Ex-negociador do Brexit, Barnier assume o cargo em meio a críticas da esquerda e expectativa de políticas mais conservadoras.
Michel Barnier, 73, é membro do Partido Republicano, o principal partido conservador da França.Firas Abdullah/Sipa EUA, via Associated Press |
Brasília, 5 de setembro de 2024 — O presidente francês Emmanuel Macron nomeou o conservador Michel Barnier, de 73 anos, como novo Primeiro-Ministro da França. A decisão, que ocorre após sete semanas de espera, marca uma transição significativa no governo, com expectativas de mudanças políticas à direita.
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Na tarde de hoje, o presidente Emmanuel Macron anunciou a nomeação do veterano político Michel Barnier como novo Primeiro-Ministro da França. Barnier, de 73 anos, já foi ministro em quatro ocasiões, incluindo sob o governo de Nicolas Sarkozy, e se destacou por chefiar as negociações do Brexit pela União Europeia. A cerimônia de posse ocorreu no Hôtel de Matignon, residência oficial do Primeiro-Ministro, e contou com a presença de diversas autoridades políticas.
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A transição de Gabriel Attal, o premiê mais jovem da história da Quinta República Francesa, para Barnier, o mais velho a ocupar o cargo, é notável. Barnier representa o partido Republicanos, um partido conservador, e sua nomeação reflete a tentativa de Macron de construir uma aliança estável com a direita, após perder força política no Parlamento Europeu.
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A nomeação, no entanto, não foi bem recebida pela esquerda. Embora tenha a maior representação na Assembleia Nacional, com 182 deputados, a esquerda esperava que o novo premiê fosse indicado de suas fileiras. Barnier, por outro lado, traz consigo um histórico controverso, como sua oposição à discriminalização da sexualidade entre jovens em 1981 e suas posições restritivas sobre imigração, o que gerou críticas da comunidade LGBTQIA+ e de partidos de esquerda.
A A nova liderança enfrenta grandes desafios, principalmente na formação de um governo de coalizão que evite uma moção de censura, já anunciada pela oposição de esquerda. Com a Assembleia Nacional dividida entre esquerda, centro e extrema-direita, Michel Barnier precisará negociar cuidadosamente para garantir a estabilidade de seu governo. A extrema-direita, liderada por Marine Le Pen, pode ter papel decisivo nas próximas votações parlamentares, caso a moção avance.Nos próximos dias, o novo Primeiro-Ministro deve anunciar as primeiras medidas de seu governo, com foco em segurança e combate à imigração, temas centrais para seu partido e a extrema-direita. Resta saber se Barnier conseguirá unir uma Assembleia tão fragmentada e evitar novos confrontos políticos que possam ameaçar sua posição. A nomeação de Barnier sinaliza uma mudança na política francesa, com a expectativa de um governo mais inclinado à direita. Entretanto, as tensões no Parlamento e a oposição veemente da esquerda apontam para um período de instabilidade e possíveis confrontos políticos nos próximos meses.
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