Declaração de Tarcísio de Freitas sobre Guilherme Boulos “compromete princípios republicanos”, afirma AGU

Ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, critica fala do governador de São Paulo sobre suposta ligação entre facção PCC e candidatura de Boulos à prefeitura, considerando-a uma ameaça aos valores democráticos.

Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo.

Brasília, 28 de outubro de 2024 — O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, declarou neste domingo (27) que as falas do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sobre uma suposta preferência do Primeiro Comando da Capital (PCC) pelo candidato do PSOL à prefeitura, Guilherme Boulos, comprometem os “princípios republicanos”. Segundo Messias, declarações como essa “não podem ser ignoradas pelas autoridades competentes”.

     

    Neste domingo (27), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou, sem apresentar evidências, que o setor de inteligência do governo teria interceptado mensagens da facção criminosa PCC, nas quais haveria uma suposta orientação para que eleitores votassem no candidato Guilherme Boulos, do PSOL, à prefeitura de São Paulo. Em sua declaração, Tarcísio se referiu a um "salve" da facção direcionado a votar “no outro”, insinuando apoio ao adversário político.

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    A declaração foi feita durante o período de votação, e gerou uma série de reações. O ministro Jorge Messias, da AGU, considerou que a fala do governador compromete valores republicanos essenciais, afirmando que esse tipo de declaração não deve ser ignorado pelas autoridades. Messias argumentou que a conduta de Tarcísio interfere nos princípios democráticos e no equilíbrio eleitoral, ao sugerir uma relação entre o PSOL e uma facção criminosa sem fornecer qualquer prova concreta.





    Além da AGU, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também se manifestou sobre o caso, classificando a fala do governador como “a maior fake news” desta eleição. Boulos, por sua vez, reagiu ao episódio anunciando que irá solicitar uma investigação judicial eleitoral por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

    O caso intensificou as discussões sobre ética e responsabilidade na política, e deve ter novos desdobramentos com a movimentação das autoridades em torno do episódio, assim como pela resposta da Justiça Eleitoral.

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