Dólar sobe para maior nível desde agosto, impulsionado por resiliência econômica dos EUA e cenário eleitoral

Moeda americana avança 4% desde setembro, impulsionada por sinais de recuperação econômica e especulações sobre o retorno de Trump à Casa Branca.



Brasília, 24 de outubro de 2024 — Em um dia de agenda econômica tranquila, o dólar alcançou seu maior patamar desde agosto. O índice DXY, que mede a força da moeda americana contra as principais moedas globais, acumula alta de quase 4% desde o fim de setembro. O movimento é impulsionado pela robustez da economia dos EUA e pelas expectativas sobre as eleições presidenciais.

     

    Nesta semana, o dólar se fortaleceu diante de uma combinação de fatores econômicos e políticos. O índice DXY, responsável por acompanhar o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas internacionais, apresentou alta significativa de 4% desde o final de setembro, atingindo seu maior patamar desde agosto.

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    Dois elementos foram fundamentais para essa escalada. O primeiro está relacionado à resiliência da economia americana, que tem mostrado resultados positivos, especialmente nos dados de emprego e consumo. Mesmo com eventos climáticos como furacões, os indicadores de alta frequência apontam para uma atividade econômica estável, conforme relatado no Livro Bege do Federal Reserve.





    O segundo fator é o cenário eleitoral nos Estados Unidos, que adiciona volatilidade ao mercado. Com a aproximação das eleições presidenciais, os investidores começam a precificar o possível retorno de Donald Trump à Casa Branca. A expectativa é de que políticas como cortes de impostos e tarifas comerciais, propostas pelo ex-presidente, favoreçam o fortalecimento do dólar. No entanto, essa projeção também alimenta temores de um cenário de maior inflação e juros elevados.

    Nos mercados de títulos, o rendimento dos Treasuries de 10 anos se aproximou de 4,24%, o que reflete a percepção de que o Federal Reserve pode manter uma postura mais conservadora em relação ao corte de juros. A volatilidade nos mercados, por sua vez, alcançou o maior nível desde o final do ano passado.

    Esse cenário global impactou também o Brasil, onde o real chegou a tocar R$ 5,73, mas fechou o dia com leve alívio devido à entrada de capital externo. No entanto, a moeda brasileira segue fragilizada diante das incertezas fiscais e políticas locais. Nos juros futuros, o clima também foi de tensão, com os DIs para janeiro de 2029 chegando aos 13%.

    O dia foi marcado ainda pela queda das commodities, com o petróleo e o minério de ferro recuando após o aumento inesperado nos estoques semanais dos EUA, o que pesou sobre as ações de grandes empresas como Petrobras e Vale. O Ibovespa encerrou o dia em baixa de mais de 0,5%, acumulando sua quinta queda consecutiva.

    Para os próximos dias, as atenções se voltam para os dados da economia brasileira, com destaque para a divulgação do IPCA-15 de outubro, que deve trazer uma alta de 0,51%, elevando o acumulado de 12 meses para 4,44%.

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