Da Revolução Francesa às Fake News Políticas: O Caso de Maria Antonieta

Maria Antonieta, rainha da França durante a Revolução, enfrentou uma enxurrada de calúnias e mentiras, sendo alvo de fake news que a retratavam como promíscua e gastadora.

A maior Fake News da história. Fonte: Canal Viver para Educar 

História- Maria Antonieta, a nobre austríaca que se uniu em matrimônio com Luís XVI e ascendeu ao trono como rainha da França, enfrentou uma avalanche de difamações e mentiras que a tornaram a maior vítima de fake news da história. Sua imagem foi distorcida por panfletos que a retratavam como uma mulher promíscua e gastadora, apelidada de "Madame Déficit". A xenofobia também contribuiu para seu vilipêndio, sendo chamada pelo povo de "l’autre chienne", em vez de "L’Autrichienne", insinuando sua suposta lealdade aos Habsburgos.

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Maria Antonieta, infelizmente, casou-se em circunstâncias desfavoráveis, o que a tornou a maior vítima de fake news da história. Mesmo com a produção de diversos materiais sobre sua vida, as calúnias persistem, perpetuando sua imagem negativa e associando-a à guilhotina na Place de La Concorde. Sua história é marcada pelo ódio, humilhação e difamação nas redes sociais do século XVIII.

Na França do final do século XVIII, a corte de Louis XVI vivia confinada no Palácio de Versailles, separada da miséria do povo. Em meio à crise de 1789, com má colheita e aumento do preço do trigo, uma frase atribuída falsamente a Maria Antonieta ganha destaque nos panfletos distribuídos pela nação faminta: "Se não têm pão, que comam brioches." Embora infundada, essa fake news contribui para disseminar uma imagem negativa da rainha. O controle da opinião pública em Paris, por meio de panfletos e caricaturas, torna-se crucial no cenário que precede a Revolução Francesa, alimentando o descontentamento popular contra o antigo regime e o governo de Luís XVI e Maria Antonieta.

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Por que não escolhe brioche? Essa frase revelaria completa ignorância? Demonstraria total insensibilidade e falta de conhecimento? Maria Antonieta nunca proferiu tais palavras. Os registros históricos retratam Antonieta como uma mãe dedicada, profundamente sensível às dificuldades enfrentadas pelo povo francês. Ela priorizava as necessidades do país, como demonstrado ao recusar uma oferta de joias em favor da construção de navios. Contrariando a imagem difundida pelas fake news, Antonieta não era uma aristocrata alienada, mas sim uma figura consciente da realidade ao seu redor. As calúnias que a retratavam de forma negativa foram decisivas em seu julgamento e execução em 1793, amplamente influenciadas por boatos infundados sobre sua vida pessoal e gastos extravagantes enquanto a França sofria com a escassez de alimentos.

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Policiais Israelenses perseguindo e espancando fiéis Palestinos. Qualquer comparação com a perseguição de Hitler aos Judeus e o comportamento perseguidor de Netanyahu aos Palestinos não será tolerado pela extrema direita '🐂🐂🐂🐄🐄🐄🐮🐮🐮' brasileira. pic.twitter.com/b4U9oHj84P

— Fernando michel da Silva correia (@Fernand26995567) March 11, 2024

Maria Antonieta, objeto de inúmeras biografias, foi transformada em um símbolo de fake news devido à sua aparência e comportamento, o que teve consequências trágicas para sua vida e para a estabilidade da monarquia francesa. Isso ressalta a delicadeza do campo político, onde a verdade muitas vezes é obscurecida pelo poder e pela manipulação. A disseminação de informações falsas, seja por meio de fotos manipuladas, atribuições falsas de falas ou vídeos alterados, pode influenciar decisões e julgamentos, tanto legais quanto públicos. Antonieta tornou-se alvo constante de difamação, culminando em sua execução durante a Revolução Francesa. Seu túmulo, na Abadia de Saint-Denis, exibe uma estátua dela com Luís XVI, e até mesmo sua imagem após a morte não escapou das falsas representações, como evidenciado pela alteração de sua figura. Essa história serve como alerta sobre os perigos das fake news na política, que visam destruir reputações e minar o poder de indivíduos, prejudicando o debate político e a busca pela verdade.