Claramente, os investigadores veem Bolsonaro envolvido; A equipe de defesa de Cid expressa preocupação com a influência de um grupo extenso de apoiadores do ex-presidente.
Os termos do acordo de delação ainda precisam ser homologados pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) -Foto: Terra/ Reprodução |
Política- Mauro Cid,
ex-assistente pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), supostamente
apresentou três tópicos à Polícia Federal em sua proposta de acordo de delação
premiada, como relatado pelo blog: joias da Arábia Saudita, registro de
vacinação e planejamento de um golpe de Estado.
Os investigadores aceitaram os tópicos propostos, e há uma
evidente associação de Jair Bolsonaro a certos incidentes mencionados na
minuciosa proposta de delação de Cid, apesar das repetidas declarações públicas
de Cezar Bittencourt, o advogado que representa o ex-assistente pessoal,
afirmando que Cid não acusa ninguém diretamente.
De acordo com informações obtidas pelo blog, membros do
Ministério Público Federal (MPF) expressaram oposição à proposta de
delação de Cid. Entretanto, a Polícia Federal mantém a capacidade de firmar
acordos, como determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2018.
Conforme destacado por fontes ligadas à investigação e que
monitoram o processo de delação, é ressaltado que "Cid não possuía
autoridade para tomar decisões", apesar da impressão dada por Jair
Bolsonaro em suas declarações em 18 de agosto.
CONTINUA APÓS A
PUBLICIDADE
Relacionadas
- Lula propõe
introdução do voto anônimo no STF em resposta às objeções da esquerda a
Zanin
- Medidas de
Segurança Aumentadas em Brasília para o Desfile de 7 de Setembro devido à
Tensão Política
- Ministério da
Justiça Recebe Imagens do Aeroporto de Roma no Caso Alexandre de Moraes
- Extremismo
ainda em Ascensão: O Comportamento dos Apoiadores de Bolsonaro em Foco.
PUBLICIDADE
A situação criminal envolvendo o pai de Cid, o general
Lourena Cid, assim como a esposa do ex-assistente pessoal, Gabriela Cid,
juntamente com a declaração de Bolsonaro, abalou profundamente a estabilidade
da família Cid.
Durante uma entrevista, Bittencourt fez referência a
Sinhozinho Malta para insinuar que Bolsonaro estava diretamente envolvido na
decisão de vender o relógio Rolex.
"Ele simplesmente disse: 'resolva esse assunto [a
venda do relógio]'. Você se lembra do Sinhozinho Malta? Bem, ele disse para
'resolver'. Não estou afirmando nada, apenas disse para 'resolver'. Quem
entenderá, entenderá...", comentou Bittencourt.
Existe uma inquietação em relação à insistência da defesa
em apresentar essa versão publicamente: o receio do que a família Cid se refere
como "um grupo influente do outro lado", ou seja, os seguidores de
Bolsonaro. Esse termo já tinha sido mencionado por Bittencourt em uma
entrevista, onde ele expressou preocupação com a segurança de Cid e seus entes
queridos.
O foco atual é proteger a família de possíveis ameaças e
pressões, conforme relatado por apoiadores de Cid que foram ouvidos pelo blog.
PUBLICIDADE
Cid está programado para ser convocado a prestar novos
depoimentos a partir da próxima semana. A expectativa da sua família é que ele
seja autorizado a cumprir prisão domiciliar, mesmo que seja com o uso de uma
tornozeleira eletrônica, embora ele mesmo não queira usá-la.
Com base nos depoimentos de Cid, serão conduzidas novas
investigações, incluindo prisões e buscas. Isso está gerando apreensão entre os
apoiadores de Bolsonaro, que afirmam estar no desconhecido em relação às
informações da delação premiada aceitas pela Polícia Federal.
O blog tentou entrar em contato com a equipe de defesa de
Mauro Cid, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
Cid faz visita ao STF para validar delação
premiada.
O ex-assistente pessoal de Jair Bolsonaro (PL) e seu
advogado se encontraram com o juiz do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
Agora, o ministro irá avaliar se aprova ou não a delação.
Mauro Cid, ex-assistente pessoal de Jair Bolsonaro (PL),
compareceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde de quarta-feira (6)
para formalizar sua decisão de prosseguir com a delação premiada, agindo de
forma voluntária e espontânea.
O juiz Marco Antônio conduziu uma audiência com Mauro Cid e
seu advogado para confirmar a decisão voluntária do ex-assistente pessoal de
Jair Bolsonaro (PL) de colaborar com a Polícia Federal (PF).
Agora, cabe ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, decidir se valida ou não a
delação.
PUBLICIDADE
Segundo informações do blog Conhecimento À Michel, a PF
concordou em estabelecer um acordo de delação premiada com Mauro Cid.
De acordo com informações obtidas pelo blog, Cid prestou
depoimentos à PF nas últimas três semanas. O Ministério Público Federal (MPF)
ainda precisa ser consultado sobre as condições para concluir o acordo.
Segundo os investigadores, o ex-assistente pessoal é
suspeito de:
- Participar de uma suposta tentativa de importar
ilegalmente joias recebidas pelo governo Bolsonaro como presentes da Arábia
Saudita.
- Tentar vender de forma irregular presentes concedidos ao
governo Bolsonaro por delegações estrangeiras durante viagens oficiais.
- Envolver-se em uma alegada fraude relacionada às
carteiras de vacinação de Bolsonaro e da filha de 12 anos do ex-presidente.
- Participar de negociações relacionadas a uma possível
invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker
Walter Delgatti Neto, com o objetivo de prejudicar a credibilidade do sistema
judiciário brasileiro.
- Envolver-se em discussões sobre uma possível conspiração
para um golpe de estado.
O CAM buscou entrar em contato com a defesa de Mauro Cid,
mas, novamente, não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
PUBLICIDADE
Opinião do Michel
Caro leitor,
As recentes revelações e desenvolvimentos relacionados à
delação de Mauro Cid têm causado um alvoroço significativo na esfera política e
jurídica do Brasil. Este é um momento em que todos nós, cidadãos atentos,
devemos refletir sobre os eventos em curso e sua importância para a nossa
nação.
Primeiramente, a decisão de Mauro Cid de apresentar à
Polícia Federal três tópicos cruciais - joias da Arábia Saudita, registro de
vacinação de Bolsonaro e um possível plano de ação - demonstra a gravidade dos
assuntos que ele está disposto a discutir. Isso, por si só, merece uma profunda
reflexão sobre os eventos ocorridos durante o seu período como assistente de
Jair Bolsonaro.
A associação que os investigadores fazem entre Cid e Jair
Bolsonaro em relação a esses incidentes é notável. É importante destacar que,
embora a equipe de defesa de Cid insista que ele não acusa diretamente ninguém,
as implicações dessas revelações são significativas e merecem investigação
rigorosa.
A oposição do Ministério Público Federal à proposta de
delação de Cid é um ponto de contenda crucial. Isso destaca a complexidade e a
divisão que essa questão gera entre os setores jurídicos e políticos do país.
No entanto, é fundamental lembrar que a Polícia Federal possui a autoridade
para firmar acordos, conforme estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal em
2018.
A menção de Sinhozinho Malta durante uma entrevista, como
fez o advogado de Cid, é um exemplo intrigante de como as entrelinhas e as
insinuações podem desempenhar um papel importante na compreensão dos eventos em
questão. Essa referência nos lembra que, muitas vezes, a verdade está oculta em
palavras cuidadosamente escolhidas.
A preocupação da defesa de Cid com a segurança da sua
família é um aspecto delicado dessa narrativa. Ela nos lembra que as
repercussões de eventos como esse vão além das questões políticas e jurídicas e
afetam profundamente as vidas das pessoas envolvidas.
Por fim, a decisão de Mauro Cid de cooperar com as
autoridades e a possível homologação de sua delação pelo STF sinalizam o início
de uma nova fase nesse enredo em constante evolução. A partir de agora, cabe a
todos nós, como cidadãos, acompanhar atentamente os desdobramentos e refletir
sobre o que isso significa para a nossa sociedade e o nosso país.
Este é um momento de responsabilidade cívica, de manter
nossos olhos abertos e garantir que a justiça prevaleça. A verdade deve ser
descoberta, e as instituições responsáveis pela nossa democracia devem
funcionar de maneira imparcial e transparente. O Brasil merece isso, e nós,
como cidadãos, devemos garantir que isso aconteça.
Atenciosamente,
Michel
0 Comentários