Americana e palestina são mortas em protestos na Cisjordânia

Forças israelenses são acusadas de matar mulher americana e garota palestina durante confrontos em áreas ocupadas.

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Aysenur Eygi durante sua graduação na Universidade de Washington este ano.
International Solidarity Movement

Brasília, 6 de setembro de 2024 — Nesta sexta-feira, uma mulher americana de 26 anos e uma garota palestina de 13 foram baleadas e mortas durante confrontos entre palestinos e forças israelenses na Cisjordânia. As mortes elevam ainda mais a tensão na região, que enfrenta uma escalada de violência desde o início do conflito entre Israel e o Hamas.

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Na sexta-feira (06), Aysenur Ezgi Eygi, cidadã americana e turca de 26 anos, foi fatalmente baleada enquanto participava de um protesto contra um posto avançado de colonos israelenses na cidade de Beita, na Cisjordânia ocupada. Testemunhas afirmam que a jovem, que vivia em Seattle, foi atingida por um disparo feito por soldados israelenses. Eygi estava envolvida com o Movimento de Solidariedade Internacional, um grupo que atua em apoio aos palestinos.

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Jonathan Pollak, ativista israelense de extrema-esquerda, estava próximo de Eygi no momento do disparo e declarou que "não havia nenhuma ação violenta quando ela foi atingida". Segundo ele, o tiro foi disparado do telhado de um edifício ocupado pelos militares israelenses. O exército de Israel confirmou que suas tropas abriram fogo, mas declarou que está investigando o caso.Em um incidente separado, também na sexta-feira, Bana Laboom, uma garota palestina de 13 anos, foi morta em Qaryut, uma vila próxima a Nablus, enquanto observava de sua janela um confronto entre colonos israelenses e palestinos. 

De acordo com o prefeito da cidade, Yousef Muammar, os disparos partiram de soldados israelenses que tentavam dispersar os manifestantes.A onda de violência na Cisjordânia tem aumentado desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em 7 de outubro. De acordo com dados da ONU, mais de 600 pessoas foram mortas na região desde então, muitas delas civis.

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      O secretário de Estado dos EUA, Antony J. Blinken, lamentou a morte de Aysenur Ezgi Eygi, descrevendo-a como "uma perda trágica", e afirmou que o governo americano está empenhado em apurar os fatos. O presidente Joe Biden também se pronunciou sobre o caso, dizendo que discutiria o ocorrido com sua equipe de segurança.

      Enquanto isso, o governo da Turquia, país de origem da família de Eygi, condenou o governo de Israel, classificando o ato como uma "intervenção bárbara". O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, usou as redes sociais para expressar sua indignação e exigir justiça pela morte da cidadã turca.As tensões na Cisjordânia têm sido alimentadas pela presença de colonos israelenses, que desde 2021 ocuparam a área de Jabal Sbeih, próximo à vila de Beita, onde construíram o posto avançado de Evyatar. 

     A recente decisão do governo israelense de legalizar o assentamento aumentou os protestos na região, gerando confrontos violentos entre palestinos, colonos e tropas israelenses.As investigações sobre as mortes de Eygi e Laboom continuam, enquanto a comunidade internacional volta sua atenção para a crescente violência na região.


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