Plataforma de mídia social X volta a operar no Brasil após bloqueio judicial, expondo desafio entre soberania nacional e o poder das big techs.
Elon Musk se recusou a cumprir ordens da Justiça brasileira para suspender a rede social X.Carly Zavala para o The New York Times |
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A ação colocou em evidência o embate entre a soberania brasileira e as gigantes da tecnologia, abrindo uma nova discussão sobre os limites do poder estatal frente à infraestrutura global de internet. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já confirmou a estratégia utilizada pela X e estuda novas maneiras de impor o bloqueio à plataforma.
A rede social havia sido suspensa por descumprir ordens judiciais que exigiam a remoção de contas específicas. Além disso, a empresa fechou seus escritórios no Brasil, dificultando ainda mais as ações legais. Em resposta, Musk utilizou uma mudança no roteamento de tráfego da internet da X, usando os serviços da Cloudflare, uma importante provedora de infraestrutura digital sediada em São Francisco.
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Especialistas do setor tecnológico explicam que bloquear novamente a rede social X pode se tornar um desafio técnico para o governo brasileiro. A Cloudflare suporta o tráfego de mais de 24 milhões de sites, incluindo serviços críticos como páginas do governo e bancos, o que tornaria um bloqueio generalizado complexo e potencialmente prejudicial para milhões de usuários no país.
“A solução alternativa utilizada pela X foi engenhosa e criar uma barreira efetiva contra ela vai requerer medidas complexas”, afirmou Basílio Perez, presidente da Associação Brasileira de Provedores de Internet (Abrint). Perez destacou que o uso da Cloudflare pela rede social torna o bloqueio mais difícil sem afetar outros sites de grande relevância nacional.
Alexandre de Moraes, no centro, juiz da Suprema Corte, emitiu a proibição depois que o Sr. Musk retirou sua equipe jurídica do Brasil.Dado Galdieri para o The New York Times |
Por outro lado, Thiago Ayub, diretor de tecnologia da Sage Networks, empresa que ajudou a bloquear o X anteriormente, mostrou-se cético quanto à possibilidade de uma solução rápida. “Em teoria, quase tudo é possível na tecnologia, mas o tempo e o orçamento necessário para criar uma solução definitiva podem ser proibitivos”, destacou Ayub.
O debate sobre como lidar com a situação já está em andamento entre provedores de internet e reguladores brasileiros, mas ainda não há consenso. Enquanto isso, milhares de usuários brasileiros já comemoram o retorno da plataforma, mesmo que ainda haja instabilidade no acesso, variando conforme o provedor de internet.
Ainda não está claro como o governo brasileiro vai proceder para bloquear novamente o X, mas a disputa entre a autoridade nacional e Musk promete ser prolongada. O caso se tornou um teste importante para a soberania digital do Brasil, em um cenário global onde as grandes empresas de tecnologia continuam a expandir seus limites frente às legislações locais.
Os próximos passos aguardam uma solução das autoridades, enquanto a tensão entre liberdade na internet e controle soberano se intensifica.
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