Frente
à pressão do governo chavista, que busca incorporar 70% de seu território, as
autoridades guianenses buscam suporte global para mitigar o perigo de uma
possível invasão militar.
O território de Essequibo é historicamente venezuelano, afirma Chávez Foto: El Nacional/ Reprodução Instagram |
Internacional- A Venezuela reagiu ontem às declarações do presidente da Guiana, Mohamed Irfan Ali, que na noite de terça-feira solicitou auxílio dos Estados Unidos para se proteger das tentativas do governo chavista de incorporar a região do Essequibo. Em um comunicado, o governo venezuelano expressou preocupação, afirmando que a presença militar dos EUA na área disputada representa uma ameaça. Alegando que a Guiana está agindo em nome da ExxonMobil, uma empresa transnacional americana, a Venezuela acusa o país vizinho de abrir a possibilidade de estabelecer bases militares de uma potência imperial, colocando em risco a zona de paz na região.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Últimas Notícias
- Chavismo
triunfa em referendo sobre incorporação de área da Guiana
- Harmonia
no Governo: A Separação de Poderes e o papel do Judiciário
- Café
brasileiro pode ajudar na proteção contra infecções graves de COVID-19,
revela pesquisa
- Rumores
de Iminência da Terceira Guerra Mundial
PUBLICIDADE
Seguindo a linha da
diplomacia bolivariana pela paz, a Guiana é instada a abandonar seu
comportamento instável, ameaçador e arriscado, aderindo ao caminho do diálogo
direto conforme estabelecido pelo Acordo de Genebra de 1966 entre Venezuela e
Reino Unido, que reabriu a questão da soberania sobre o Essequibo. Desde o
plebiscito de domingo, onde os venezuelanos votaram expressivamente a favor da
anexação, o presidente guianense tem emitido várias declarações sobre a defesa
da região. "Estamos nos preparando para o cenário mais desafiador, em
colaboração com nossos aliados, para reforçar nossa posição na proteção do
Essequibo", afirmou Irfan Ali.
Na terça-feira, durante
seu discurso nacional, ele afirmou ter contatado o Conselho de Segurança da ONU
e mantido diálogos com os Estados Unidos, Brasil e França, buscando garantias
de defesa. Segundo Iphan Ali, a Venezuela está agindo de maneira ilegal ao
desconsiderar a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ), que favoreceu
a Guiana. Nossas forças armadas estão em estado de alerta máximo, pois a
Venezuela declarou-se em desacordo com a lei.
Foto: Reprodução / Instagram |
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Últimas Notícias
- Feminismo
Marxista: A Revolução Necessária Contra as Garras do Neoliberalismo
Desenfreado!
- Sócrates:
O Pai da Sabedoria que Iluminou a Grécia Antiga
- Café
brasileiro pode ajudar na proteção contra infecções graves de COVID-19,
revela pesquisa
- Os
Salões dos Mortos, também conhecidos como Valhalla
PUBLICIDADE
As tensões têm crescido
desde domingo. Na terça-feira, Maduro anunciou a criação do Estado de Guiana
Essequiba, designando o general Alexis Rodríguez Cabello como autoridade única
do território. Ele também instruiu a estatal PDVSA a redistribuir licenças para
exploração de petróleo na região e apresentou um novo mapa do país com a área
anexada. A Guiana, com uma população de apenas 800 mil habitantes, busca agora
apoio internacional para preservar a soberania sobre o território, que
representa 70% de sua superfície. Entre os dias 27 e 28 de novembro, militares
dos EUA e da Guiana se reuniram para discutir compromissos futuros,
planejamento estratégico e melhorias na prontidão militar para responder a
ameaças à segurança, conforme comunicado da Embaixada americana em Georgetown.
Em 2015, a Guiana concedeu
à ExxonMobil, uma empresa americana, a autorização para explorar petróleo no
Essequibo. A petroleira já identificou reservas recuperáveis de 11 bilhões de
barris, tornando o país o principal produtor per capita global. Além disso, os
Estados Unidos e a Guiana possuem um acordo de cooperação militar, e a presença
de grandes empresas de petróleo no Essequibo alimenta as expectativas de
assistência em caso de uma eventual invasão.
Foto: PC do B/ Reprodução Instagram |
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Artigos Relevantes
- O
vazio do saber
- Friedrich
Nietzsche e o livre arbítrio
- A
Era da Inteligência Artificial
- O
Legado Imortal de Ariano Suassuna
- Rabiscando
o Passado e Celebrando a Diversidade: Uma Exploração da História Africana
PUBLICIDADE
A Casa Branca expressou ontem sua esperança de
que a disputa territorial entre Venezuela e Guiana seja resolvida de forma
pacífica. John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, afirmou que
estão evitando a violência ou conflito. Ele ressaltou a preocupação, mas
assegurou que estão monitorando de perto a situação e mantendo contato com
todos os aliados. Além disso, ontem, os chanceleres da Venezuela, Yván Gil, e
da Guiana, Hugh Todd, realizaram uma conversa telefônica. Essa foi a primeira
comunicação entre eles desde o plebiscito, e ambos concordaram em manter os
canais de diálogo abertos.
Ontem, a Procuradoria-Geral da Venezuela solicitou a prisão de 13 líderes da oposição, acusando-os de traição à pátria devido à sua suposta participação em um complô internacional. O objetivo seria sabotar o plebiscito de domingo sobre a anexação do Essequibo, uma região rica em petróleo, reivindicada pelo governo chavista, mas pertencente à Guiana. Tarek William Saab, o Procurador-Geral venezuelano, incluiu nomes como Juan Guaidó, Leopoldo López e Lester Toledo entre os acusados. Vale destacar que os três mencionados vivem atualmente no exílio. Saab, próximo de Nicolás Maduro, alegou que os opositores estão envolvidos em uma conspiração internacional para sabotar o plebiscito.
0 Comentários