Com o terceiro corte de juros no ano, BCE tenta conter a desaceleração econômica, mas alerta para riscos inflacionários futuros.
Lagarde: a previsão que temos para o próximo ano e para o ano seguinte está realmente chegando muito, muito perto da meta • 11/04/2024. REUTERS/Kai Pfaffenbach/File Photo |
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Ontem, os mercados europeus registraram um dia de alta, impulsionados pela decisão do Banco Central Europeu (BCE) de realizar o terceiro corte de juros neste ano, fixando a taxa em 3,25%. O corte reflete a tentativa do BCE de fornecer suporte a uma economia que, apesar de mostrar sinais de desaceleração, ainda enfrenta pressões inflacionárias. A desinflação tem avançado, com o índice de recompra anual atingindo 1,7% em setembro, ficando abaixo da meta pela primeira vez desde 2021.
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No entanto, Christine Lagarde, presidente do BCE, foi cautelosa em seu discurso, destacando que “a batalha ainda não está ganha”. Lagarde apontou para o aumento dos salários e a recuperação dos preços da energia como fatores que podem reacender a inflação nos próximos meses. Além disso, a incerteza externa, com destaque para os conflitos geopolíticos e a possibilidade de novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, adiciona pressão ao cenário econômico europeu.
Segundo fontes ouvidas pela Reuters, o mercado já começa a se preparar para novos cortes de juros em dezembro, a menos que haja uma mudança significativa nos indicadores econômicos ou uma piora nos níveis de inflação.
Nos Estados Unidos, os dados de atividade econômica vieram mistos, mas acima das expectativas do mercado. A produção industrial registrou uma leve queda em setembro, apontando fraqueza em alguns setores, enquanto as vendas no varejo surpreenderam positivamente, demonstrando a resiliência do consumo, peça-chave da economia americana. No mercado de trabalho, os pedidos de auxílio-desemprego recuaram após um aumento causado por tempestades no sudeste do país.
Esses dados reforçam a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) manterá os juros elevados por mais tempo, afetando diretamente o mercado imobiliário, onde as taxas de hipoteca continuam a subir.
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Nos mercados acionários, as bolsas americanas começaram o dia otimistas, mas perderam força ao longo da sessão. O Dow Jones, no entanto, renovou seu recorde de fechamento, impulsionado por setores que se beneficiam de juros mais altos. Já o S&P e o Nasdaq oscilaram próximos à estabilidade.
No Brasil, o cenário externo de alta do dólar pressionou o mercado durante boa parte do dia. O alívio veio com a queda das taxas de câmbio, o que ajudou a estabilizar as taxas dos DIs. No entanto, o Ibovespa recuou 0,7%, influenciado pela queda das commodities, com destaque para o minério de ferro e o petróleo. As ações da Vale e da Petrobras tiveram quedas expressivas, pressionando o índice.
Para hoje, a agenda é mais tranquila, com destaque para os dados do setor imobiliário nos Estados Unidos e os discursos de membros do Federal Reserve, que podem direcionar as expectativas para a política monetária americana. No cenário global, a volatilidade deve continuar, com investidores buscando refúgio no ouro, que renovou seu recorde de valorização.
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