A diminuição da pressão sobre os preços
possibilitou uma nova redução na taxa básica de juros, a Selic.
Roberto Campos Neto, presidente do BACEN - Foto: Gazeta do Povo
Economia- Nesta terça-feira, teve
início a sexta reunião anual do Comitê de Política Monetária (COPOM) do
Banco Central (BC) para deliberar sobre a taxa de juros básica,
conhecida como Selic. Em vista da considerável redução da inflação nos últimos
meses, os membros do Conselho estão inclinados a reduzir a Selic de sua taxa
atual de 13,25% ao ano para 12,75% ao ano. Será a segunda diminuição desde
agosto, quando o BC interrompeu a política de aumento da taxa de juros. Na
última reunião em agosto, o Copom anunciou que os diretores e o presidente do
BC, Roberto Campos Neto, estavam unidos na previsão de cortes de 0,5 ponto percentual
nas reuniões subsequentes.
Conforme indicado no mais recente Boletim Focus, uma
pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica de juros deverá de
fato diminuir em 0,5 ponto percentual, embora algumas instituições prevejam uma
redução de até 0,75 ponto. O consenso no mercado financeiro é que a taxa Selic
feche o ano em 11,75% ao ano. Hoje, o Comitê de Política Monetária optou por
reduzir a Selic de 13,75% ao ano para 12,75% ao ano. A decisão foi unânime, com
todos os diretores votando a favor da redução.
Este representa o segundo corte consecutivo na taxa de
juros básica, que começou a declinar a partir de agosto deste ano. Ao atingir
12,75%, a taxa alcançou o menor nível dos últimos 16 meses. A redução anunciada
hoje já era prevista pelo mercado financeiro. Na ata da reunião anterior, o
comitê também destacou que a evolução do cenário econômico e a acentuada queda
da inflação permitiram a acumulação da confiança necessária para iniciar um
processo gradual de relaxamento monetário. Após uma série de declarações firmes
no início do ano, nas quais não excluíam a possibilidade de um aumento na taxa
Selic, o Copom mudou seu posicionamento devido ao comportamento dos preços.
Mesmo com a diminuição da inflação, o comitê observou que alguns preços ainda
estavam subindo ou reduzindo a um ritmo inferior ao previsto. O órgão afirmou
que a autoridade monetária continuará a reduzir os juros de forma cautelosa.
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Devido à considerável desaceleração dos índices de preços
nos últimos meses, as projeções para a inflação têm diminuído. Conforme o
último Boletim Focus, uma pesquisa semanal realizada pelo BC junto a
instituições financeiras, a estimativa para este ano foi ajustada de 4,93% para
4,86%. No mês de agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), influenciado principalmente pelos setores de habitação e saúde,
registrou uma variação de 0,23%, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Embora tenha acelerado em comparação a julho, o
indicador ficou abaixo das previsões devido à redução nos preços dos alimentos.
Com este resultado, o IPCA acumulou um aumento de 3,23% no ano e de 4,61% nos
últimos 12 meses.
Ao justificar a redução na taxa Selic, o Copom destacou que
a economia do país está em fase de crescimento, mas prevê uma desaceleração nos
próximos trimestres. Considerando essa desaceleração econômica e a manutenção
da inflação sob controle, o Copom indica que estão previstos mais cortes na
Selic. O colegiado é composto pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos
Neto, e oito diretores da instituição, sendo dois indicados pelo presidente
Lula. Tradicionalmente, o Copom se reúne a cada 45 dias para deliberar sobre o
nível da taxa Selic. Neste ano, estão planejadas mais duas reuniões do Comitê.
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A Taxa Selic é a principal ferramenta utilizada pelo Banco
Central para atingir a meta de inflação. Quando o Copom opta por elevar a taxa
básica de juros, o objetivo é controlar a demanda vigorosa, o que acaba
impactando os preços devido ao encarecimento do crédito e ao estímulo à
poupança proporcionados pelos juros mais altos. Essas taxas elevadas auxiliam
na contenção da inflação, mas também podem dificultar o crescimento econômico.
Em vista da marcada redução da inflação, o Comitê de Política Monetária (COPOM)
do Banco Central iniciou, no mês passado, um ciclo de diminuição da Selic, o
que tem o propósito de impulsionar a atividade produtiva.
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Opinião do Michel
A redução na taxa básica de juros, a Selic, é uma notícia
excepcional para nossa economia brasileira. Esta medida demonstra uma resposta
sensata e estratégica do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco
Central à atual situação econômica.
Ao promover esse corte, o COPOM está injetando um novo
fôlego na economia. Com a inflação sob controle, essa decisão traz alívio ao
custo do crédito, incentivando investimentos e consumo. A redução na Selic abre
oportunidades para empréstimos mais acessíveis, facilitando o acesso ao crédito
e impulsionando diversos setores da economia.
Além disso, essa iniciativa traz um olhar otimista para o
futuro. Ao permitir que a economia respire e cresça de maneira mais
sustentável, estamos criando as bases para uma expansão econômica gradual e
equilibrada. A confiança no mercado aumenta, e isso é crucial para atrair
investimentos, gerar empregos e promover um crescimento econômico duradouro.
É notável que o COPOM esteja agindo de forma proativa,
acompanhando de perto as variáveis econômicas e ajustando as políticas
monetárias conforme necessário. Essa flexibilidade e responsabilidade são
essenciais para enfrentar os desafios e impulsionar o desenvolvimento
econômico.
Em resumo, a redução da Selic é uma estratégia inteligente que fortalecerá nossa economia. Com a perspectiva de mais cortes na taxa, estamos trilhando um caminho promissor para um futuro financeiro mais estável e próspero.
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