Para o presidente do Senado, Constituição de 1988 impede que o “autoritarismo político volte a governar o Brasil”...
A péssima rivalidade entre os poderes - Foto: Terra |
Política- Rodrigo Pacheco, o presidente do Senado pelo PSD de Minas
Gerais, declarou ontem que a Constituição de 1988 não designa as Forças Armadas
como "árbitro" da política, mas sim como um "elemento crucial na
preservação do Estado Democrático de Direito". Ele também destacou que a
Carta Magna do Brasil proíbe o país de se afastar "uma vez mais" do
"âmbito das democracias".
"Nosso sistema constitucional destacou e delineou
claramente as instituições do Brasil (…) reforçou a função das Forças Armadas,
não como árbitro político, mas como componente significativo na preservação do
Estado Democrático de Direito, junto com várias outras ações cruciais, a fim de
evitar que o autoritarismo político retorne ao governo do Brasil e abandonemos
o domínio democrático", declarou o líder do Senado.
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Ele esteve presente em uma cerimônia conjunta com senadores
e deputados. O encontro, que ocorreu no recinto da Câmara, comemorou as três
décadas e meia da promulgação da Constituição.
No seu pronunciamento, sem fazer menção aos acontecimentos
de 8 de janeiro, Pacheco afirmou que, neste ano de 2023, a "população
brasileira triunfou mais uma vez" e que a Constituição "continua
inabalável como pilar essencial" do país. Ele disse: "Demonstramos a
força das nossas organizações e a estabilidade da nossa ordem democrática".
Além de Rodrigo Pacheco, participaram da reunião no
Congresso os líderes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); do Supremo Tribunal
Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso; e do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. O vice-presidente do Brasil,
Geraldo Alckmin, também marcou presença na ocasião.
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Opinião do Michel
Caro leitor,
Ao abordar a posição do presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco, sobre o papel das Forças Armadas na política brasileira, é importante
refletir sobre a sua visão quanto à Constituição de 1988. Pacheco afirma que as
Forças Armadas não devem atuar como "árbitros" políticos, mas sim
como defensores do Estado Democrático de Direito.
É inquestionável que a Constituição de 1988 delineou o
papel das Forças Armadas, enfatizando sua função na defesa da democracia. No
entanto, esta interpretação restrita e quase idealizada das instituições pode
ser ingênua diante da complexa realidade política do Brasil.
A história do país mostra que, em momentos cruciais, as
Forças Armadas já se inseriram diretamente na política, resultando em períodos
de regime autoritário. Ignorar essas facetas da história é um equívoco, pois a
interpretação da Constituição pode variar conforme os interesses de quem está
no poder.
É imprescindível que a defesa do Estado Democrático de
Direito vá além das palavras e seja traduzida em ações efetivas. O Brasil
enfrenta desafios sociais, econômicos e políticos, e a estabilidade democrática
está constantemente ameaçada. A retórica não basta; é preciso que as
instituições realmente atuem em prol da democracia, garantindo que as
liberdades e os direitos sejam preservados para todos os cidadãos.
Além disso, a presença dos líderes do Congresso e dos
tribunais no evento reforça a importância de uma cooperação efetiva entre os
poderes para garantir a saúde democrática. No entanto, essa cooperação deve ir
além das aparências, sendo pautada pela transparência, integridade e verdadeiro
compromisso com o bem-estar da nação.
Em suma, é vital que a defesa da democracia vá além dos
discursos e se traduza em práticas eficazes, promovendo uma sociedade justa e
igualitária para todos os brasileiros. A vigilância constante é necessária para
garantir que as instituições cumpram seu papel e preservem a verdadeira
essência do Estado Democrático de Direito.
Atenciosamente,
Fernando Michel
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