Após explosões no STF, ex-presidente repudia violência, mas classifica caso como "isolado" e faz apelo por diálogo.
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Na manhã desta quinta-feira (14), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou uma declaração nas redes sociais reagindo às explosões ocorridas na noite anterior em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em um tom conciliador, ele repudiou a violência e fez um apelo a líderes das instituições e correntes políticas para restaurar o diálogo e pacificar o país. No entanto, a postura de Bolsonaro foi marcada por contradições, ao descrever o caso como um fato "isolado" ligado à saúde mental do autor, Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiu França”.
“O Brasil precisa voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente. A força dos argumentos deve prevalecer sobre o argumento da força”, escreveu o ex-presidente, acrescentando que a democracia só será fortalecida com diálogo entre todas as forças da nação.
O episódio que motivou a declaração ocorreu na noite de quarta-feira (13), quando Francisco detonou explosivos no anexo 4 da Câmara dos Deputados, a cerca de 500 metros da Praça dos Três Poderes. Posteriormente, novos artefatos foram acionados em frente ao STF, resultando na morte do homem e em uma operação de varredura antibombas que mobilizou autoridades durante toda a noite.
Em resposta, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ativou o Plano Escudo, permitindo a atuação do Exército nos principais palácios governamentais de Brasília. A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), confirmou que a polícia também desativou artefatos plugados ao corpo do indivíduo.
A declaração de Bolsonaro gerou reações diversas. Enquanto aliados elogiaram o tom pacificador, críticos apontaram a minimização de um evento que expõe fragilidades na segurança institucional do país. Para muitos, o discurso “morde e assopra” do ex-presidente reflete a ambiguidade de sua liderança em momentos de crise.
As investigações continuam, enquanto a capital federal permanece sob forte vigilância.
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