Forças israelenses continuam a bombardear subúrbios de Beirute após possível morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah. Número de mortos e feridos aumenta, e tensões regionais se agravam.
Hassan Nasrallah, secretário-geral do Hezbollah, falando em uma tela em Baalbek, Líbano, em 2018.Diego Ibarra Sanchez para o The New York Times |
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Os bombardeios israelenses nos subúrbios de Beirute, especialmente na área dominada pelo Hezbollah, conhecida como Dahiya, prosseguiram até as primeiras horas deste sábado. Segundo autoridades israelenses, os ataques tinham como objetivo eliminar Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, que estaria em uma reunião em sua sede subterrânea. Embora as forças israelenses tenham sugerido que Nasrallah foi morto, a confirmação oficial ainda não foi dada pelo Hezbollah.
Os ataques marcam uma escalada significativa na já intensa campanha militar de Israel contra o Hezbollah, que dura há duas semanas e ameaça desdobrar-se em um conflito regional de maiores proporções. O Irã, aliado do Hezbollah, já expressou sua indignação, com o líder supremo, Ayatollah Ali Khamenei, convocando uma reunião de emergência do Conselho Supremo de Segurança Nacional. "Israel abriu os portões do inferno contra si mesmo", declarou Ibrahim Azizi, chefe do conselho iraniano.
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Na noite de sexta-feira, o Ministério da Saúde do Líbano reportou que, além dos mortos, mais de 90 pessoas foram hospitalizadas, muitas em estado crítico. Os trabalhadores de resgate ainda vasculham os escombros em busca de sobreviventes, mesmo sob a ameaça de novos bombardeios israelenses.
Em meio às tensões crescentes, o primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, encurtou suas reuniões na Assembleia Geral da ONU para retornar ao país. Por sua vez, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que havia feito um discurso desafiador na ONU, retornou a Israel na noite de sexta-feira.
Com a situação se deteriorando rapidamente, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, continua recebendo atualizações constantes sobre a crise no Oriente Médio, em um esforço para evitar uma escalada ainda maior no conflito.
Enquanto isso, as forças israelenses emitiram novos avisos, ordenando que os civis evacuassem áreas próximas a prédios controlados pelo Hezbollah. O conflito continua a avançar de forma imprevisível, com o risco iminente de se expandir para além das fronteiras do Líbano e de Israel.
Atualizações
Número de mortos: 6 confirmados, mas o número pode aumentar à medida que os resgates continuam.
Discurso na ONU: Netanyahu reafirma compromisso com as ações militares, apesar dos apelos por cessar-fogo.
Tensões com o Irã: Teerã ameaça resposta após os ataques.
Evacuações: Civis continuam a fugir das áreas atingidas, em meio a novos avisos de bombardeios.
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