de católicos romanos (latinos e orientais) de todo o mundo.

Ordenanças da Cidade do Vaticano são publicadas em italiano; documentos oficiais da Santa Sé são emitidos principalmente em latim. As duas entidades ainda têm passaportes distintos: a Santa Sé, como não é um país, apenas trata de questões de passaportes diplomáticos e de serviço; o Estado da Cidade do Vaticano cuida dos passaportes comuns.

Vaticano

Em ambos os casos, os passaportes emitidos são muito poucos. O Tratado de Latrão, de 1929, que criou a cidade-Estado do Vaticano, descreve-a como uma nova criação (preâmbulo e no artigo III) e não como um vestígio dos muito maiores Estados Pontifícios (756–1870), que anteriormente abrangiam a região central da Itália. A maior parte desse território foi absorvida pelo Reino de Itália em 1860 e a porção final, ou seja, a cidade de Roma, com uma pequena área perto dela, dez anos depois, em 1870.

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Os papas residem na área, que em 1929 tornou-se a Cidade do Vaticano, desde o retorno de Avinhão em 1377. Anteriormente, residiam no Palácio de Latrão na colina Célio no lado oposto de Roma, local que Constantino deu ao Papa Milcíades em 313. A assinatura dos acordos que estabeleceram o novo Estado teve lugar neste último edifício, dando origem ao nome Tratado de Latrão, pelo qual é conhecido.

A Cidade do Vaticano é um Estado eclesiástico ou teocrático-monárquico, governado pelo bispo de Roma, o Papa. A maior parte dos funcionários públicos são todos os clérigos católicos de diferentes origens raciais, étnicas e nacionais. É o território soberano da Santa Sé (Sancta Sedes) e o local de residência do Papa, referido como o Palácio Apostólico.

Saladino

Saladino

Nácer Saladim/Saladino Iúçufe ibne Aiube (em árabe: صلاح الدين يوسف بن أيوب; romaniz.: Ṣalāḥ ad-Dīn Yūsuf ibn Ayyūb; em curdo: سهلاحهدین ئهیوبی; romaniz.: Selah'edînê Eyubî; c. 1138 – 4 de março de 1193), mais conhecido como Saladino (em latim: Saladinus), foi um chefe militar curdo muçulmano que se tornou sultão do Egito e da Síria e liderou a oposição islâmica aos cruzados europeus no Levante.

No auge de seu poder, seu domínio se estendia pelo Egito, Palestina, Síria, Iraque, Iêmem e pelo Hejaz. Foi responsável por reconquistar Jerusalém das mãos do Reino de Jerusalém, após sua vitória na Batalha de Hatim e, como tal, tornou-se uma figura emblemática na cultura curda, árabe, persa, turca e islâmica em geral.

Saladino, adepto do islamismo sunita, tornou-se célebre entre os cronistas cristãos da época por sua conduta cavalheiresca, especialmente nos relatos sobre o sítio de Queraque em Moabe, e apesar de ser a nêmesis dos cruzados, conquistou o respeito de muitos deles, incluindo Ricardo Coração de Leão. Longe de se tornar uma figura odiada na Europa, tornou-se um exemplo célebre dos princípios da cavalaria medieval.

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Revoltas Prussianas

As revoltas prussianas foram duas revoltas maiores e três menores dos Antigos prussianos, uma das tribos bálticas, contra os Cavaleiros Teutônicos que ocorreram no século XIII durante a Cruzada Prussiana. A ordem militar cruzada, apoiada pelos Papas e pela Europa cristã, procurou conquistar e converter os prussianos pagãos. Nos primeiros dez anos da cruzada, cinco dos sete principais clãs prussianos caíram sob o controle dos menos numerosos Cavaleiros Teutônicos. No entanto, os prussianos levantaram-se contra os seus conquistadores em cinco ocasiões.

A primeira revolta foi apoiada pelo Duque Swietopelk II, Duque da Pomerânia. Os prussianos tiveram sucesso no início, reduzindo os Cavaleiros a apenas cinco dos seus castelos mais fortes. O duque sofreu então uma série de derrotas militares e acabou sendo forçado a fazer a paz com os Cavaleiros Teutônicos. Com o apoio do duque Swietopelk aos prussianos quebrado, um prelado do Papa Inocêncio IV negociou um tratado de paz entre os prussianos e os cavaleiros.

Este tratado nunca foi honrado ou aplicado, especialmente após a vitória prussiana na Batalha de Krücken no final de 1249. A segunda revolta, conhecida na historiografia como "a grande revolta prussiana", foi motivada pela Batalha de Durbe em 1260, a maior derrota sofrida pelos Cavaleiros Teutônicos no século XIII. Esta revolta foi a mais longa, maior e mais ameaçadora para a Ordem Teutônica, que novamente foi reduzida a cinco de seus castelos mais fortes. Os reforços para os Cavaleiros demoraram a chegar, apesar dos repetidos incentivos do Papa Urbano IV, e a posição da Ordem parecia destinada a piorar. Felizmente para a Ordem, os prussianos não tinham unidade e uma estratégia comum e reforços finalmente chegaram à Prússia por volta de 1265.

Um por um, os clãs prussianos se renderam e a revolta terminou em 1274. As últimas três revoltas menores dependeram da ajuda estrangeira e foram reprimidas em um ou dois anos. A última revolta em 1295 encerrou efetivamente a Cruzada Prussiana, e a Prússia tornou-se um território cristão de língua alemã, que assimilou os prussianos nativos e uma série de colonos de diferentes estados alemães.

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Papa João XXl

Papa João 21

João XXI, nascido Pedro Julião Rebolo e mais conhecido como Pedro Hispano, (Lisboa, 1215 – Viterbo, 20 de maio de 1277) foi Papa desde 20 de setembro de 1276 até a data da sua morte, tendo sido também um famoso médico, filósofo, teólogo, professor e matemático português do século XIII. Adoptou sucessivamente os nomes de Pedro Julião como nome de baptismo, Pedro Hispano como académico e João XXI como pontífice. Alguns autores indicam como data de nascimento o ano de 1205, outros que foi antes de 1210, possivelmente em 1205 ou 1207 e outros ainda entre 1210 e 1220.

Antipapa Clemente Vll

Clemente VII (1342 - 16 de Setembro 1394), nascido Roberto de Genebra, foi um antipapa sediado em Avinhão, o primeiro do Grande Cisma do Ocidente. Clemente VII era filho de Amadeu III, Conde de Genebra, e foi destinado à vida eclesiástica desde jovem. Em 1361 foi nomeado Bispo de Thérouanne e em 1368 Arcebispo de Cambrai, tendo sido feito cardeal em 1371. Durante a sua carreira inicial na Igreja, Clemente VII foi legado dos papas de Avinhão. Em 1377, o Papa Gregório XI decidiu, por intervenção de Santa Catarina de Siena, deslocar a sede do papado de novo para Roma. No ano seguinte o papa morreu e foi substituído por Urbano VI. Esta escolha foi influenciada pela população de Roma, que queria assegurar com a eleição de um italiano a permanência do papado na cidade. A maioria dos cardeais de origem francesa discordava desta escolha e detestava o novo papa pela sua personalidade conflituosa. Como resposta, quatro meses após a eleição de Urbano VI, os cardeais franceses reuniram-se em Anagni e realizaram novo conclave. Desta reunião saiu a proclamação de Roberto de Genebra como Papa, sob o nome de Clemente VII. Para concretizar o cisma, Clemente VII excomungou e foi excomungado por Urbano VI e fixou residência em Avinhão. Ao contrário do seu opositor, Clemente VII era um diplomata experiente em manobras políticas e soube alcançar apoios para a sua causa. Se mostrou particularmente ardiloso quando se valeu da crença do Santo Sudário para incentivar a fé católica e, ao mesmo tempo, gerar recursos para sua Igreja. Contrariando outras vozes da Igreja, declarou-a como autentica, relíquia sagrada, e ofereceu indulgências a quem peregrinasse para a ver. O cisma da Igreja Católica estava longe de ser resolvido quando Clemente VII morreu em 1394. Foi sucedido pelo antipapa Benedito XIII.

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Fernão de Magalhães


Fernão de Magalhães

Fernão de Magalhães (Norte de Portugal, c. 1480 – Mactan, 27 de abril de 1521) foi um navegador português que se notabilizou por ter liderado a primeira viagem de circum-navegação ao globo, de 1519 até 1522, ao serviço da Coroa de Castela, a Expedição de Magalhães. Nascido numa família nobre, viajou para as Índias Ocidentais em 1505, participando de várias expedições militares. Embarcou, em 1512, na armada de António de Abreu em busca da descoberta das Molucas, também conhecidas como as Ilhas das Especiarias.

Mas só um navio, comandado por Francisco Serrão, tresmalhado, chegaria às Molucas do norte (Ternate, Tidore, etc.), produtoras do desejado cravo. Os demais navios regressariam a Malaca após irem apenas às Molucas do sul ou arquipélago de Banda (Buru, Ambom, Seram) produtoras de noz-moscada e maçã. Consequentemente, Magalhães não teve conhecimento direto das Molucas do cravo, as mais importantes economicamente à época.

A expedição de Fernão de Magalhães e Elcano fazia parte do contexto das viagens de descobrimento, representadas por personalidades como Cristóvão Colombo, Bartolomeu Dias, Américo Vespúcio, Balboa, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, dentre outros. Esse processo de expansão marítima foi impulsionado pelo desejo de se descobrir rotas que levassem às índias em busca das especiarias. A serviço do rei de Castela, Carlos I, V imperador do Sacro Império Romano-Germânico (também rei de Aragão e Itália entre outros títulos), Magalhães planeou e comandou a expedição marítima que efetuou a primeira viagem de circum-navegação ao globo.

Foi o primeiro a alcançar a Terra do Fogo no extremo sul do continente americano, a atravessar o Estreito que hoje leva seu nome e a cruzar o Oceano Pacífico, que nomeou. Fernão de Magalhães foi morto em batalha em Cebu, nas Filipinas durante a expedição, posteriormente chefiada por Duarte Barbosa, João Serrão, João Carvalho, Gonzalo Gómez de Espinosa e, finalmente, Juan Sebastián Elcano até ao regresso em 1522.

O pinguim-de-magalhães recebeu o seu nome como homenagem, já que Magalhães foi o primeiro Europeu a ter visto um. As aptidões de navegação de Fernão também foram reconhecidas na nomeação de objetos associados à astronomia, incluindo as Nuvens de Magalhães, as crateras lunares de Magalhães, e as crateras marcianas de Magalhães a sonda espacial da NASA Magellan (de Ferdinand Magellan, versão inglesa do nome) e a Carruagem Presidencial dos Estados Unidos da América Ferdinand Magellan, em serviço desde o Presidente Franklin Delano Roosevelt em 1933 até ao Presidente Ronald Wilson Reagan em 1984. No entanto, as repercussões da viagem de Magalhães e Elcano na época foram bastante reduzidas.

A principal foi o início da disputa entre Espanha e Portugal pela posse das Ilhas Molucas. Durante anos os dois impérios reclamaram para si o domínio das ilhas em busca do controle da fonte de especiarias. Carlos I, o rei da Espanha, organizou várias expedições rumo às Molucas com o objetivo de estabelecer um posto avançado no arquipélago, mas todas resultaram em fracassos com altas taxas de mortes e grandes custos para a coroa espanhola.

Juan Sebastian Elcano foi uma das fatalidades nessas viagens, falecendo de escorbuto no Oceano Pacífico em 1526. Sete anos depois da viagem de Magalhães, Carlos I, afundado em dívidas, após três expedições fracassadas, foi forçado a desistir e ceder a posse das ilhas aos portugueses. Tentar repetir o trajeto de Magalhães mostrou-se tão complexo que somente reforçou o tamanho do feito que o explorador português realizou.

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