O presidente da Câmara pressiona o Executivo para assegurar os pagamentos de emendas, enquanto o chefe da Casa Civil tenta diminuir a importância do discurso.
Política- Ontem, durante o
discurso de abertura do ano legislativo, o presidente da Câmara, Arthur Lira
(PP-AL), enviou uma mensagem clara ao governo do presidente Lula. Diante do
descontentamento de alguns parlamentares sobre o pagamento de emendas do
orçamento, Lira destacou que o Congresso valoriza os acordos políticos e exigiu
comprometimento do governo com suas promessas. Ele enfatizou a importância de
respeitar os acordos estabelecidos e destacou que o orçamento da União pertence
a todos os brasileiros, não apenas ao Executivo. Lira criticou a chamada
burocracia técnica e argumentou que deputados e senadores estão mais
familiarizados com as necessidades de cada município para determinar a
distribuição de recursos.
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Lira
confrontou o governo pela quebra de acordos estabelecidos em 2023, os quais ele
alega estarem sendo desrespeitados. "Não faltamos com o governo e
esperamos ser tratados com respeito e comprometimento", afirmou Arthur
Lira. O presidente da Câmara tem intensificado o embate com o Executivo. Como
forma de expressar sua insatisfação, Lira não compareceu à posse do novo
ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, na semana passada, nem à sessão de
abertura do ano judiciário. Além disso, ele não esteve presente no evento
Democracia na Balada, promovido pelo Planalto para marcar um ano dos eventos
considerados golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Uma
das principais fontes de descontentamento no Congresso é o veto do presidente
Lula a R$ 5,6 bilhões em emendas no orçamento de 2024. Em sua mensagem para a
reabertura do ano legislativo, o presidente destacou a meta de alcançar um
déficit fiscal zero em 2024 e incentivou os parlamentares a direcionarem suas
emendas para o novo programa de aceleração do crescimento (PAC). O presidente
não compareceu à cerimônia e designou o ministro-chefe da Casa Civil, Rui
Costa, para entregar a mensagem do Executivo à liderança do Congresso.
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Os parlamentares estão pressionando pela revogação do veto
às emendas, ao mesmo tempo em que buscam estabelecer um cronograma de
pagamentos no primeiro semestre antes das eleições. Além disso, há um movimento
para devolver a medida provisória de reoneração que entra em conflito com uma
lei aprovada no ano anterior. Durante seu discurso, o ministro da Casa Civil,
Rui Costa, minimizou as mensagens transmitidas pelo presidente da Câmara. Ele
observou uma sincronia e semelhança entre as prioridades delineadas pelos
presidentes das casas legislativas e o governo, referindo-se aos comentários de
Lira e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre a
regulamentação da agenda fiscal e as medidas para impulsionar a atividade
econômica.
Arthur Lira declarou que os trabalhos da Casa não serão
interrompidos devido às eleições municipais. Ele enfatizou que seria um grande
erro subestimar a capacidade de ação desta Câmara. O discurso do presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL), durante a sessão de abertura dos trabalhos
legislativos, evidenciou a crise política entre o Centrão e o Palácio do
Planalto. Mesmo que tivesse dito apenas metade do que disse, Lira deixaria
claro seu desejo de adotar uma postura firme em relação ao ministro da Secretaria
de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação
política do governo. O presidente Lula não ficou satisfeito com o que foi demonstrado.
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Durante toda a sessão solene realizada no plenário da
Câmara ontem, Lira sequer dirigiu olhares a Padilha, embora estivessem sentados
bem próximos, com apenas uma cadeira de distância entre eles. Antes de fazer
declarações que enviaram diversos recados ao Planalto e colocaram pressão no
governo, Lira só conversava com Rui Costa, que estava entre os dois. Padilha
era completamente ignorado. "Não fomos eleitos apenas para aprovar tudo
que nos é enviado", afirmou o presidente da Câmara, representante do
Centrão. Em relação aos aplausos no plenário, ele enfatizou que o orçamento
pertence a todos os brasileiros e não pode ser exclusivamente determinado pelo
poder executivo. O presidente da Câmara demonstrou forte interesse nas emendas
em um período eleitoral.
Enquanto Lira falava com veemência, Padilha aplaudia,
sorria para os deputados do PT e fazia gestos de aprovação com os polegares
para cima. Ao deixar o plenário, ele abraçou colegas. Antes do discurso de
Lira, Padilha tentou acalmar a crise. "Não é o Ministério das Relações
Interpessoais, é o Ministério das Relações Institucionais", afirmou ele ao
negar qualquer ruptura com Lira. "Este governo não busca conflito, nem se
envolve em disputas." No entanto, na prática, Padilha e Lira não estão
mais se comunicando. Lira atribui toda sua insatisfação com o governo ao
articulador político do Planalto, que está em seu alvo. No entanto, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vai se dobrar a qualquer tentativa de
manipulação por parte do presidente do Congresso.
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