O documento, com 35 artigos revisados total ou parcialmente, foi oficialmente divulgado no Diário Oficial em 27 de janeiro. As primeiras orientações de implementação foram fornecidas aos prefeitos.
Emmanuel Macron promulgou a lei em Nova Delhi, na Índia, para onde viajava na sexta-feira. DOMINIQUE JACOVIDES |
Internacional- Emmanuel
Macron promulgou a lei de imigração em Nova Delhi, Índia, durante sua viagem na
sexta-feira. O texto, com 35 artigos revisados, foi publicado no Diário Oficial
em 27 de janeiro, e as primeiras diretrizes de aplicação foram repassadas aos
prefeitos. A legislação envolve medidas como acesso mais restrito a benefícios
sociais, cotas anuais de migração e critérios mais rigorosos para o
reagrupamento familiar. O Conselho Constitucional rejeitou várias propostas sob
pressão da direita, apoiada pela extrema direita, enquanto os Republicanos
denunciaram um "assalto democrático" e um "golpe de Estado
legal" pelos Sábios.
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O
presidente da instituição, Laurent Fabius, expressou preocupação com o
questionamento às instituições, considerando a decisão puramente legal na
França na noite de sexta-feira. Laurent Wauquiez, possível candidato
republicano às eleições presidenciais de 2027, fez a acusação pouco tempo após
a decisão do Conselho Constitucional. O presidente da região de
Auvergne-Rhône-Alpes sugeriu que o Parlamento pudesse ter a "última
palavra" após o Conselho Constitucional. Laurent Fabius destacou a
importância da Constituição para manter a união e mencionou uma tentativa de
reforma em Israel, invalidada pelo Supremo Tribunal, como exemplo.
O poder executivo recusa-se a preparar um novo texto incluindo as medidas redigidas. Lafargue Raphael/Lafargue Raphael/ABACA |
À
semelhança de Laurent Wauquiez, Éric Ciotti, presidente dos republicanos,
denunciou "um assalto democrático", acusando Laurent Fabius de
"conluio" com Emmanuel Macron contra a "vontade do povo francês
que deseja menos imigração". Os ataques da direita, incluindo a extrema
direita com Jordan Bardella (RN), chamando-o de "golpe de estado de
juízes", foram repudiados por todo o espectro político. Roland Lescure,
ex-ministro da Indústria, observou que é difícil afirmar ter uma cultura de
governo, enquanto Olivier Faure, socialista, denunciou que os republicanos não
são mais republicanos ou gaullistas.
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A lei de imigração é criticada por seus opositores por
"minar os valores republicanos". Para entender a gravidade desse
argumento, é crucial examinar a política de imigração durante a Terceira
República (1871-1940) na França. Nesse período, tanto a esquerda quanto a
direita implementaram políticas imigratórias rigorosas, dada a transformação do
país em um destino de imigração no século XIX. Essa mudança foi impulsionada
pela necessidade de mão-de-obra na crescente indústria, enquanto a taxa de
natalidade francesa era notável na época, resultando em um aumento
significativo de estrangeiros de países europeus vizinhos entre 1850 e 1880.
A lei de imigração enfrenta críticas ferozes, com termos
como "golpe de estado", "artifícios políticos" e
"governo de juízes" sendo lançados, principalmente pelos
republicanos. O Conselho Constitucional desencadeou uma onda de reprovação ao
censurar a legislação, eliminando um terço de suas disposições. A direita,
afetada pelo desaparecimento de várias medidas que apoiava para endurecer a
lei, expressa descontentamento, acusando a censura de esvaziar o conteúdo de
uma lei votada pela maioria parlamentar e apoiada pelos franceses. Laurent
Wauquiez, presidente da região de Auvergne-Rhône-Alpes, critica a censura,
enquanto as tensões se elevam com seu homólogo Xavier Bertrand.
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O Conselho Constitucional aprovou 86 artigos de lei em
tempo recorde, um mês, resultando em uma ampla censura da lei de "controle
da imigração e melhoria da integração", aprovada em 19 de dezembro. No
total, 32 dispositivos, alguns destacados pela direita, foram censurados,
afetando áreas como reagrupamento familiar, direito de residência para
estudantes estrangeiros (incluindo a "caução de devolução"),
benefícios sociais (apoio à habitação, abonos de família, etc.) e o fim do
alojamento de emergência incondicional.
Todos os dispositivos apresentados pelo Senado foram
rejeitados como aditivos legislativos, pois o legislador não tem o direito de
acrescentar elementos não relacionados ao tema do projeto. O Conselho
Constitucional não precisou avaliar a constitucionalidade dessas medidas. A
lei, originalmente com 27 artigos, foi expandida para 60 após a primeira
leitura no Senado, concluída em 14 de novembro de 2023. O grupo Les
Républicains destacou o risco jurídico e defendeu uma reforma constitucional
antes da aprovação dessa lei.
Um texto foi reduzido em 40% de seu volume pelo Conselho
Constitucional. Três disposições foram consideradas contrárias à Constituição,
incluindo a votação de quotas parlamentares e a coleta de impressões digitais e
fotografias de pessoas em situação irregular. A prorrogação da prisão
domiciliária antes da expulsão também foi censurada devido à falta de
consideração dos laços familiares. Duas disposições receberam reservas de
interpretação, uma delas referente aos pedidos de autorização de residência, destacando
a necessidade de melhor informação para os requerentes. Cerca de dez artigos
foram validados sem restrições, incluindo medidas marginais em relação ao texto
votado em 19 de dezembro, como a flexibilização do regime OQTF e a
possibilidade de julgamento do recurso por um juiz único. Permanecem 41 artigos
sem menção do Conselho Constitucional, podendo gerar futuros litígios.
O texto, após uma redução de 40% de seu volume, foi
restaurado à dimensão inicial, abrangendo quatro capítulos: reforma do
contencioso de estrangeiros, direito de asilo, integração de estrangeiros
(especialmente através do trabalho) e a questão do afastamento de estrangeiros delinquentes.
Em dezembro passado, o projeto de lei "Imigração"
de Gérald Darmanin gerou intensas tensões em todos os partidos políticos,
culminando na moção de rejeição adotada na Assembleia Nacional. Isso levou à
convocação de uma comissão mista que retomou o texto original do Senado. O
processo foi concluído em 19 de dezembro, após negociações tensas entre
senadores do LR e o governo, que foram obrigados a fazer concessões,
especialmente em relação a uma futura reforma da assistência médica estatal a
estrangeiros.
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