Lula Anuncia Medidas Emergenciais Contra a Seca no Amazonas e Incêndios Florestais

Presidente e ministros discutem soluções para crise hídrica e combate aos incêndios em regiões afetadas pela seca, que já atinge mais de 340 mil pessoas.

As queimadas se intensificam no Brasil é contribuem para piora da qualidade do ar.Crédito...Equinócio Pay/Site

Brasília, 10 de setembro de 2024 — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está no Amazonas para anunciar um pacote de medidas emergenciais de combate à seca, que afeta os 62 municípios do estado. Acompanhado de ministros, Lula participa de reuniões com prefeitos e visita áreas atingidas pelas estiagens e incêndios florestais que se espalham pelo país.

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Na tarde desta terça-feira, o presidente Lula está em Manaus para discutir com prefeitos e líderes locais soluções para enfrentar a grave crise hídrica e os incêndios florestais que afetam o estado do Amazonas e outras regiões do Brasil. A seca, que já levou o governo a decretar situação de emergência em todos os 62 municípios amazonenses, impacta mais de 340 mil pessoas, muitas delas vivendo em comunidades isoladas, incluindo aldeias indígenas.

A viagem de Lula, iniciada na noite anterior com a chegada à base aérea de Manaus, faz parte de uma iniciativa do governo federal para mitigar os impactos da crise provocada pela intensa onda de calor e pela baixa umidade do ar que assolam diversas partes do país. O presidente está acompanhado dos ministros Rui Costa (Casa Civil), José Múcio (Defesa) e Marina Silva (Meio Ambiente), que também participam das discussões sobre a formação de uma força-tarefa para combater o fogo, socorrer pessoas com problemas respiratórios e garantir o fornecimento de recursos emergenciais, como água e alimentos.

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Um dos principais focos da ação governamental está no atendimento às populações vulneráveis, principalmente crianças e idosos, que sofrem com a falta de água potável e a intoxicação por fumaça. "A preocupação com as comunidades isoladas e os povos indígenas é urgente", afirmou Lula.

Além da situação crítica no Amazonas, outros estados também enfrentam problemas severos relacionados à seca. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), mais de 2.200 cidades de 12 estados e do Distrito Federal registraram níveis de umidade do ar abaixo de 20%. Em alguns locais, como Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, e Cuiabá, no Mato Grosso, os índices chegaram a alarmantes 8%.

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A baixa umidade e as altas temperaturas, combinadas com os incêndios, têm gerado impactos significativos na qualidade do ar. Ontem, São Paulo foi listada como a terceira cidade com o pior índice de qualidade do ar no mundo, segundo o monitoramento da IQAir, realizado em parceria com a ONU e o Greenpeace.

De acordo com o climatologista José Marengo, do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), a seca é um dos principais fatores para a degradação climática que o país enfrenta. "Temos três grandes áreas atingidas na Amazônia e no Pantanal, e essa seca está se espalhando por várias partes do Brasil", explicou Marengo.

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O governo federal, em parceria com o Instituto Homem Pantaneiro, enviou uma missão humanitária da Força Nacional de Segurança Pública para atuar na faixa de fronteira com a Bolívia, onde incêndios florestais ameaçam regiões do Pantanal Sul-mato-grossense, especialmente na Serra do Amolar.

A situação continua grave, e o governo segue monitorando e preparando novas ações para conter os impactos dessa crise ambiental sem precedentes.

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