O pontífice revelou que a Igreja soube dos casos de abuso sexual pelo menos após a morte do abade em 2007, e elogiou a exposição desses crimes como uma forma de combater a "destruição da dignidade humana".
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Em uma coletiva de imprensa durante o retorno de sua viagem, o Papa Francisco foi questionado sobre quando o Vaticano tomou conhecimento dos abusos sexuais cometidos pelo Abade Pierre, figura internacionalmente reconhecida pelo seu trabalho humanitário com a organização Emaús. "O que o Vaticano sabia sobre o Abade Pierre? Não sei quando exatamente soubemos, porque eu não estava lá. Mas, depois da morte dele, isso é certo, antes disso, não posso dizer", afirmou Francisco.
O Papa, que foi eleito em 2013, disse que qualquer forma de abuso, especialmente contra crianças e menores, é uma “coisa demoníaca” e destrói a dignidade da pessoa. Ele expressou satisfação em ver esses casos de abusos vindo à tona: “O abuso sexual de crianças é um crime, é uma vergonha. Esses pecados devem ser condenados publicamente, não encobertos”, declarou o pontífice.
O caso ganhou novo impulso após a Conferência dos Bispos da França (CEF) anunciar que abrirá seus arquivos aos investigadores, sem os habituais 75 anos de espera, permitindo uma investigação profunda sobre as alegações contra o Abade Pierre.
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O Abade Pierre, que faleceu em 2007, é amplamente conhecido por suas ações em prol dos mais vulneráveis, mas essas novas revelações colocam uma sombra sobre seu legado. Para o Papa Francisco, é fundamental que esses crimes sejam tratados com a transparência e justiça necessárias. "Os pecados públicos são públicos! Eles devem ser enfrentados com clareza", reforçou o Papa, em um apelo por mais abertura e responsabilidade dentro da Igreja.
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A investigação sobre os abusos cometidos por líderes religiosos continua sendo uma prioridade para o Papa Francisco, que tem adotado uma postura firme contra o encobrimento de crimes sexuais na Igreja Católica. O caso do Abade Pierre, segundo o pontífice, reforça a complexidade da condição humana, onde pessoas capazes de grandes feitos também podem cometer crimes graves.
O Papa Francisco continua a apoiar a exposição de abusos dentro da Igreja, reafirmando que o combate a esses crimes é essencial para a preservação da dignidade humana e para a integridade da própria Igreja. O Vaticano agora acompanha de perto as investigações em curso sobre o Abade Pierre, um homem que, apesar de suas boas obras, também carrega um legado de pecados graves.
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