Controvérsia inflamada! Protesto autorizado incendeia
Alcorão em frente ao Parlamento - Descubra detalhes sobre o livro sagrado do
Islã.
Extremista sueco queimando o Alcorão. Imagem de Aventuras na História |
Nesta segunda-feira
(31), durante uma manifestação autorizada pelas autoridades policiais
suecas, dois indivíduos incendiaram um exemplar do Alcorão em frente ao
Parlamento de Estocolmo, de acordo com o testemunho de um jornalista da AFP. Salwan
Momika e Salwan Najem pisotearam uma cópia do livro sagrado muçulmano antes de
atear fogo ao exemplar, como já haviam feito no final de junho.
A polícia sueca autorizou o protesto, no entanto, a
força de segurança esclareceu que as licenças concedidas dizem respeito somente
à organização das manifestações, não abrangendo as ações realizadas durante as
mesmas.
Os protestantes expressaram à mídia seu desejo de que o
livro sagrado muçulmano seja proibido na Suécia. Além disso, no pedido de
autorização para o protesto, os organizadores afirmaram a intenção de realizar
a queima de um exemplar do Alcorão.
O evento ocorre em meio a
uma crescente tensão nas relações da Suécia com várias nações do Oriente Médio,
devido a diversos incidentes de profanação do Alcorão.
A Arábia Saudita e o
Iraque convocaram uma reunião especial da Organização de Cooperação Islâmica
(OCI) agendada para a próxima segunda-feira, com o objetivo de discutir a
questão da falta de respeito ao Alcorão na Suécia e na Dinamarca.
Em junho passado, um
indivíduo chamado Momoka, um refugiado iraquiano de 37 anos que vive na Suécia,
realizou um ato de queimar algumas páginas do Alcorão em frente à principal
mesquita de Estocolmo, durante o feriado muçulmano Eid al-Adha. Um mês depois,
ele desrespeitou o livro religioso novamente, dessa vez pisando sobre ele
diante da embaixada iraquiana.
Os dois eventos causaram revolta e foram alvo de
críticas. Recentemente, a Suécia determinou que 15 órgãos governamentais
fortaleçam suas equipes de combate ao terrorismo.
O Alcorão
Contexto Histórico
O Alcorão, livro sagrado do Islã, desempenha um papel
fundamental na história religiosa e cultural do mundo muçulmano. Sua revelação
foi atribuída ao profeta Maomé entre os anos 610 e 632 d.C., na cidade de Meca,
na atual Arábia Saudita. Acredita-se que o Alcorão seja a palavra de Deus, transmitida
a Maomé por meio do arcanjo Gabriel, e é considerado uma das maiores revelações
divinas do Islã.
Importância Religiosa
Para os muçulmanos, o Alcorão é muito mais do que
apenas um livro; é uma fonte de orientação espiritual e moral, um guia para a
conduta e uma base para os ensinamentos islâmicos. É considerado a última
revelação divina, complementando as escrituras anteriores, como a Torá e a
Bíblia.
Além disso, o Alcorão é reverenciado por sua beleza
literária e poética, com seu estilo eloquente e poderoso. Sua recitação,
chamada de "Tajwid", é uma arte que é estudada e praticada por
muitos crentes em todo o mundo muçulmano.
Países Contrários ao Alcorão e seus Motivos de Rejeição
Enquanto o Alcorão é considerado um livro sagrado e respeitado
por bilhões de muçulmanos em todo o mundo, existem alguns países onde ele
enfrenta rejeição e resistência por diversas razões. Abaixo estão alguns desses
países e os motivos para sua oposição ao Alcorão:
1. Myanmar (Birmânia):
Motivos de Rejeição: A China, oficialmente um Estado ateu, tem políticas
rígidas de controle religioso. O governo comunista é crítico de qualquer
religião que possa ser percebida como uma ameaça à autoridade do Partido
Comunista. Isso inclui o Islã e, consequentemente, o Alcorão. A região de
Xinjiang, com uma significativa população muçulmana, tem sido alvo de repressão
por parte do governo, que tem restringido práticas religiosas, incluindo o
acesso ao Alcorão.
2. Myanmar
(Birmânia):
Motivos de Rejeição: Em Myanmar, a maioria da população é budista, e há uma
crescente tendência nacionalista que visa preservar e proteger o budismo como
religião predominante. Com o conflito de longa data com a minoria muçulmana
Rohingya, que também valoriza o Alcorão, o livro sagrado tornou-se um símbolo
de divisão e tensões religiosas no país.
3. Coreia
do Norte:
Motivos de Rejeição: A Coreia do Norte é conhecida por ser um Estado
oficialmente ateu e promove uma ideologia centrada no culto ao líder supremo.
Qualquer forma de religião é estritamente controlada e desencorajada. Como
resultado, o Alcorão e qualquer prática islâmica são vistos com hostilidade
pelo governo norte-coreano.
4. Dinamarca
e Suécia:
Motivos de
Rejeição: Embora o Islã não seja rejeitado oficialmente nesses países,
alguns incidentes de profanação do Alcorão ou manifestações consideradas
ofensivas provocaram debates acalorados sobre a liberdade de expressão versus o
respeito às crenças religiosas. As questões envolvendo a liberdade de religião
e o respeito à diversidade cultural têm sido tema de discussões e controvérsias
nessas nações.
É importante notar que, embora existam países com
visões desfavoráveis em relação ao Alcorão, eles representam uma minoria em
comparação com a grande maioria dos países ao redor do mundo, onde o Alcorão é
respeitado como uma parte essencial da fé islâmica e da cultura muçulmana.
Curiosidades do Alcorão: Tesouros Milenares Revelados
O Alcorão, considerado o coração pulsante do Islã, é um
livro repleto de fascinantes curiosidades que enriquecem sua história e
significado. Por trás de sua beleza literária e profundidade espiritual,
escondem-se segredos e tesouros milenares que têm cativado os corações e mentes
dos crentes ao longo dos séculos.
1. Revelação Divina:
Acredita-se que o Alcorão tenha sido revelado pelo
próprio Deus ao profeta Maomé através do arcanjo Gabriel. Essa revelação
ocorreu ao longo de 23 anos, guiando o profeta em diversas situações e desafios
enfrentados pela comunidade muçulmana em sua época.
2. Linguagem Poética:
A eloquência do Alcorão é amplamente reconhecida.
Escrito em árabe clássico, a estrutura poética e a riqueza de suas palavras têm
sido uma fonte de admiração para estudiosos e poetas ao longo dos séculos.
3. Memória Preservada:
Uma das maravilhas do Alcorão é a forma como sua
memorização foi preservada ao longo dos séculos. Desde o início do Islã, a
memorização de todo o Alcorão tem sido uma tradição honrada entre os
muçulmanos. Mesmo em tempos modernos, há muitos que podem recitar o livro
inteiro de cor.
4. Unidade de Língua:
Apesar de ser a língua árabe a original do Alcorão, sua
mensagem transcendeu fronteiras linguísticas e culturais. A devoção ao texto
sagrado não se limita apenas aos árabes, mas também a pessoas de diferentes
origens e línguas ao redor do mundo.
5. O Número Místico 7:
O Alcorão é dividido em 114 suratas (capítulos).
Curiosamente, a surata número 7, "Al-A'raf," é uma das mais
enigmáticas, e ao longo dos tempos, tem sido alvo de muitas interpretações e
estudos por sua riqueza simbólica.
6. Ciência e Medicina:
O Alcorão contém versículos que fazem referência a
princípios científicos e médicos, o que tem sido objeto de investigação por
estudiosos modernos. Desde a descrição do desenvolvimento embrionário até as
maravilhas do cosmos, esses versículos têm intrigado a mente humana por
séculos.
7. Cura e Bênção:
Para muitos muçulmanos, o Alcorão é uma fonte de cura e
bênção. Seu poder espiritual é frequentemente invocado em momentos de
dificuldades e enfermidades, trazendo conforto e esperança para os corações aflitos.
8. Proporção Divina:
Curiosamente, as palavras "homem" e
"mulher" aparecem exatamente a mesma quantidade de vezes no Alcorão:
23 vezes cada. Essa igualdade matemática tem sido interpretada como um símbolo
da equidade e justiça de gênero no Islã.
9. Promessa de Preservação:
De acordo com o Alcorão, Deus prometeu preservar o
livro sagrado de qualquer adulteração ou corrupção. Essa crença tem sido
fundamental para a manutenção da integridade do texto ao longo dos séculos.
10. Livro da Revelação Final:
O Alcorão é considerado pelos muçulmanos como a última
revelação divina, complementando as escrituras anteriores, como a Torá e a
Bíblia. Essa crença fortalece a fé na unicidade e continuidade da mensagem
divina.
Essas curiosidades do Alcorão são apenas uma pequena
amostra das riquezas contidas neste livro sagrado. Sua profundidade espiritual
e poder literário têm encantado e inspirado gerações de crentes, tornando-o um
tesouro inestimável da humanidade.
Conflitos Decorrentes de Divergências ao Alcorão:
Desafios e Tensões Ideológicas
O Alcorão, sendo o livro sagrado do Islã, é uma fonte
inestimável de orientação religiosa para bilhões de muçulmanos em todo o mundo.
Contudo, sua interpretação pode ser uma questão de profundo desacordo e tensão
em algumas regiões. As divergências em relação a questões teológicas, sociais e
políticas têm, em alguns casos, levado a conflitos e disputas sangrentas.
1. Tensões Sectárias: Uma das principais fontes
de conflito é a divergência entre diferentes seitas dentro do Islã. Os
muçulmanos sunitas e xiitas têm visões teológicas e históricas distintas,
resultando em tensões frequentes ao longo da história. Embora ambas as seitas
respeitem o Alcorão, as interpretações diferenciadas podem dar origem a
conflitos sectários.
2. Disputas sobre a Lei Islâmica (Sharia): A
aplicação da lei islâmica, a Sharia, é outro ponto de contenda. Diferentes
grupos têm interpretações diversas sobre como implementar os princípios da
Sharia na sociedade. Consequentemente, disputas sobre a legislação islâmica
podem levar a confrontos, especialmente em áreas onde a lei seculares e a
Sharia entram em conflito.
3. Intolerância e Extremismo: Alguns grupos
extremistas usam o Alcorão para justificar atos de violência e intolerância,
alegando que estão agindo em nome da religião. Essas interpretações distorcidas
do texto sagrado têm contribuído para conflitos violentos em várias regiões,
onde a luta contra o extremismo se torna uma prioridade.
4. Nacionalismo e Interesses Políticos: Em
alguns casos, o Alcorão é explorado por líderes políticos para avançar seus
próprios interesses e promover agendas nacionalistas. O uso político do texto
sagrado pode levar a confrontos entre grupos com visões distintas sobre a
identidade nacional e a governança.
5. Questões de Gênero e Direitos Humanos:
Algumas divergências em relação ao Alcorão envolvem questões de gênero e
direitos humanos. A interpretação tradicional em algumas áreas pode levar a
restrições e violações dos direitos das mulheres, causando tensões e conflitos
entre diferentes segmentos da sociedade.
Embora o Alcorão seja uma fonte de unidade para a maioria dos muçulmanos, é importante reconhecer que as interpretações divergentes e a instrumentalização política do livro sagrado podem levar a conflitos e tensões. O diálogo inter-religioso e a busca pela compreensão mútua são essenciais para mitigar as divergências e promover a coexistência pacífica entre as comunidades que seguem essa fé milenar.
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