Minas Gerais lidera os resgates, enquanto indenizações somam quase R$ 2 milhões
Trabalho análogo à escravidão.
Jornal/De Olho nos Ruralistas
Brasília, 29 de agosto de 2024 — Em uma ação conjunta do Ministério Público do Trabalho, governo federal e Polícia Federal, 593 trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão entre julho e agosto deste ano. O número representa um aumento de 11% em comparação com o mesmo período do ano passado.
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Minas Gerais foi o estado com o maior número de resgates, totalizando 242 pessoas, seguido por São Paulo, com 143 casos, e Pernambuco, com 91. Os flagrantes ocorreram principalmente em cultivos agrícolas como cebola, café e alho, e também em áreas urbanas, incluindo construção civil, clínicas de recuperação de dependentes químicos, restaurantes e condomínios.
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Um dos casos mais chocantes foi o resgate de uma mulher de 94 anos no Mato Grosso, que trabalhou por 64 anos sem remuneração para uma família. Ela é a pessoa mais velha resgatada nessa situação no Brasil. Outro caso envolveu uma mulher de 52 anos em São Paulo, que trabalhou por 41 anos como doméstica em condições análogas à escravidão.
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O No Mato Grosso do Sul, 13 paraguaios foram encontrados confeccionando cercas em condições degradantes, enquanto em Pernambuco, 18 pessoas foram resgatadas de uma clínica de recuperação para dependentes químicos, onde havia 63 internos sem registro de emprego formal. Em Minas Gerais, uma operação resultou na indenização de 59 colhedores de alho, que receberam juntos R$ 375 mil em direitos trabalhistas.
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