Bolsonaro afirma ter utilizado fundos da conta para cobrir despesas domésticas e fazer apostas na Mega Sena.

Revelações financeiras suspeitas envolvendo família e assessores de Bolsonaro sob análise pelo Coaf. Saiba mais!

Jair Bolsonaro
 Bolsonaro, agora inelegível, está enfrentando suspeitas de lavagem de dinheiro— Foto: Jota

O ex-presidente Jair Bolsonaro declarou que utilizou recursos provenientes de sua conta bancária para custear despesas domiciliares e participar de apostas na loteria Mega Sena. Essas declarações surgiram como resposta à investigação das movimentações financeiras que foram consideradas suspeitas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). As alegações visam justificar e esclarecer os registros de transações que levantaram questionamentos quanto à origem e destinação dos valores movimentados durante o período em questão.

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De acordo com a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, Jair Bolsonaro realizou uma distribuição direta de parte dos R$ 17,1 milhões que foram arrecadados via Pix para membros de sua própria família. Foram identificados 10 pagamentos destinados à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, totalizando R$ 56.073,10.

As alegações estão sendo investigadas pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) relativa aos eventos ocorridos do 8 de Janeiro.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou transferências efetuadas no período compreendido entre 1º de janeiro e 4 de julho, as quais, segundo o órgão, apresentam possivelmente uma conexão com a campanha de angariação de recursos conduzida por apoiadores com o objetivo de quitar despesas do ex-presidente. É importante ressaltar que o ex-presidente foi considerado inelegível pela Justiça Eleitoral e teve seus bens bloqueados devido à falta de pagamento de multas previstas. A análise do Coaf procura esclarecer a origem e o propósito dessas transferências, levando em conta o contexto de restrições impostas à participação política do ex-presidente.

Através de sua conta no Twitter, o ex-presidente Jair Bolsonaro declarou que as despesas realizadas em benefício de seus familiares ocorreram antes do início da campanha de arrecadação por meio do Pix. De acordo com suas publicações, os pagamentos efetuados para sua esposa Michelle destinavam-se a diversas despesas pessoais, incluindo aquelas relacionadas às suas duas filhas e à residência da família.

O ex-presidente também fez referência ao seu rendimento financeiro, afirmando receber mensalmente duas aposentadorias e uma remuneração do PL, partido do qual foi designado presidente de honra após ser derrotado na eleição presidencial do ano anterior por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Tais esclarecimentos visam contextualizar sua situação financeira e explicar a origem dos pagamentos feitos para seus familiares.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) chamou a atenção para os pagamentos efetuados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, identificando-os como componentes das suspeitas relacionadas a "burla fiscal e lavagem de dinheiro", conforme apontado pelos especialistas do órgão.

Até o momento, Bolsonaro não esclareceu as razões por trás das transferências realizadas para a síndica do condomínio onde o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, é proprietário. Essa lacuna de informações levanta questionamentos adicionais e reforça a necessidade de uma investigação mais abrangente para esclarecer completamente a origem e o destino desses pagamentos, bem como sua relação com as atividades financeiras em questão. O caso envolvendo o ex-presidente e seu círculo familiar continua sendo objeto de interesse da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) e do público em geral, à medida que buscam compreender a complexidade e a relevância dessas transações no cenário político e legal do país.

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Ao longo do período de janeiro a julho, Leda Maria Marques Cavalcante figurou como a destinatária principal de pagamentos, sendo contemplada com um total de seis transferências que acumularam um montante de R$ 77.994. A identificação de sua significativa participação nas transações financeiras levanta questionamentos e destaca a relevância de investigações adicionais para esclarecer a natureza e a justificativa desses pagamentos. Essa descoberta chama a atenção para a necessidade de uma análise aprofundada das atividades financeiras envolvidas e sua possível conexão com outros eventos ou indivíduos relacionados. A revelação de Leda Maria Marques Cavalcante como a principal beneficiária dessas transferências amplia a complexidade do caso e exige uma apuração minuciosa para compreender completamente seu envolvimento nos acontecimentos em questão.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), cuja atribuição é reportar possíveis indícios de lavagem de dinheiro, apresentou mais um conjunto de informações preocupantes. Nesse contexto, o órgão destacou sete pagamentos suspeitos, totalizando R$ 14.268,04, que foram destinados à empresa Casa Lotérica Jonatan e Felix LTDA. A referida empresa encontra-se situada em Eldorado, região do interior de São Paulo, e está registrada em nome de Angelo Guido Bolsonaro, irmão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Essas revelações adicionais reforçam a relevância de uma investigação minuciosa para esclarecer a natureza e a legitimidade dessas transações financeiras. A menção do irmão do ex-presidente como beneficiário dos pagamentos suscita maior interesse por parte da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) e das autoridades competentes, que devem conduzir uma análise aprofundada para compreender a interligação dessas operações com a dinâmica financeira envolvendo a família Bolsonaro. A inclusão de Angelo Guido Bolsonaro como destinatário das transações chama a atenção para a necessidade de esclarecimentos adicionais e destaca a importância de uma avaliação abrangente das atividades financeiras em questão.

Jair Bolsonaro apresentou justificativas para os pagamentos realizados, explicando que a maioria deles foi direcionada a um sobrinho que trabalha na lotérica. O ex-presidente ressaltou que esses depósitos coincidem com os valores das apostas de 7 números da Mega Sena, e em duas ocasiões, ele obteve o prêmio da quadra, o que explica a variação nos montantes das transferências.

Além disso, Osmar Crivelatti, tenente do Exército, também apareceu como destinatário de repasses feitos por Jair Bolsonaro. Durante o período analisado, o militar recebeu um total de R$ 11.543,94 em 29 transferências. Bolsonaro esclareceu que Osmar Crivelatti não é um parente, mas um dos seus assessores, designado desde o início do ano, pertencendo à cota de 'ex-presidente'. Ele afirmou que, em algumas ocasiões, o assessor cobriu despesas do ex-presidente, e posteriormente, ele reembolsou tais valores por meio do sistema de pagamentos PIX.

Essas explicações fornecidas por Bolsonaro têm o objetivo de esclarecer os beneficiários das transferências e a razão por trás dessas movimentações financeiras. A inclusão de um familiar e de um assessor próximo nos pagamentos levanta a necessidade de uma investigação mais aprofundada para garantir a transparência e a legalidade das operações financeiras envolvidas. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) e as autoridades competentes devem analisar cuidadosamente os detalhes apresentados para compreender completamente o contexto e a legitimidade dessas transações.

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Opinião do Michel

Neste cenário de possível lavagem de dinheiro, a revelação de transações financeiras suspeitas, envolvendo membros da família do ex-presidente Jair Bolsonaro e assessores próximos, levanta questões sérias sobre a transparência e a legalidade das operações financeiras. A citação do Coaf em relação a indícios de lavagem de dinheiro aumenta a relevância do caso e reforça a necessidade de uma investigação detalhada para garantir a integridade do sistema financeiro e a responsabilidade das autoridades.

É importante destacar que a investigação dessas transações deve ser conduzida de forma imparcial e rigorosa, respeitando o devido processo legal e assegurando a justiça em todas as etapas. A transparência nas atividades financeiras é fundamental para a confiança na esfera política, e qualquer indício de irregularidade deve ser devidamente esclarecido.

Nesse contexto, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) tem um papel crucial para analisar os fatos e buscar a verdade. A divulgação de informações precisas e abrangentes é fundamental para que o público possa entender completamente o escopo das investigações e avaliar o impacto das descobertas em relação à conduta de figuras públicas.

É imprescindível que as autoridades competentes conduzam uma investigação independente e minuciosa, garantindo que o processo seja conduzido de maneira transparente e sem interferências políticas. A responsabilização, se houver provas concretas de irregularidades, deve ocorrer de acordo com a lei, preservando o princípio da presunção de inocência até que culpabilidade seja comprovada.

Em suma, diante das informações disponíveis e das investigações em andamento, é fundamental que a verdade prevaleça, e que as ações tomadas sejam em conformidade com os princípios éticos e legais, buscando sempre fortalecer a democracia e a credibilidade das instituições.

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