Movimentos Sociais Celebram a Escolha de Macaé Evaristo para o Ministério dos Direitos Humanos

Nome de Macaé Evaristo é amplamente aceito por movimentos sociais e lideranças petistas após a demissão de Silvio Almeida devido a acusações de assédio sexual.

Ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo e o Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.Crédito...Estado de Minas/Site

Brasília, 9 de setembro de 2024 — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu a deputada estadual Macaé Evaristo (PT-MG) para assumir o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), substituindo Silvio Almeida, demitido após denúncias de assédio sexual. A decisão foi bem recebida por movimentos sociais, especialmente por representar uma antiga demanda por maior presença de mulheres negras em cargos de alto escalão no governo.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou, nesta segunda-feira, a nomeação da deputada estadual Macaé Evaristo (PT-MG) como a nova ministra dos Direitos Humanos e Cidadania. A decisão veio após a saída de Silvio Almeida, que enfrentou graves acusações de assédio sexual reveladas pelo portal Metrópoles.

Macaé Evaristo, professora e primeira mulher negra a ocupar a Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte, foi eleita deputada estadual por Minas Gerais em 2022. Sua trajetória na educação e nos movimentos sociais dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) fez dela uma escolha respeitada e bem aceita. Movimentos sociais e lideranças petistas veem sua nomeação como um passo significativo para ampliar a representatividade feminina e negra no governo.

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Desde o início do atual governo Lula, havia uma pressão contínua dos movimentos sociais para que uma mulher negra fosse indicada para postos de destaque, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Embora essas demandas ainda não tenham sido atendidas, a nomeação de Macaé para o Ministério dos Direitos Humanos é vista como um avanço simbólico, dado o histórico da pasta e sua importância para a base progressista do governo.

Entre os entusiastas da nomeação estão Rogério Sotili, diretor do Instituto Vladimir Herzog, Marco Aurélio Carvalho, do Grupo Prerrogativas, e membros da Coalizão Negra por Direitos, que veem em Macaé uma liderança capaz de fortalecer o diálogo entre o governo e os movimentos sociais. Além disso, dentro do próprio PT, a indicação de Macaé foi recebida de maneira positiva, sendo vista como uma escolha que equilibra as forças internas do partido, particularmente as ligadas à corrente majoritária "Construindo Um Novo Brasil", da qual fazem parte Gleisi Hoffmann e Gleide Andrade.

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Embora Macaé não tenha uma ligação direta com a militância em direitos humanos, sua atuação na educação e seu envolvimento com os movimentos sociais tornam sua escolha amplamente respeitada. A nomeação marca um raro momento de consenso entre diferentes alas da esquerda e do próprio PT.

Com a substituição de Silvio Almeida, que era visto com grande respeito, mas não tinha vínculos formais com o PT, Macaé assume um ministério que conecta o presidente com as bases históricas do partido e dos movimentos sociais. Sua missão à frente da pasta será complexa, mas há um otimismo generalizado quanto à sua capacidade de liderar com competência e compromisso com as causas de direitos humanos.

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A nomeação de Macaé Evaristo reflete um momento de conciliação entre as demandas históricas dos movimentos sociais e as articulações políticas internas do PT. Sua presença no Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania sinaliza o fortalecimento da representatividade negra e feminina no governo Lula, além de dar continuidade a uma trajetória de luta por igualdade e justiça social.

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