Lula visita o Egito durante as conversações de paz em Gaza

O presidente visita o Egito em meio a tensões, enquanto Israel ameaça ampliar operações militares em Gaza.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Brasil. “Não quero entrar na guerra”, disse ele este ano sobre o conflito. “Eu quero acabar com a guerra.”Crédito...Evaristo Sa/Agence France-Presse — Getty Images
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Brasil. “Não quero entrar na guerra”, disse ele este ano sobre o conflito. “Eu quero acabar com a guerra.”Crédito...Evaristo Sa/Agence France-Presse — Getty Images

Política- Na manhã desta quarta-feira, 14, o líder do Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou ao Cairo, Egito, para iniciar uma visita de quase uma semana à África. Sua chegada ocorre em meio a uma situação tensa na região, com Israel ameaçando expandir suas operações militares no sul da Faixa de Gaza, em Rafah.

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O local onde o brasileiro ficará por dois dias também é o centro das negociações para um cessar-fogo na região, com representantes do Egito, Hamas, Israel, Qatar e Estados Unidos. Lula chegou por volta das nove da manhã, horário local, e foi para o palácio Qubba, usado pelo governo egípcio para receber líderes estrangeiros. Não há compromissos oficiais para o presidente hoje; ele planeja visitar as pirâmides e o novo Museu do Egito, ainda não aberto ao público. Estes eventos estão listados apenas como parte de sua agenda pessoal. Acompanhando-o está a Primeira-Dama, Rosângela Silva, conhecida como Janja.

O presidente está ciente do conflito entre o grupo Hamas e Israel durante sua visita ao Egito. Este será um dos assuntos discutidos em reunião privada com o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi na manhã de quinta-feira, 15. Além disso, os dois líderes assinarão acordos. Durante a visita, os principais temas da agenda bilateral, incluindo comércio, investimentos, cooperação técnica, educação e defesa, serão abordados. Também estão na pauta temas regionais e multilaterais, como mudanças climáticas, reformas em organizações internacionais e o conflito Israel-Palestina, conforme informado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

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Na tarde do mesmo dia, o presidente fará uma visita à sede da Liga Árabe, onde é esperado que ele faça um discurso em uma sessão plenária extraordinária. Conforme reportado pela Folha de São Paulo, é provável que seu discurso aborde a favor de um cessar-fogo na região, a condenação das mortes de mulheres e crianças durante o conflito, e a defesa de um Estado Palestino viável economicamente. Após isso, o presidente seguirá para a Etiópia, onde participará da cúpula da União Africana e terá encontros bilaterais com presidentes do continente, à margem do evento. Inicialmente, seus assessores planejavam que o presidente fosse cauteloso em suas declarações no Egito para evitar que soassem como anti-Israel, mas com as mudanças recentes no cenário, pode haver uma condenação mais enérgica do lado israelense.

Israel está planejando ampliar suas operações terrestres para a cidade de Rafah, onde mais de um milhão de palestinos buscaram abrigo desde que membros do Hamas atacaram Israel em 7 de outubro. Enquanto isso, em Cairo, autoridades dos países envolvidos nas negociações por um cessar-fogo relataram alguns avanços nas conversações.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, na Cúpula do Clima COP28 em Dubai, Emirados Árabes Unidos, este mês.Crédito...Rafiq Maqbool/Associated Press
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, na Cúpula do Clima COP28 em Dubai, Emirados Árabes Unidos, este mês.Crédito...Rafiq Maqbool/Associated Press

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Autoridades dos Estados Unidos, Egito, Israel, Qatar e representantes do Grupo Hamas se encontraram no Cairo nesta terça-feira em mais uma tentativa de negociar um cessar-fogo em Gaza, enquanto aumentam os apelos para que Israel suspenda seus planos de ataque à cidade de Rafah, onde mais de um milhão de pessoas foram deslocadas devido ao conflito. Segundo fontes ouvidas pelo jornal The Guardian, Israel e Hamas progrediram nas discussões sobre um cessar-fogo, que também incluiria a libertação de reféns em Gaza. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, afirmou que os lados estão avançando na direção certa. Israel não comentou sobre as negociações. Enquanto isso, a África do Sul anunciou que solicitou à Corte Internacional de Justiça (CIJ) que avalie a decisão de Israel de intensificar suas operações militares em Rafah.



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