O presidente visita o Egito em meio a tensões, enquanto Israel ameaça ampliar operações militares em Gaza.
![]() |
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Brasil. “Não quero entrar na guerra”, disse ele este ano sobre o conflito. “Eu quero acabar com a guerra.”Evaristo Sa/Agence France-Presse — Getty Images |
Política- Na manhã desta
quarta-feira, 14, o líder do Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da
Silva, chegou ao Cairo, Egito, para iniciar uma visita de quase uma semana à
África. Sua chegada ocorre em meio a uma situação tensa na região, com Israel
ameaçando expandir suas operações militares no sul da Faixa de Gaza, em Rafah.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Últimas Notícias
- O
Rei Charles é visto em público pela primeira vez desde que sua batalha
contra o câncer foi revelada
- Emergência
de Dengue no Brasil Sinaliza Crise de Saúde para a América
- Alemanha
está se preparando para um possível confronto com a Rússia em meio aos
temores de uma terceira guerra mundial
- Os
desafios políticos atuais nos Estados Unidos: Um panorama com Trump, Putin
e Carlson
PUBLICIDADE
O
local onde o brasileiro ficará por dois dias também é o centro das negociações
para um cessar-fogo na região, com representantes do Egito, Hamas, Israel,
Qatar e Estados Unidos. Lula chegou por volta das nove da manhã, horário local,
e foi para o palácio Qubba, usado pelo governo egípcio para receber líderes
estrangeiros. Não há compromissos oficiais para o presidente hoje; ele planeja
visitar as pirâmides e o novo Museu do Egito, ainda não aberto ao público.
Estes eventos estão listados apenas como parte de sua agenda pessoal.
Acompanhando-o está a Primeira-Dama, Rosângela Silva, conhecida como Janja.
O
presidente está ciente do conflito entre o grupo Hamas e Israel durante sua
visita ao Egito. Este será um dos assuntos discutidos em reunião privada com o
presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi na manhã de quinta-feira, 15. Além
disso, os dois líderes assinarão acordos. Durante a visita, os principais temas
da agenda bilateral, incluindo comércio, investimentos, cooperação técnica,
educação e defesa, serão abordados. Também estão na pauta temas regionais e
multilaterais, como mudanças climáticas, reformas em organizações
internacionais e o conflito Israel-Palestina, conforme informado pelo
Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Assista ao vídeo
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Artigos Brasil Escola
- Reflexões
sobre os princípios Educacionais filosóficos
- Fadiga
de batalha racial: O impacto psicológico da luta contra a discriminação
racial
- desvendando
os conceitos essenciais para compreender a política moderna
- Uma
análise sobre o sociólogo da 'modernidade líquida', zygmunt bauman
PUBLICIDADE
Na tarde do mesmo dia, o presidente fará uma visita à sede
da Liga Árabe, onde é esperado que ele faça um discurso em uma sessão plenária
extraordinária. Conforme reportado pela Folha de São Paulo, é provável que seu
discurso aborde a favor de um cessar-fogo na região, a condenação das mortes de
mulheres e crianças durante o conflito, e a defesa de um Estado Palestino
viável economicamente. Após isso, o presidente seguirá para a Etiópia, onde
participará da cúpula da União Africana e terá encontros bilaterais com
presidentes do continente, à margem do evento. Inicialmente, seus assessores
planejavam que o presidente fosse cauteloso em suas declarações no Egito para
evitar que soassem como anti-Israel, mas com as mudanças recentes no cenário,
pode haver uma condenação mais enérgica do lado israelense.
Israel está planejando ampliar suas operações terrestres
para a cidade de Rafah, onde mais de um milhão de palestinos buscaram abrigo
desde que membros do Hamas atacaram Israel em 7 de outubro. Enquanto isso, em
Cairo, autoridades dos países envolvidos nas negociações por um cessar-fogo
relataram alguns avanços nas conversações.
![]() |
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, na Cúpula do Clima COP28 em Dubai, Emirados Árabes Unidos, este mês.Rafiq Maqbool/Associated Press |
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Autoridades dos Estados Unidos, Egito, Israel, Qatar e
representantes do Grupo Hamas se encontraram no Cairo nesta terça-feira em mais
uma tentativa de negociar um cessar-fogo em Gaza, enquanto aumentam os apelos
para que Israel suspenda seus planos de ataque à cidade de Rafah, onde mais de
um milhão de pessoas foram deslocadas devido ao conflito. Segundo fontes
ouvidas pelo jornal The Guardian, Israel e Hamas progrediram nas discussões
sobre um cessar-fogo, que também incluiria a libertação de reféns em Gaza. O
porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby,
afirmou que os lados estão avançando na direção certa. Israel não comentou
sobre as negociações. Enquanto isso, a África do Sul anunciou que solicitou à
Corte Internacional de Justiça (CIJ) que avalie a decisão de Israel de
intensificar suas operações militares em Rafah.